domingo, 29 de dezembro de 2013

Vamos falar sobre: Festim dos Corvos

-como falarei sobre o quarto volume, pode conter spoilers dos três livros anteriores: Guerra dos Tronos, Fúria dos Reis e Tormenta de Espadas-

Oi, como vai?
Hoje estou aqui para falar um pouco sobre Festim dos Corvos, o quarto livro da série As Crônicas de Gelo e Fogo, e digo desde já que foi simplesmente... o pior. 
George R. R. Martin deu uma leve "pisada na bola" com este quarto volume. Como a história toda ficaria grande demais (tipo, quase 2.000 páginas), ele resolveu dividir em dois livros: Festim dos Corvos e Dança dos Dragões. Festim dos Corvos foca mais em Porto Real, Dorne, Bravos (mas só um pouquinho), e entornos. Isso quer dizer que temos Cersei, Jaime, Brienne, Arya, mas não temos Tyrion, Daenerys e Jon, por exemplo. E não é só pelo fato de não ter meus personagens favoritos que ele foi o que menos gostei (bem, em parte), mas sim porque ele é um livro incrivelmente lento. Enquanto nos outros a leitura, por mais que um tanto cansativa, flua mais facilmente graças à história ágil, neste a história é a mais chata de todos. Não acontece absolutamente nada de interessante ou de tirar o fôlego, são apresentados muitos personagens novos (e inúteis, de quem não guardei direito os nomes) e muitos lugares novos, mas a história é completamente sem graça.
Sam, que vivia na Muralha, foi mandado por Jon Snow, o novo Senhor Comandante, para Vilavelha para se tornar um meistre, com Meistre Aemon (que está velho demais e pode não aguentar a viagem), Goiva e "seu bebê". 
Brienne prometeu a Jaime encontrar Sansa Stark, coisa que Jaime jurou fazer mas que também declinou, e mantê-la em segurança, já que sua mãe morreu no inesquecível Casamento Vermelho e não há para quem entrega-la de verdade.
Jaime Lannister participa de um cerco a Correrrio, e sua honra é mais uma vez posta em prova, já que jurou a Catelyn Stark não levantar mais espadas contra os Tully. 
Sansa Stark agora é Alayne Stone, morando no Ninho da Águia, filha do Senhor Protetor do Valle desde que Lysa Arryn morreu. Como Cersei suspeita que ela tenha uma participação na morte de Joffrey, a garota está sendo caçada, e a melhor opção é manter uma identidade falsa.
Arya Stark foi parar do outro lado do Mar Estreito, em Bravos, e aparece muito, muito pouco.
Com a morte de Joffrey, Tommen se torna o novo rei, mas como é novo demais Cersei se torna a rainha regente. Ela pode não ser a personagem mais legal do livro, mas é a mais interessante. Ela nunca aceitou o fato de não poder entrar na linha de sucessão ao trono por ser mulher, e não se sente apenas a rainha regente, mas a própria rainha de Westeros. Com seu conselho de incapazes e com maquinações para satisfazer mais os interesses pessoais do que os do próprio reino (como fazer de tudo para afastar Margaery de seu filho), ela acaba afundando o reino em uma crise ainda maior.
Em um post falei sobre a diferença entre livros bons e livros legais. Livros bons são aqueles tecnicamente bons, com boas falas, bem estruturado, uma boa escrita e tramas interessantes. E Festim dos Corvos é um livro muito bom, como todos os outros da série. As tramas, as intrigas, tudo é muito bem feito e mais uma vez Martin mostra a que veio. Mas livros legais são aqueles com uma história que te prende, de tirar o fôlego, que te faz querer devorar o livro de uma só vez, não importa o número de páginas. E aí não, Festim dos Corvos não é um livro legal. Um capítulo ou outro pode salvar, mas eles apenas acontecem depois de 500 páginas, e eu não conseguia ler mais de uma página sem acabar distraído por qualquer outra coisa, ou até mesmo dormindo. Demorei muito para ler por causa disso, e enquanto lia passei diversos outros livros na frente por simplesmente não sentir vontade de continuar. Aliás, só continuei porque faz parte de uma das minhas séries favoritas (senão a favorita) e porque eu estava ansioso por ler o próximo volume (e todos os outros que Martin certamente vai demorar muito para publicar), mas fui me obrigando a ler, pelo menos um pouquinho a cada dia, ou a cada três dias, enfim...
Depois do ai-meu-Deus-que-livro-sensacional Tormenta de Espadas, este foi uma decepção imensa. 
Um livro lento, extremamente cansativo, sem nada de muito interessante, não seria nem um pouco recomendável se não fosse leitura obrigatória para quem quer seguir lendo a série. 

Até a próxima ;D

sábado, 28 de dezembro de 2013

TAG: 6 livros para ler nas férias



Oi, como vai?
Hoje estou aqui para responder à Tag "6 livros para ler nas férias", que consiste em, bem, indicar 6 livros para serem lidos nas férias. Quem me tagueou foi a Letícia, do blog Apenas Apaixonada por Livros (obrigado!). 
Como metade das férias já se passaram (não gosto nem de lembrar deste detalhe), vou indicar livros me baseando neste pouco mais de um mês de descanso que resta. Não vou indicar necessariamente meus livros favoritos, mas livros bons que podem ser lidos em pouco tempo. 
Vamos lá?

