Stephen Chbosky
Editora Rocco
Sinopse:
"Ao mesmo tempo engraçado e atordoante, o livro reúne as cartas de Charlie, um adolescente de quem pouco se sabe - a não ser pelo que ele conta ao amigo nessas correspondências -, que vive entre a apatia e o entusiasmo, tateando territórios inexplorados, encurralado entre o desejo de viver a própria vida e ao mesmo tempo fugir dela.
As dificuldades do ambiente escolar, muitas vezes ameaçador, as descobertas dos primeiros encontros amorosos, os dramas familiares, as festas alucinantes e a eterna vontade de se sentir "infinito" ao lado dos amigos são temas que enchem de alegria e angústia a cabeça do protagonista em fase de amadurecimento. Stephen Chbosky capta com emoção esse vaivém dos sentidos e dos sentimentos e constrói uma narrativa vigorosa costurada pelas cartas de Charlie endereçadas a um amigo que não se sabe se real ou imaginário.
Íntimas, hilariantes, às vezes devastadoras, as cartas mostram um jovem em confronto com a sua própria história presente e futura, ora como um personagem invisível à espreita por trás das cortinas, ora como o protagonista que tem que assumir seu papel no palco da vida. Um jovem que não se sabe quem é ou onde mora. Mas que poderia ser qualquer um, em qualquer lugar do mundo."
Querido amigo,
Sem sombra de dúvidas, meu livro favorito. Não posso negar que só me interessei pelo livro por causa do filme, que tem no elenco atores como Emma Watson (EMMA! AAAAAAAA), Logan Lerman e Ezra Miller, de Precisamos Falar Sobre Kevin, que de início não me chamou muito a atenção mas que agora considero uma das melhores atuações do filme, senão a melhor. Mas o livro me encantou instantaneamente. É como um conjunto de cartas que Charlie manda para um amigo oculto. Não é dividido em capítulos, e sim em cartas, todas começadas com "Querido Amigo" e finalizadas com "Com amor, Charlie".
Sua escrita é simples, mas não aquele tipo de linguagem bobinha. É como se eu recebesse mesmo as cartas de um garoto americano chamado Charlie, que tem diversos problemas e que aceitou dividi-los comigo.
Logo no início da história seu único e melhor amigo se mata, e ele se vê sozinho tentando se encaixar em uma nova escola. E de cara encontra amigos novos, os meios-irmãos Sam e Patrick, que o incluem em seu grupo de amigos.
Esse livro nos apresenta o mundo das drogas e do sexo, mas não como uma lição de moral do tipo “faça isso e não faça aquilo”.
Charlie divide conosco suas novas experiências e também experiências de seu passado, coisas que nos ajudam a entende-lo melhor, como por exemplo um trauma de infância (sobre o qual não vou dar mais detalhes pois estragaria as descobertas do livro) que é a origem de todas as suas perturbações. Narra de maneira tão boa o universo de festas dos adolescentes, de como nos sentimos bem com os amigos e de como precisamos da família como um porto seguro, que nos faz entrar mesmo na história, não apenas ficar imaginando. Não vi a história com os olhos do personagem principal, e sim como eu mesmo conhecendo a história através de cartas de um amigo que pode muito bem existir em algum lugar.
Charlie ainda me apresentou ótimas músicas, como Asleep, da banda The Smiths, e MLK, do U2, que ele gosta muito e que eu hoje em dia gosto bastante também. Também nos apresenta diversos livros, que ele recebe de seu professor de inglês, como O Sol é Para Todos, de Harper Lee, Peter Pan, de J.M. Barrie e Este Lado do Paraíso, se F. Scott Fitzgerald.
Minhas impressões sobre o livro são as melhores, e indico para qualquer um que deseja uma ótima leitura. Aquele tipo de livro em que você termina o capítulo (ou melhor, a carta) e fica por um bom tempo pensando nele, refletindo.
Leiam. Não vão se arrepender nem um pouco.
Com amor, Charlie.
Gostei muito da maneira como fizeste o post, parecendo uma das cartas do livro (:
ResponderExcluirQuanto ao livro em si, nao sei porqué mas mesmo depois de ler várias razões ainda não houve aquele click que me fizesse desejá-lo. Talvez tenha de ver também o filme primeiro e depois logo vejo.
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