terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Vamos falar sobre: O Iluminado

Oi, como vai?
Hoje estou aqui para falar sobre um dos livros que eu mais queria ler dentre todos os mais de cem da minha wishlist, que morou lá por muito tempo até que eu finalmente pude comprá-lo neste ano e que não só correspondeu como superou minhas expectativas: O Iluminado, de Stephen King.
A obra-prima do suspense/terror sobrenatural nos conta a história da família Torrance e a maneira como sua vida é afetada pelo grande hotel Overlook.
Jack, o pai da família, é um homem que já teve problemas sérios por conta de seu alcoolismo e mau temperamento e, na tentativa de superá-los, se muda com a esposa e o filho, Wendy e Danny, para o luxuoso hotel Overlook, para trabalhar como zelador. O estabelecimento se localiza nas montanhas em uma região de inverno rigoroso e, no período de neve, é quase impossível e nem um pouco recomendado chegar até ele. A função de Torrance seria cuidar do hotel neste período em que ele fica completamente vazio e isolado do resto do mundo, o que seria uma grande oportunidade para se afastar dos vícios e poder se concentrar em concluir a peça de teatro em que tanto trabalha. 
Acontece que o Overlook não é um simples hotel. Com um histórico nebuloso cercado de mortes e transações suspeitas entre membros da máfia, esconde diversos mistérios em cada um de seus quartos, e o espírito do hotel não descansará enquanto os seus novos moradores não estiverem mortos também, principalmente Danny, com certas habilidades que o tornam um Iluminado: o garoto pode ouvir os pensamentos dos outros, além de ter visões acerca do que já aconteceu e do que poderá acontecer. Trata-se de um imenso poder, poder este que o hotel quer obter a todo custo.



Uma das questões mais notáveis do livro e que não posso deixar de ressaltar já de cara é a imensa profundidade psicológica que traz, explorando com perfeição todos os personagens em seus mais íntimos pensamentos. E não só as características psicológicas são trabalhadas, mas os pensamentos que se passam em suas cabeças nos instantes mais importantes, conseguindo detalhar cada um de uma maneira que nunca vi em um livro. Nunca vi um narrador onisciente tão... onisciente. Cada lembrança descrita terá uma grande significação ao longo da história, cada pensamento pode ser levado em conta e é indispensável na transição emocional dos personagens.
A mais importante, sem dúvida, é a de Jack. Não é spoiler dizer que o hotel tentará usar o pai para conseguir botar as garras no filho (você certamente já viu a cena clássica em que ele aparece por trás de um buraco que fez na porta e diz "here's Johnny"). A maneira como o Overlook se apossa de Jack é brilhantemente descrita por King: todos os pensamentos conflitantes, todos os momentos em que você percebe o hotel tomando conta de quem Torrance era.
É também maravilhosa a maneira como Stephen consegue fazer tudo isso sem tornar a leitura maçante. Muitas vezes você se pega lendo várias e várias páginas apenas de pensamentos e lembranças, mas, o que poderia ser muito cansativo e deixar a leitura emperrada, na verdade passa de forma deliciosa sem você se incomodar.

O Overlook é a peça central e tão importante e presente na história que podemos colocá-lo como um personagem de fato, o quarto participante que está sempre lá, permeando a vida dos três Torrance enquanto as coisas vão de mal a pior.
A maneira como o sobrenatural é inserido no livro é espetacular, e temos desde cenas mais psicológicas do que visuais de fato a cenas que beiram o macabro, tão brilhantemente descritas.
Se, em outros livros, elogio a riqueza de detalhes físicos, neste é a riqueza de detalhes dos elementos abstratos que torna tudo sensacional, sendo um livro diferente de qualquer outro que você irá ler.  
Com toda essa tensão psicológica, é aquele tipo de obra que te arrepia aos poucos, e você se encontra tão dentro da cabeça dos personagens que é impossível não se afligir e se colocar em seus lugares. É tão recomendado mas tão recomendado que se torna quase obrigatório!