1. Extraordinário, R J Palacio



Este livro (link para a resenha logo acima) conta a história de August Pullman, um garoto de 10 anos que tem uma séria deformação no rosto e por causa das inúmeras cirurgias pelas quais passou nunca frequentou a escola. Chegou a hora, e ele tem que se adaptar ao novo mundo em meio a muito preconceito e piadinhas maldosas. Mas conta com o apoio de alguns poucos mas bons amigos, que fazem tudo valer a pena!
O livro vale muito a pena, e li em apenas dois dias, graças à narrativa gostosa e os capítulos mais curtos.

2. O Natal de Poirot, Agatha Christie




Este livro, da sensacional Agatha Christie, narra a investigação do incrível detetive Hercule Poirot, que tem que descobrir desta vez o assassino de Simeon Lee, um homem tirânico que foi encontrado no meio de muito sangue e de todos os seus móveis revirados em seu escritório durante a reunião de natal de sua família. Todos tinham um motivo pra o odiá-lo, o que torna praticamente impossível descobrir quem realmente o matou, mas Hercule Poirot não perde um caso por nada, e o final, como não poderia deixar de ser, é muito surpreendente e completamente fora do que imaginávamos, mesmo que faça perfeito sentido.
Em pouco mais de 200 páginas, o livro te prende, e a narrativa de Agatha Christie faz com que a leitura flua rapidamente e que você termine o livro em pouco tempo. Recomendadíssimo não só para as férias, mas para qualquer época do ano, e para qualquer um que deseja um bom "aperitivo" da alta literatura de mistério.

3. As Vantagens de ser Invisível, Stephen Chbosky 




Este livro maravilhoso conta a história de Charlie, um garoto que acabou de perder o único amigo, que tem está entrando em um novo colégio e tem que adaptar ao ensino médio. É aí que encontra os meio irmãos Sam e Patrick, que o ajudam a se enturmar. Falando assim parece que o livro é comum, mas é ótimo, e consegue captar muito bem a "atmosfera" adolescente e todas as maiores preocupações. O livro é narrado por meio de cartas que Charlie manda a um amigo (que nunca sabemos quem é, o que faz parecer que as cartas são destinadas a nós), o que faz com que seja uma leitura fluida e rápida.

4. O Lado Bom da Vida, Matthew Quick




Este livro conta a história de Pat Peoples, um homem um tanto perturbado que, desde que foi abandonado pela esposa (por motivos até então desconhecidos), se torna obcecado por te-la de volta e se torna um viciado em exercícios físicos. Pat começa a mudar todos os seus atos e a viver em função de sua ex mulher, enquanto sonha com o dia em que ela o aceitará de volta. Mas eis que aparece Tiffany, uma garota também um tanto perturbada, que o ajudará a superar tudo isso e ainda voltar a ser quem realmente é. Um livro engraçado, doce e envolvente, tem uma narrativa gostosa e sem rodeios, o que torna muito menos cansativo e muito mais rápido de ser lido. Recomendo!

5. O Menino do Pijama Listrado, John Boyne




O livro dá um olhar inocente ao nazismo, contado através de Bruno, filho de um guarda nazista que se muda para perto de um dos maiores campos de concentração. Ele, curioso como toda criança, resolve fazer explorações pelo local, e acaba fazendo amizade com um garoto judeu que nasceu exatamente no mesmo dia que ele e que vive do lado de dentro da cerca. É um livro emocionante, e com uma narrativa leve e fluida faz com que seja rapidamente lido. Uma boa pedida para as férias e para qualquer outra época do ano, perfeito! 

6. Divergente, Veronica Roth




















Pode ser uma indicação meio clichê, e ainda inútil, já que muita gente conhece a história e não há a necessidade de mais alguém falando para ler, mas é um ótimo livro, uma grande distopia (embora o segundo seja muito melhor e muito mais distópico) e com uma narrativa gostosa. Pensei muito em indicar Feios, mas depois de ter lido Perfeitos, a sequência, vi que o autor dá mais ênfase ao romance adolescente do que à distopia em si, o que não gostei nem um pouco, e como indicar uma história que não gosto?
Em Divergente você acompanha a história de Beatrice Prior, em uma Chicago dividida em diversas facções, cada uma presando uma qualidade diferente. Chega o momento em que ela deve escolher entre ser quem realmente é ou viver uma vida cômoda com seus pais em uma facção em que não se sente inteiramente bem.
Além da narrativa fluida, tem um ótimo ritmo e sempre alguma coisa está acontecendo, o que torna difícil largar o livro e não devora-lo, para saber o mais rápido possível de todos os desenlaces dessa história surpreendente.

Bom, estes foram os 6 livros que eu indico para as férias (mas também para qualquer outra época do ano, pois são ótimos). Se você gostou e quiser responde-la em seu blog, sinta-se tagueado!

