domingo, 17 de maio de 2015

Filme da Semana: Para Sempre Alice

Oi, como vai?
Gostaria de, primeiramente, justificar minha grande ausência aqui no blog. Mesmo quando não posto nada durante a semana, pelo menos o Filme da Semana precisa estar aqui, e nem este eu postei no último domingo. Acontece que eu estava com dengue, e o ânimo em que ela me deixou me impediu de escrever novos posts e até mesmo vir aqui para postar os que já estavam salvos nos rascunhos. De qualquer forma, agora já estou bem melhor e espero tirar o atraso!
Hoje estou aqui para falar sobre este filme espetacular que rendeu a Julianne Moore a estatueta de melhor atriz no Oscar 2015 e a mim muitas, muitas lágrimas: Para Sempre Alice (Still Alice). 
O longa conta a história de Alice Howland, uma mulher de 50 anos inteligentíssima e bem sucedida, que dá aulas em uma universidade, realiza estudos envolvendo a língua e as palavras e é mãe de três filhos (uma delas é a Kristen Stewart). Tudo corria muito bem em sua vida até que começou a se esquecer de palavras comuns, de receitas que fazia sempre e a se perder dentro do próprio campus onde corria todos os dias. Alice, ao procurar ajuda de um neurologista, é diagnosticada com Alzheimer, e toda a sua vida começa a ruir.
A partir de então vemos toda a evolução da doença de Alice, toda a sua deterioração, e como ela e sua família acabam lidando com isso.



Pode não parecer a introdução mais interessante de todas, mas é um filme que certamente você levará para a vida, de alguma forma. No meu caso, será um filme inesquecível pela sensação que me trouxe. Nunca tive nenhum caso de Alzheimer na família, ou conheci alguém que tivesse, mas o longa mexeu comigo de tal forma que, ao terminar, eu simplesmente desabei. E não é exagero. 
Eu gosto de avaliar filmes não tanto por seus quesitos técnicos (embora eu repare bastante), mas pela emoção que ele me passou. E, neste quesito, Still Alice é estupendo. Não há como não se emocionar com a história de Alice, com sua luta, com seus problemas.
A evolução de sua doença é exibida de forma delicada, e a atuação de Julianne Moore é impecável. É como se ela realmente sofresse do mal da personagem, e fica difícil imaginar que tudo aquilo está simplesmente acontecendo dentro de um set de filmagens, para as câmeras. Até o olhar vago que a doença traz foi captado pela atriz, que dá um show e contribui muito para toda a emoção que a produção desperta.
A atuação de Kristen Stewart também está muito boa, provando que sua má atuação em Crepúsculo é culpa da personagem. Ela surge como a filha "renegada" da família, que se dedica ao sonho de ser uma artista e acaba sendo reprovada tanto pelos irmãos quanto pela própria mãe, que tem como sonho ver a filha na faculdade. 
Os diálogos são muito bem construídos, e há um discurso de Alice que traduz tudo o que a personagem passa tão bem que me arrepio só de relembra-lo para escrever aqui.
A trilha sonora também é maravilhosa, e acompanha muito bem tudo pelo que a protagonista passa. Ganha seu ar doce, delicado, mas também triste, devastador.
Em minhas pesquisas sobre o filme após assisti-lo, descobri uma curiosidade que me fez admira-lo ainda mais: um dos diretores, Richard Glatzer, sofria de ALS, uma doença que causa a paralisia do corpo e que foi o que motivou todos aqueles Ice Bucket Challenge. A maneira como passou por tudo isso e ainda conseguiu nos apresentar um filme perfeito dessa forma torna-o ainda mais especial.
É um longa extremamente recomendado, mas certifique-se de que deixar uma caixinha com lencinhos de papel do seu lado! 

Espero que tenha gostado, até a próxima ;D

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