Espero que tenha gostado, até a próxima ;D

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Vamos falar (e talvez surtar um pouco) sobre A Esperança: o Final!



Oi, como vai?
Hoje estreia, depois de um ano, o tão aguardado A Esperança: o Final, conclusão épica da franquia iniciada em 2012 baseada nos livros de Suzanne Collins! Fui ontem à pré-estreia, com pessoas surtando na sessão e tudo o mais, e posso adiantar a todos que ainda não viram que o resultado ficou espetacular, assim, em níveis absurdos mesmo.
O longa dá continuidade e conclusão à saga de Katniss Everdeen, que se voluntariou para tomar o lugar da irmã mais nova nos Jogos Vorazes e, lá, por conta de sua personalidade um tanto incontrolável, tornou-se o símbolo da revolução para todos aqueles que viviam em condições desumanas no país, enquanto os habitantes da Capital viviam de luxo e desperdícios. 
No último longa, A Esperança: parte 1, Katniss finalmente conheceu o Distrito 13, que todos acreditavam ter sido completamente destruído pelas tropas da Capital depois de tentar se rebelar. Este filme foi criticado por conta de seu ritmo, as clássicas críticas acerta de qual é a necessidade de se dividir o último livro em dois. Não sei se é porque eu gosto tanto da saga a ponto de não conseguir ser imparcial ou se por outros motivos, mas eu adorei e, particularmente, não entendi o motivo de tamanhas reclamações. Mas, se já gostei tanto assim da parte 1, podem imaginar como me sinto com relação a esta parte final.
Neste, Katniss se encontra cada vez mais próxima de seu objetivo: matar o presidente Snow. Sendo o grande símbolo da revolução, ela conseguiu unir todos os Distritos contra a Capital sob o comando do Distrito 13 e sua líder, Alma Coin, e neste longa as tropas rebeldes finalmente marcham contra o centro do governo do país.
A questão é que Katniss começa a se sentir um tanto desconfiada acerca das intenções de Coin: se sentindo completamente usada pela líder e por Plutarch Heavensbee, antigo idealizador dos Jogos, e percebendo que ela não se mostra muito diferente de tudo aquilo que mais era criticado em Snow e que motivara toda a rebelião de fato, a protagonista deve tomar importantes decisões e aprender a não confiar completamente em ninguém.
Somado a isso temos um Peeta perturbado, depois de ter sido sequestrado e teleguiado pelos agentes da Capital para ser uma arma contra Katniss, e um Gale que se mostra cada vez mais ligado aos ideais do D13 e perdendo os escrúpulos quando o objetivo é atingir o governo. 



O longa começa de forma relativamente calma, mas em nenhum momento perde o climão de final épico de uma saga. 
Com a tensão crescendo continuamente ao longo de suas pouco mais de duas horas de duração, conseguiu me deixar com o coração prestes a sair pela boca mesmo já tendo lido o livro. Acho até que é por ter lido o livro que eu ficava tão nervoso assim: temos muitas mortes e outras cenas chocantes no filme, e só de saber que elas se aproximavam eu já ficava tenso.
Embora muitas pessoas tenham chorado, não sinto que foi um filme para se emocionar. Muitas coisas acontecem continuamente e você fica preso à poltrona, sem conseguir piscar ou parar para respirar calmamente, e a tensão é o que prevalece. 
Francis Lawrence, como sempre, não nos decepciona de forma alguma, e, mesmo que eu não me lembre do livro com detalhes, sei que as partes mais importantes e marcantes estão lá, representadas impecavelmente por alguém que claramente leu o livro e se preocupou com a história original (coisa que está tão em falta no cinema). 
Com cenas simbólicas e assustadoramente realistas, consegue chocar não somente como parte da história mas como algo que poderia (e muito provavelmente acontece) acontecer na vida real (como uma certa cena envolvendo criancinhas da Capital).
A conclusão de tudo é tão bem feita que arrepia, sendo fiel a tudo o que acontece no livro e não deixando pontas soltas (não que eu tenha percebido, pelo menos).
Com muito boas atuações, com destaque óbvio para a espetacular Jennifer Lawrence, que se destaca e consegue transmitir impecavelmente o sentimento de qualquer personagem que se proponha a interpretar, também rende elogios a Donald Sutherland e a rainha Julianne Moore, respectivamente Snow e Coin, além de Josh Hutcherson, lidando com todos os seus conflitos internos e sua mente bagunçada pela Capital. 
Mesmo que seja um filme relativamente longo, a história é tão bem distribuída e amarrada que passa muito rápido.
Por algum motivo, meu filme favorito da franquia continua sendo o segundo, Em Chamas, mas A Esperança: o Final dá um grandioso show e se tornou o meu segundo acirrado favorito.
Agora acabou de vez, depois de quatro anos e quatro incríveis filmes, e fico muito feliz e orgulhoso ao lembrar que fui em todas as estreias, desde o primeiro longa. Marcante, certamente deixará saudades e já se tornou insubstituível para todos os fãs! 
E vocês, já assistiram ou assistirão logo à conclusão da saga? E, se sim, o que acharam? 