Espero que tenham gostado, até a próxima ;D

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Vamos falar sobre: O Hobbit

"Numa toca no chão vivia um hobbit. Não uma toca desagradável, suja e úmida, cheia de restos de minhocas e com cheiro de lodo; tampouco uma toca seca, vazia e arenosa, sem nada em que sentar ou o que comer: era a toca de um hobbit, e isso quer dizer conforto."
Assim começa O Hobbit, de J. R. R. Tolkien, publicado em 1937. Lendo este parágrafo praticamente histórico, e mesmo com toda a fama e todos os infinitos elogios a Tolkien, nunca imaginei que o livro me levaria por todos os caminhos que levou. 
Este livro conta a história de Bilbo Bolseiro (que é o tio de Frodo no minha-nossa-como-eu-quero-ler Senhor dos Anéis), um hobbit que levava uma vida tranquila como qualquer outro hobbit até que um dia um mago faz uma marca em sua porta e o convida para uma aventura. Todos os hobbits abominam esse tipo de coisa, e Bilbo recusa de início, mas não tem como recusar quando treze anões e o mago entram em sua casa para uma reunião e o convocam como o Ladrão. Gandalf, o mago, e os treze anões liderados por Thorin Escudo de Carvalho partirão em uma aventura para resgatar o território e todo o tesouro que é dos anões por direito mas que foi tomado por Smaug, um terrível dragão. Bilbo, mesmo um tanto incerto, decide embarcar na aventura, que acaba mudando sua vida. 
Enfrentando trolls, orcs, aranhas gigantes e outros perigos, Bilbo vai provando seu valor aos anões, que não botavam muita fé em sua participação na aventura, e a si mesmo, e não darei mais detalhes para não estragar as surpresas de quem ainda não leu.
A narrativa de Tolkien é maravilhosa, e torna o livro gostoso de ser lido. A leitura flui e quando você percebe já leu uma grande parte do livro e muita coisa já se passou. Sem contar que, em alguns momentos, o narrador praticamente conversa com o leitor, o que é muito legal. Não é maçante em nenhum momento, e por mais que seja uma narrativa bastante detalhada, não é algo que atrapalhe, atrase a leitura. 
Muita coisa acontece ao longo da jornada, o que ajuda a manter um ótimo ritmo, e por mais que os capítulos sejam longos (alguns chegam a ter mais de vinte páginas), não cansa. 
Sobre a história nos cinemas, vi apenas o primeiro filme, e adorei. Acredito que seja uma das coisas que me estimulou a passar o livro na frente de muitos outros na hora de comprar (ou melhor, pedir de natal, ganhar alguns dias antes e passar a tarde do dia 25 lendo as últimas págjnas). Não há a necessidade de três filmes de três horas, como foi dividido, mas entendo que isso foi uma decisão tomada mais com base no lucro que todos os filmes dariam do que na história. Mesmo assim, acho bom, porque consegui ler sabendo apenas de 1/3 da história, que me surpreendeu mais a cada capítulo. O que mais gosto em livros é quando eu simplesmente não sei o que poderá acontecer nas próximas páginas, e com O Hobbit não foi diferente. Os finais que eu bolava na cabeça enquanto lia não se concretizaram, mas posso afirmar que o final de Tolkien foi muito melhor que todos eles. 
É estranho resenhar um livro como esses, que já é sensacional só por existir, mas sempre é bom reafirmar. Sempre ouvi comentários sobre a genialidade de Tolkien, e poder experimentar é como um privilégio. Me sinto honrado por ter lido um livro do autor, de olhar pra ele na estante. Ainda é uma pequena prévia, se comparado a tudo o que mostra em O Senhor dos Anéis, e vale muito a pena. Eu sempre quis ler a trilogia, mas desde que descobri a existência de O Hobbit quis le-lo antes, e cá estou eu, agora muito mais ansioso do que antes para devorar a próxima aventura. 
Nem preciso falar que é altamente recomendado, né?

Espero que tenham gostado, até a próxima ;D 

domingo, 22 de dezembro de 2013

Vamos falar sobre: The Blacklist



Oi, como vai? Hoje estou aqui para falar sobre uma das melhores séries da fall season deste ano, The Blacklist. 
A série é excelente, um episódio se sobrepõe ao outro e quando chega ao episódio 10, o final da primeira fase, me deixou simplesmente sem palavras. Raymond Reddington é um dos criminosos mais procurados de todos os tempos, um facilitador, aquele que, como o nome já diz, facilita para os criminosos armas, locais, meios de fuga, etc. Não dorme mais de dois dias em um mesmo lugar, o que faz com que seja praticamente impossível encontra-lo. Mas eis que, certo dia, se entrega ao FBI com uma proposta: ele entregará todos os criminosos mais perigosos do mundo, membros de sua Blacklist, que o FBI sequer sabe que existem. Mas também tem uma condição: ele só ajudará por intermédio da agente Elizabeth Keen, que nunca o viu na vida, mas que ele conhece muito bem.



A todo momento fica no ar a suspeita de que ele é seu pai, mas isso até então não foi confirmado. Se for, seria um tanto previsível, mas duvido que os roteiristas deixariam acontecer uma coisa dessas. E, mesmo que ele seja, aposto que arranjarão uma boa explicação para isso. 
Cada episódio, então, temos a caçada a um dos membros da lista de Red (apelido de Reddington), mas (uma das coisas que mais gostei) não são simplesmente episódios avulsos, como a maioria das séries policiais. Enquanto investigam e lutam contra esses terroristas, temos também um pouco da vida pessoal de Keen, que não pode ter filhos e pretendia adotar uma criança com seu namorado, Tom, quem suspeitamos ser um espião ou algo do tipo desde que Liz encontra, em um buraco no chão de sua casa, uma caixa com uma arma (que está ligada ao assassinato de um russo em um hotel), muito dinheiro e diversos passaportes, cada um com uma identidade diferente. A todo momento Red diz que Liz deverá tomar cuidado com seu namorado, e também fica no ar a dúvida: ele é realmente perigoso ou isso tudo é uma armação de Raymond?
Red é um dos personagens mais imprevisíveis de todas as séries que já vi. Você pode pensar que ele fará uma coisa, e ele fará outra. Ele pode não estar em um lugar, mas ele está lá mesmo assim. Ele tem meios mais avançados que o FBI de chegar aos criminosos e é líder de uma espécie de máfia. E a todo momento protege Liz, como um... um pai. 
As atuações são muito boas, principalmente a de James Spader, o próprio Red. Ele consegue ser frio, calculista, irônico, e dá um show de atuação cada vez que entra em cena (principalmente nos últimos episódios). E, além de tudo isso, temos uma trilha sonora maravilhosa.
O final da primeira fase da primeira temporada é sensacional! E ao mesmo tempo que soluciona algumas dúvidas deixa ainda mais perguntas a serem respondidas na segunda fase, que volta só no dia 13 de janeiro. 
É a minha série policial favorita, e a série que mais gostei da fall season (mesmo com a ótima Reign), e mal posso esperar por seu retorno!
É uma série mais do que recomendada, e depois que você assiste ao episódio piloto não há como deixar de ver os outros.

Espero que tenham gostado, até a próxima ;D

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Divulgado o pôster oficial de A Culpa é das Estrelas

Oi, como vai?
Depois de muitas fanmades, hoje foi divulgado o pôster oficial de A Culpa é das Estrelas, estrelado por Shailene Woodley e Ansel Elgort e baseado no livro homônimo, escrito por John Green!
Sem mais delongas, veja só o lindo pôster:



O pôster é o primeiro olhar... oficial, digamos, de Shailene e Ansel como os personagens, mesmo com todas aquelas fotos dos bastidores. Desde de que o elenco foi divulgado, Shaliene se tornou minha Hazel Grace oficial (eu não consegui dar um rosto para a personagem enquanto lia, mas o de Shai se encaixa perfeitamente), mas não consegui adotar Ansel Elgort como o Augustus Waters oficial de cara. Mas agora, depois de vê-lo atuando no mais ou menos Carrie, a Estranha, e principalmente depois do pôster, vejo que ele pode ser um bom Gus (e que ele e Shaliene têm uma química incrível, eles combinam). 
Depois deste lindo pôster, que ainda confirma a data de lançamento como sendo dia 6 de junho de 2014, fico cada vez mais ansioso por um trailer (e mais ainda, é claro, pelo filme em si!).

Espero que tenham gostado, até a próxima ;D

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Músicas perfeitas que eu descobri em trilhas sonoras



Oi, como vai?
Hoje eu vim fazer uma lista (o que não faço há muito tempo, saudades) de músicas perfeitas que eu descobri em trilhas sonoras. Muitas porque foram feitas para o filme e muitas que foram selecionadas para aquela trilha sonora e que são tão perfeitas que não pude deixar de baixar e continuar ouvindo mesmo depois de o filme já ter passado há muito tempo.
Não vou fazer um top 7, como na maioria das vezes, porque não consigo escolher só sete músicas. E não vou numerá-las, apenas lista-las, pois não consigo me decidir sobre qual é a melhor entre elas. Por isso, mesmo que a música venha no final da lista, isso não significa que eu gosto menos dela do que de algumas que vieram no início.
Vamos lá:

It's Time - Imagine Dragons



Essa música eu descobri no trailer de The Perks of being a Wallflower. Nem chega a fazer parte da trilha sonora do filme, mas desde que ouvi no trailer adorei e não parei de ouvir. Além do mais, foi aí que descobri a incrível banda Imagine Dragons, da qual baixei praticamente toda a discografia.

Atlas - Coldplay



A música da banda Coldplay, que adoro, para a trilha sonora de Catching Fire é perfeita! A primeira vez que ouvi não gostei tanto, mas depois que ouvi mais vezes viciei. Essa música, aliás, está concorrendo ao Grammy por melhor música escrita para mídia visual.