Espero que tenham gostado, até a próxima ;D

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Vamos falar sobre: Como Eu Era Antes de Você



Oi, como vão?
Hoje estou aqui para falar sobre um dos últimos livros que li e um dos melhores romances que já conheci (não que eu leia muitos romances, mas este é realmente bom): Como Eu Era Antes de Você, de Jojo Moyes!
O livro nos conta a história de Louisa Clark, uma jovem de uma cidade pacata da Inglaterra que vive uma vida ainda mais pacata, se posso dizer. Ela trabalhou a vida toda em um estabelecimento da cidade, sem sequer fazer faculdade, e sempre viveu uma vida muito pequena, limitada e sem grandes aspirações: não se interessava por viagens, por aventuras, por novidades. Até que o lugar em que trabalhava fechou e Lou se viu desempregada, sem muitos atributos em um currículo que a garantissem um bom emprego depois disso. 
Depois de passar por estranhas experiências em busca de um novo emprego, Louisa se vê na casa dos Trainor, sendo contratada para trabalhar com um rapaz amargo que ficara tetraplégico depois de um acidente de moto. Assim ela conhece Will Trainor, que sempre foi seu completo oposto: aventureiro, gostava de estar constantemente conhecendo coisas novas e vivendo novas experiências, levando uma vida de sucesso com toda sua riqueza e beleza e uma linda namorada, além de um bom emprego.
Tudo em sua vida mudou depois que, em um dia chuvoso, foi atropelado por uma moto e perdeu praticamente todo o movimento do pescoço para baixo. Agora, preso à sua cama e a uma cadeira de rodas motorizada, abandonado pela ex-namorada e impossibilitado de praticar tudo aquilo que fazia com que sua vida fosse tão boa assim, tornou-se amargo e profundamente infeliz.
Em companhia do enfermeiro Nathan e sendo, de certa forma, sufocado pela mãe, Will resolve pôr um fim a tudo isso por meio da Dignitas, uma clínica de suicídio assistido (basicamente, eutanásia), onde muitas pessoas na mesma situação se reúnem às famílias e partem pacificamente, sem nenhuma dor, da maneira que bem entenderem.
Sua família, como era de se esperar, não aceita a ideia de forma alguma, mas resolve fazer um acordo: se, em dentro de seis meses, Will não encontrasse nada que lhe fizesse mudar de ideia, eles nada poderiam fazer a não ser acompanha-lo até a clínica onde ele finalmente cometeria suicídio. 
É aí que entra Louisa: com seu jeito extrovertido, a garota se torna a única esperança para fazer com que Will restaure sua vontade de viver, e ela se empenhará muito para que isso aconteça.