All About Us - He is We


All About Us, de He is We (até agora não sei se é uma banda ou uma cantora, mas baixei muitas músicas, que são realmente fofinhas), estava na lista de músicas da trilha sonora de City of Bones (embora eu não tenha ouvido em nenhum momento no filme) e desde a primeira vez que ouvi foi uma espécie de amor à primeira... ouvida. E esse clipe é muito chorável lindo, vale à pena assistir.

Heroes - David Bowie


Eu sempre ouvi falar de Bowie, mas nunca tinha ouvido uma música de fato. E quanto ouvi a música em The Perks of Being a Wallflower (a música do túnel!) gostei tanto que... ah, vocês já sabem, né?

Come on Eileen - Dexys Midnight Runners


Mais uma música da trilha sonora de The Perks. A trilha sonora desse filme é uma das minhas favoritas, e o filme também é um dos meus filmes favoritos, e Emma Watson é uma das minhas atrizes favoritas, enfim...

When the Darkess Comes - Colbie Caillat


Mais uma de City of Bones, essa é a minha favorita da trilha sonora. Eu já gostava de Colbie Caillat antes. Não era fã, nem nada, mas sempre achei as músicas muito legais. Esta não pude deixar de baixar pra ouvir mais e mais vezes.

House of the Rising Sun - Lauren O'Connel


Desta vez não de um filme, mas de uma série, House of the Rising Sun é uma das músicas que mais ando ouvindo ultimamente. A versão original é muito boa, mas a versão de Lauren O'Connel, que tocou em algumas promos de American Horror Story Coven, é definitivamente a minha favorita!

Midnight City - M83


Essa música, da trilha sonora de Meu Namorado é um Zumbi, é sensacional! Eu já havia ouvido em algum lugar, mas não me lembrava bem de onde. Quando a ouvi no filme, pesquisei logo depois a lista de músicas e adorei. Aliás, toda a trilha sonora desse filme é muito boa, mas Midnight City é a minha favorita. 

Somewhere Only We Know - Keane


Voltando às séries, esta eu ouvi em Glee (quando eu assistia, há uns dois anos, mais ou menos) e logo procurei a versão original, que é simplesmente perfeita!

Total Eclipse of the Heart - Bonnie Tyler


Já que estou falando de músicas das trilhas sonoras de filmes e séries, por que não falar de... livros? Total Eclipse of the Heart é a música da dança de Pat e Tiffany em O Lado Bom da Vida, e durante a narrativa Pat coloca trechos da música, então optei por ler ouvindo. Foi o melhor jeito de se ler aquela cena! E a música é muito boa.

Winter Song - Sara Bareilles e Ingrid Michaelson



A primeira vez que ouvi essa música foi nos poucos segundos de uma promo de American Horror Story (como sempre doentias, mas que eu adoro) na qual uma cobra entra na boca de uma mulher. Mesmo sendo usada nesse contexto, a música tem uma melodia doce e uma letra bonitinha, toda romântica. Gosto muito de Winter Song, e Sara Bareilles é uma revelação da música, que despontou recentemente e está fazendo cada vez mais sucesso.

Young and Beautiful - Lana del Rey



Eu adoro Lana del Rey (sim, mesmo com todos aqueles que criticam e falam mal tendo ouvido metade de uma das músicas, ela é uma cantora sensacional) e quando ouvi sua música para a trilha sonora de O Grande Gatsby (que no fim acabou lançando também como single) não pude parar de ouvir. É uma letra maravilhosa, e um som que... bem, não há como explicar, mas a música é sensacional, vale a pena ser ouvida mais e mais vezes.

Over the Love - Florence Welch 



Como muitos dos que acompanham meu blog há mais tempo podem testemunhar, eu sou um grande fã da banda Florence and the Machine, e quando descobri que Florence Welch, a vocalista, faria uma música para a trilha sonora de O Grande Gatsby, fiquei muito ansioso. E eis que a música saiu e não me decepcionei nem um pouco: é perfeita!

Bem, essas são as minhas músicas favoritas que descobri em trilhas sonoras. Como eu falei antes, elas não estão em ordem de preferência. Se você gostou da ideia e quiser transformar em uma tag para falar sobre as suas músicas favoritas que descobriu em trilhas sonoras, sinta-se à vontade, mas não se esqueça de dar os créditos, ein?

Espero que tenham gostado, até a próxima ;D

domingo, 15 de dezembro de 2013

Vamos falar sobre: Insurgent

-como vou falar de uma sequência, esse post conterá spoilers do primeiro livro, Divergente- 

Oi, como vai?
Hoje estou aqui para falar sobre Insurgent, o segundo volume da trilogia Divergente, escrita por Veronica Roth. 
Nesta sequência continuamos acompanhando a história de Tris, que desta vez tem que conviver com o peso de ter matado um de seus melhores amigos e de ter perdido os seus pais. 
Depois que a Erudição usou os membros da Audácia, sob o efeito de uma simulação, para atacar e matar os principais líderes da Abnegação, a facção se dividiu entre os membros bons e os traidores. Os traidores se juntaram à Erudição, enquanto os bons fugiram principalmente para a Amizade. Neste livro vamos descobrir o real motivo do ataque à Abnegação: eles possuíam uma informação importantíssima sobre tudo o que há do outro lado da cerca ao redor de Chicago e iam divulga-la para toda a sociedade.
Tris, Tobias e todos os outros estão escondidos em meio aos membros da Amizade quando a facção sofre um ataque, e muitos acabam morrendo, enquanto eles conseguem fugir e acabar dentro de um trem cheio de sem-facção. Daí em diante, conhecemos um pouco mais o modo de vida dos sem-facção, onde eles se instalam, como se organizam e seus planos para destruir o governo que foi instaurado pela Erudição. Esse grupo é liderado pela mãe de Tobias, que até então todos acreditavam estar morta.
Com Tris, a narradora do livro, visitamos todas as cinco facções (algumas recebendo-a pacificamente, já outras...), e descobrimos aos poucos como vivem e alguns de seus segredos. 
Este é o livro mais explicativo da série. Enquanto Divergente dá uma boa introdução, mas acaba focando bastante no romance, neste temos cenas de ação de tirar o fôlego, segredos e mais segredos sendo revelados, além de descobrirmos como funciona cada facção e, finalmente, o que é ser um Divergente. Sim, sabemos desde o primeiro que é não se encaixar em apenas uma facção, mas em Insurgente sabemos como funciona o cérebro dessas pessoas, o porquê de se encaixarem em mais de uma facção e o porquê de serem "perigosos para a sociedade". 
Pude perceber nesse volume uma grande evolução de Veronica Roth. Se Divergente já foi muito bom, Insurgente foi... sensacional! Esse livro é muito mais profundo, e Tris é uma personagem realmente humana. Por mais que não tenha concordado com alguns de seus atos, vi que eles eram realmente necessários e que, para ela, não havia mais saída. 

Os ataques da Erudição ficam cada vez melhores, e contribuem para as surpresas que acontecem a cada capítulo.
Veronica "amarrou" a história muito bem, e ao mesmo tempo que respondeu a muitas perguntas deixou ainda mais com aquele final espetacular, de tirar o fôlego. Estou louco pra ler Allegiant, o final épico da série, para saber mais sobre o que há para o outro lado da cerca e ainda como se seguirá aquela cena final, que... uau, não tenho palavras pra descrever.
Com este livro, a trilogia Divergente entrou para a minha lista de séries favoritas, e recomendo para todos que querem uma distopia que, embora adolescente, não seja bobinha e que prende do início ao fim. Além disso, recomendo a série para aqueles que querem começar a ler em inglês. O primeiro livro eu li em português, mas este li em inglês e não enfrentei nenhuma dificuldade. Claro, muitas das palavras tive que pesquisar para poder entender perfeitamente as cenas, mas não é difícil de ser lido e, tanto em português quanto em inglês, a leitura flui facilmente. E a questão dos nomes das facções em inglês (Abnegation: Abnegação, Erudite: Erudição, Candor: Franqueza, Amity: Amizade e Dauntless: Audácia) é facilmente contornada, pois rapidamente nos acostumamos (e, afinal de contas, os nomes em inglês ficam muito mais legais). 
Confesso que dei uma boa enrolada para ler Insurgent porque simplesmente não queria terminar. Queria ter por mais tempo o gostinho de "socorro, o que acontece agora?". E não decepciona em nenhum quesito.

Espero que tenham gostado, até a próxima ;D

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Vamos falar sobre: Reign



Oi, como vai?
Hoje estou aqui para falar sobre essa (SENSACIONAL!) nova série, Reign, uma das melhores séries da fall season deste ano. 
A série conta a história de Mary, rainha da Escócia, que desde os seis anos de idade está prometida a Francis, o futuro rei da França, o que garante uma aliança entre os dois países. Como a garota corria risco de vida na Corte francesa, foi mandada para um convento, onde cresceu e foi educada em meio às freiras. Mas certo dia, na "segurança" do convento, sua provadora, a mulher que experimenta todos os alimentos antes da rainha, para evitar envenenamentos, cai morta depois de provar sua comida. Isso quer dizer que nem no convento Mary está segura, e é hora de ser mandada para a Corte francesa.
A rainha Catherine (minha personagem favorita) ouviu de seu conselheiro, Nostradamus, que a união com Mary levaria à morte de seu filho. Como toda mãe, ela faz de tudo para proteger seu filho, e tenta de todas as maneiras desfazer a união. 
Paralelamente, temos a história de cada uma de suas damas de companhia: Greer, que é pressionada por sua família para arrumar um bom casamento e ganhar altos títulos, mas que se apaixona pelo cozinheiro do castelo; Kenna, que se torna a amante do rei; Lola, que era apaixonada por um garoto que, a mando de Catherine, tenta estuprar Mary (já que, se ela não fosse mais virgem, não haveria mais casamento); e Aylee, que rouba coisas de Mary.