Esta é a história do livro lançado por Moyes que, sim, lembra, de certa forma, o filme francês Os Intocáveis. No longa (que, aliás, recomendo) um rapaz sem qualificação alguma acaba na função de cuidador de um milionário tetraplégico e, contrariando o que todos esperavam, se deu muito bem no trabalho e se tornou o melhor amigo do patrão.
No caso de Como Eu Era Antes de Você, tudo leva a um romance, é claro. Mas a maneira como a autora desenvolve a relação entre Lou e Will faz com que não seja um romance forçado, empurrado no leitor do início ao fim. Mesmo que seja o esperado, no final das contas, Moyes nos faz vibrar a cada avanço que a amizade dos dois toma, e, mesmo que a história de amor esteja sempre lá no fundinho, o que mais chama a atenção é a amizade incrível que constroem.
A maneira como um muda aos poucos a vida do outro é natural e muito gostosa de ser acompanhada, justificando o título do livro que, mesmo que pareça se referir a Will, na verdade representa toda a mudança que ele realiza em Clark. 
Se você, assim como eu, não suporta romances açucarados, não terá problema nenhum com esse livro. Não há momentos melosos, nem nas cenas mais românticas. Isso não quer dizer que seja seco, pelo contrário: é lindo, só que bem balanceado e, como já ressaltei, bastante natural.
A escrita de Jojo é uma delícia, e os personagens são muito carismáticos. Ao ler, você tem em mente o tempo todo que poderá sofrer muito no final, a possibilidade sempre lá, cada vez mais perto. E, mesmo que as evidências apontem para um dos lados, você torce o tempo todo para que uma reviravolta aconteça e tudo termine da forma mais bonita possível.
A adaptação do romance será lançada, creio eu, no ano que vem, protagonizada por ninguém menos que Emilia Clarke (a Daenerys, de Game of Thrones) como Louisa e Sam Claflin  (o Finnick, da saga Jogos Vorazes) como Will, e mal posso esperar! 
Mesmo que a premissa de uma pessoa espevitada ajudando um milionário tetraplégico amargo não seja das mais originais, o desenvolvimento dado é imperdível, e é um livro que recomendo muito!

Espero que tenham gostado, até a próxima ;D

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

[ATUALIZADO] Divulgada caracterização de Eddie Redmayne em Animais Fantásticos e Onde Habitam!



Com as gravações já iniciadas e com os sets e diversas outras coisinhas sendo divulgadas aos poucos, Animais Fantásticos e Onde Habitam já está nos deixando muito ansiosos e só estreará em 26 de novembro de 2016!
Hoje foi divulgada pela Warner, por meio da Entertainment Weekly, a primeira imagem que traz a caracterização de Eddie Redmayne como Newt Scamander, o protagonista da nova história que se passará cerca de 70 anos antes dos eventos de Harry Potter. 
Veja só as imagens divulgadas

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Com essa caracterização incrível, que faz Eddie se encaixar perfeitamente até mesmo no papel do próximo Doctor em Doctor Who, o longa (roteirizado, aliás, pela própria JK Rowling, e dirigido por David Yates, responsável pelos 4 últimos filmes da saga Harry Potter) nos contará as aventuras de Newt pelo mundo, visitando os lugares mais peculiares e enfrentando diversos perigos enquanto reúne informações para seu livro, Animais Fantásticos e Onde Habitam. 
Rowling afirmou que não se trata de um prequel ou uma sequência de Harry Potter, mas de uma extensão do mundo mágico apresentado na saga, que se passará em Nova York e, como já mencionado, 70 anos antes de o Menino Que Sobreviveu sobreviver. 
Estou muito ansioso pela produção! E vocês, o que acharam da caracterização de Eddie? 

Espero que tenham gostado, até a próxima ;)

Oi, voltei! Isso porque, passeando pela internet, encontrei mais imagens divulgadas do filme, que mostram ainda melhor a caracterização do resto do elenco e ainda algumas fotos dos sets de gravação. Vejam só! 

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Já conquistou o posto de um dos filmes mais aguardados de 2016, mal posso esperar! 