Conhecemos também Sebastian (ou Bash, para os mais próximos), o filho bastardo do rei que flerta com todas as garotas que vê pela frente, mas que realmente se apaixona por Mary. Francis, o príncipe com quem Mary deve se casar, é um personagem um tanto controverso. Em alguns momentos, Francis se mostra apaixonado por Mary e em outros fala que só se casará para manter a aliança, mas que não é apaixonado por Mary. Confesso, mesmo com muitos atos bons, não consigo gostar dele completamente.
Além das intrigas que correm dentro da própria Corte, Mary tem que enfrentar a fúria dos ingleses, que querem desmanchar a união para que a Escócia não se fortaleça e continue um país submisso. 
Para reforçar esse ótimo enredo (que pode gerar conflitos para mais e mais temporadas), temos uma produção excelente. Os figurinos são muito bem feitos, belos e detalhados. Os cenários são lindos, com belas paisagens naturais e lindos castelos. As atuações são muito boas e a trilha sonora... essa trilha sonora é perfeita! 
As músicas são muito bem escolhidas, e todas elas, por mais que contemporâneas, conseguem se encaixar muito bem no clima da série. Uma banda que marca presença na trilha sonora é a maravilhosa The Lumineers, cujas músicas parece que são feitas exclusivamente para a série. 
Ouça Scotland, a música de abertura:



As músicas conseguem dar um ótimo clima para a série. Algumas das cenas mais bonitas (não no quesito história, mas tecnicamente) são as cenas das festas que são dadas, com músicas e coreografias da época. 
Além de uma história que te faz rir, te deixa chocado, realmente de prende, é de um visual de encher os olhos. Veja um trailer da temporada:



Eu comecei a ver um tanto despretensiosamente, e muitos consideravam que seria um dos maiores fracassos da fall season. Mas eis que a série cresceu, calou a boca de todos e foi confirmada para uma temporada completa. Ainda é cedo para dizer se irá ganhar uma segunda temporada, mas estou na torcida!
Recomendadíssima!

Espero que tenham gostado, até a próxima ;D

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Vamos falar sobre: Carrie, a estranha



Oi, como vai?
Hoje estou aqui para falar sobre “Carrie, a Estranha”, baseado na obra de Stephen King, que estreou na última sexta-feira (dia 6), depois de muitas datas de estreia adiadas.
O filme, estrelado pela linda Chloe Moretz, conta a história de Carrie White, uma garota "esquisitona", que é motivo de piada em todo o colégio e em casa sofre nas mãos da mãe fanática, obsessivamente religiosa (interpretada por Julianne Morre, que no final das contas dá mais medo que sua filha). Tudo piora quando, certo dia no vestiário, a garota tem sua primeira menstruação. Não seria nada de mais, mas como a mãe nunca falara sobre isso com a filha, ela pensa que vai sangrar até morrer e pede ajuda para as colegas, que a ridicularizam e gravam um vídeo, que postam na internet.
Esta é também a primeira vez que Carrie manifesta seus poderes de telecinesia, a habilidade de mover coisas com o poder da mente. 



É uma história, mesmo com todo o sangue, sobre bullying. Sobre como as piadinhas e os atos dos outros podem mexer com um adolescente. 
Uma das garotas que participaram do episódio com Carrie no vestiário acaba se arrependendo do que fez, e isso a atormenta até que ela resolve se redimir pedindo para seu namorado, Tommy (interpretado por Ansel Elgort, o que ainda me deu uma prévia de como será seu Augustus Waters no filme A Culpa é das Estrelas, que estreia ano que vem) convidar a pobre garota para o baile. E é o que ele faz, o que deixa Carrie desconfiada de que seja só mais uma piada. Mas quando ela percebe que suas intenções são sérias, aceita o convite e vai ao baile (mesmo com todas as tentativas de sua mãe de faze-la desistir). 
E é no baile (que até então corria maravilhosamente bem), que Carrie passa pelo pior momento de sua vida, o estopim para que se irrite de verdade e coloque em prática seus poderes telecinéticos. 
Em uma grande sequência de cenas, a garota simplesmente destrói tudo o que vê pela frente, salvando algumas poucas pessoas que não a fizeram mal. 



Não é um filme que veio para revolucionar o cinema, nem o gênero de terror, nem nada. Sim, é legal e entretém, mas não passa disso. Ao contrário dos últimos que vi (entre eles, Em Chamas), que saí super empolgado do cinema e já pensando em uma oportunidade para voltar, neste eu não senti nada a mais. 
É um daqueles filmes que assistimos no meio da noite, quando não tem nada de melhor passando na televisão. Não chega a marcar, nem a ter grandiosos momentos. E, no final das contas, o trailer e a sinopse resumem tudo. Não há nenhuma surpresa. Não pelo fato de ser um remake, mas desde o início você sabe o que acontecerá no final. Sim, depois daquelas cenas de destruição, temos ainda mais algumas cenas que me deixaram grudado na poltrona, intrigado para saber o que aconteceria. Mas isso são apenas por poucos minutos, e quando acaba ficou a sensação de que assistir não mudou em nada a minha vida. Não acrescentou nem tirou. Nada. 
Pode ser comparado a filmes como a versão mais recente de Hora do Pesadelo, Premonição (extremamente imbecil, por sinal) e Pânico. Nos entretém por um tempo. Podem até nos fazer grudar na poltrona. Mas não nos marcam de maneira alguma. Quando acabam, simplesmente mudamos de canal e procuramos outro.
E mais uma vez comparo à Premonição no quesito mortes. As mortes são extremamente computadorizadas. Nada críveis. E algumas deram vontade de rir, quando era para estarem causando exatamente o oposto. 
Não chega a ser um filme ruim, mas não há nada de excelente.