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Prova de Fogo e a síndrome do protagonista


Oi, como vão? 
Este é um post que fiz há muito tempo, mais precisamente no final de semana da estreia do longa. Ele está prontinho bonitinho desde então e pela ação de forças obscuras (aquelas que fizeram o Jânio renunciar) eu não postei até hoje, mas aqui estou eu tomando vergonha na cara e voltando a cuidar do blog, agora que as minhas férias se encontram batendo à porta (e eu estou sentindo uma saudade louca de escrever, sério).
Hoje estou aqui para falar sobre Prova de Fogo, sequência do longa The Maze Runner, ambos baseados na série de livros homônima de James Dashner. Como sempre digo, tento ao máximo separar o filme da adaptação, porque eu entendo que não da pra se colocar tudo o que está no livro e muitos elementos nem ficariam muito bons nas telonas. Mas não há como não misturar as coisas quando a discrepância é tamanha, e eu acabo gostando menos do filme como um filme em si só por pensar em tudo o que poderia estar acontecendo... mas não está. 
Terminei a leitura de Scorch Trials alguns dias antes de assistir e logo mais virei escrever sobre ele. Parte da minha pressa para ler foi para justamente para conseguir terminar antes do filme, mas acontece que não teria feito muita diferença. Há um aproveitamento muito superficial de tudo o que acontece no livro. O longa já começa de forma absurda e termina mais absurda ainda, tomando um rumo completamente diferente do que lemos e que, inclusive, sequer te dá spoilers da obra (o mínimo que uma adaptação pode fazer).
Em Prova de Fogo, Thomas e os outros garotos da Clareira se encontram agora aparentemente a salvo dos problemas nas instalações da organização que os retirou do Labirinto no final do primeiro longa. 
Acontece que eles não estão muito mais seguros do que estavam anteriormente, e, ao descobrirem os planos de seus "salvadores", resolvem fugir e encarar o grande deserto que o mundo se tornou.

As diferenças começam por aí: a motivação que tinham para enfrentar todo o deserto e os perigos que o habitam são muito diferentes e detalhes importantes da história que só são apresentados no final são dados logo no início como se não fosse nada de mais. Eu não reclamaria tanto se a nova história criada estivesse a altura, mas acontece que não está. Há certas coisas que ficam mal explicadas, enquanto no livro não temos este problema.
O longa abrange vários temas em voga na cultura pop atual, saltando de um filme distópico para um de zumbis, para, logo após, virar um filme de ação frenética, e assim seguimos (para que Thomas termine quase uma Katniss Everdeen, o que não é nenhum spoiler mas que, se você assistiu, certamente vai entender). 
Se o roteiro demonstra habilidade em saltar por todos esses gêneros, demonstra sua inabilidade com os personagens em si. Mesmo que alguns garantam seus momentos passageiros de glória, a história sofre fortemente com a síndrome do protagonista. 
Thomas é um protagonista muito... protagonista, não há outra maneira de descrever. Ele é muito heroico, em níveis absurdos e irreais, sempre tendo as ideias e liderando todo mundo, inspirando a confiança instantânea sem dar maiores explicações. Trata-se de uma reclamação que eu tenho também do livro, mas deixemos isso para a resenha do próprio. 
Mesmo com outros bons personagens, como Newt e Minho, tudo acontece só com Thomas, e a maneira como ele sempre estará certo e sempre conseguirá salvar todos no final das contas faz com que a experiência não se torne tão interessante quanto poderia ser, e que ainda conte com alguns clichês que dão vontade de arrancar os cabelos.  Foi criado um personagem principal tão perfeito e idealizado que é como se todos os outros personagens fossem descartáveis. 
Os efeitos especiais, ao menos, estão incríveis, e a caracterização dos Cranks e a maneira como são explorados faz com que você se sinta assistindo a uma genuína produção de zumbis, uma mescla de Guerra Mundial Z com uma pitada de Eu Sou a Lenda.
Essa pegada mais pesada tenta atingir um público diferente e mais abrangente que o do livro, buscando também os adultos. Não sei se a estratégia funcionou ou não, mas em alguns momentos nos esquecemos de que estamos assistindo a uma distopia adolescente, e vejo isso como um ponto positivo (não que eu não goste, só fiquei saturado com tantas delas). 
A cena da batalha final, embora não tenha nada a ver com a do livro, acaba se saindo melhor nas telonas do que o que realmente ocorre, então está perdoado, mas é tão repleta de "ufa acabou NÃO NÃO ACABOU NÃO ok agora acabou NÃO AINDA NÃO" que depois de um tempo você já está cansado e rezando para que acabe logo. 
É um filme aceitável naquilo que se propõe, oferecendo ação do início ao fim, e te satisfará desde que você não espere mais do que um blockbusterzão para te entreter por duas horas. 
E vocês, o que acharam do longa?