Até a próxima ;D

domingo, 1 de dezembro de 2013

Vamos falar sobre: Extraordinário



"Sei que não sou um garoto de dez anos comum. Quer dizer, é claro que faço coisas comuns. Tomo sorvete. Ando de bicicleta. Jogo bola. Tenho um Xbox. Essas coisas me fazem ser comum. Por dentro. Mas sei que as crianças comuns não fazem outras crianças comuns saírem correndo e gritando do parquinho. Sei que os outros não ficam encarando as crianças comuns aonde quer que elas vão." 
Assim começa o livro Extraordinário (318 páginas, R.J. Palacio, Intrínseca), que conta a história de August Pullman, um garoto com um "pacote" de deficiências que fez com que seu rosto fosse completamente diferente dos outros (pra resumir, deformado, mas depois de simpatizar tanto com o personagem não me sinto à vontade usando essa palavra para descreve-lo). Por causa de um problema em seus genes, vários tipos de síndromes se combinaram e fizeram isso com seu rosto, e nem as inúmeras cirurgias que fez durante sua vida conseguiram torna-lo um garoto com uma aparência... comum. Por isso, tem que conviver com olhares espantados (ou pior, olhares de piedade) de pessoas que se deparam com ele na rua, com comentários maldosos de crianças que são cruéis mesmo sem intenção, e com pessoas a todo momento olhando-o e desviando o olhar quando veem que ele percebeu. Auggie, como é apelidado, se acostumou com tudo isso, mas sempre acabam atingindo-o de alguma maneira. 
Por conta de suas cirurgias ele nunca pôde frequentar uma escola normal e sempre teve aulas em casa com sua mãe. Mas agora, aos 10 anos, seus pais chegaram ao acordo de que deveria entrar para uma escola, e lá foi August para o quinto ano da Beecher Prep. Lá, ele tem que conviver com todo o bullying, toda a estranheza, todos os boatos (como por exemplo um de que quem o tocasse teria 3 segundos para lavar as mãos antes de contrair sua praga), mas também com algumas pessoas que querem realmente ser suas amigas, como Summer, uma garota um tanto popular que resolve se sentar na mesa dele (que, por sinal, todos evitavam) no primeiro dia de aula.

O livro narra toda a sua adaptação e, o que mais gostei, o impacto que tem sobre a vida de outras pessoas narrado por elas próprias. Além de Auggie, temos diversos outros narradores: Summer e Jack, seus amigos de escola, Via, sua irmã, Justin e Miranda, o namorado e uma amiga de Via. Cada um conta a sua história e o modo como August interferiu nela. 
A parte que mais gostei foi a narrada por Via, porque, por mais que a história seja centrada em seu irmão, vemos todos os dilemas que enfrenta e que tem que superar sozinha, já que a atenção da família está toda voltada às necessidades do garoto. Ela já se acostumou com isso, claro, mas dói querer desabafar sobre os problemas de escola com a mãe e não poder porque ela está cuidando do irmão.
É narrado em primeira pessoa, mas essa mudança de personagens faz com que tenhamos uma visão muito mais ampla da história e que não fiquemos só nos dilemas de Auggie, mesmo que eles sejam os mais importantes. 
Os capítulos são bem curtos, de no máximo quatro páginas, o que fez com que eu terminasse de ler muito rápido. De "só mais um capítulo" em "só mais esse, e depois eu paro" terminei a história em dois dias. 
Temos toda a doçura e inocência do garoto que, em seus 10 anos, é jovem demais para já ter passado por tudo o que passou. E no decorrer da história podemos perceber um amadurecimento do narrador, que deixou de ser aquele garotinho que não conhecia praticamente nada do lado de fora da redoma sob a qual vivia. 
A história prende o leitor facilmente e os personagens são carismáticos, o que faz com que criemos uma empatia com eles. Entendemos suas situações, tomamos suas dores, realmente nos afeiçoamos.
E aprendemos também que devemos olhar como iguais para todos, por mais diferentes que eles sejam. Olhar com piedade não é melhor do que olhar com preconceito. Cochichar não é melhor do fazer comentários a plenos pulmões. Ambos os jeitos os machucam. O que devemos é olha-los como se fossem iguais a nós, trata-los como se fossem iguais, o que no fundo é verdade. Afinal, mesmo que por fora sejamos diferentes, por dentro todos somos extraordinários.
"Toda pessoa deveria ser aplaudida de pé pelo menos uma vez na vida, porque todos nós vencemos o mundo. - Auggie"
Espero que tenham gostado, até a próxima ;D