A periodicidade não foi das melhores, mas espero que tenham gostado, até a proxima ;D 

domingo, 4 de outubro de 2015

Vamos falar sobre o incrível Perdido em Marte!


Oi, como vai?
Hoje estou aqui, neste belo domingo, para falar sobre filmes! Não, não é a volta do Filme da Semana (aliás, faz muito tempo que não assisto a nenhum dos filmes do projeto, preciso voltar logo). Falarei um pouco sobre o espetacular lançamento da semana, Perdido em Marte (The Martian, nome que soa muito legal em inglês mas que, se fosse traduzido ao pé da letra para o português, tiraria a seriedade do filme (quem acreditaria em um longa chamado O Marciano?)).
A produção conta a história de um grupo de astronautas da Nasa que vai até Marte com a missão de coletar amostras e realizar pesquisas para trazer para a Terra. Enquanto eles se encontram em solo marciano, uma tempestade (como essas tempestades de areia) os atinge, e eles são obrigados a voltar para a nave e abortar a missão. Acontece que um dos astronautas, Mark Watney, é atingido por um dos equipamentos, sendo lançado muito longe de todo o grupo e tendo sua comunicação cortada. Depois de muito tentarem, todos acabam dando-o como morto e resolvem voltar para a Terra sem ele.
A questão é: Mark não morreu. Ele ficou temporariamente desacordado e, quando recobrou a consciência, já se encontrava completamente sozinho no planeta vermelho, contando apenas com os equipamentos que deixaram para trás, uma espécie de estação de habitação que eles construíram e os suprimentos que foram enviados para todo o time. 
Determinado a não morrer em Marte, Watney deve encontrar uma maneira de sobreviver naquele lugar, produzindo novos mantimentos e adaptando os equipamentos de que dispõe enquanto espera uma nova expedição ir resgata-lo, ao mesmo tempo em que busca encontrar uma forma de entrar em contato com a Nasa e mostrar que, surpresa, ele não morreu.



O filme acompanha os dois lados da história: em paralelo com a vida de Mark em Marte, temos toda a movimentação do diretor, dos cientistas e dos engenheiros da Nasa ao descobrirem que o astronauta está vivo e precisa ser resgatado antes que seja tarde demais (o que é um grande problema, já que missões espaciais tripuladas demoram anos e anos para serem realizadas).
O elenco conta com grandes atores, como Matt Damon, que vive o marciano Mark, Kate Mara (que não tem muuuito destaque mas é uma atriz de quem gosto bastante então preciso colocar seu nome em algum lugar do post), Chiwetel Ejiofor (o protagonista de 12 Anos de Escravidão, lembra?), entre muitos outros. 
É muito interessante a maneira como o longa insere o humor em meio a uma história tão tensa e angustiante, nos arrancando boas risadas ao longo de suas duas horas e meia de duração. 
Sentimos com o personagem toda a sensação de vazio, todo o peso de se estar completamente sozinho em um planeta inteiro, cujas condições não são propícias para a vida humana. Aliás, toda a caracterização de Marte está incrível!
A ciência tem presença muito forte na produção, e ainda assim os roteiristas conseguiram inseri-la de forma a não ficar incompreendida pelos espectadores, fazendo com que consigamos entender tudo o que os personagens estão planejando e realizando. 
Outro elogio que não posso deixar de fazer é com relação à trilha sonora. Sim, eu presto muita atenção à trilha sonora instrumental dos filmes, e esta é maravilhosa!
Filmes com essa temática me conquistam quase instantaneamente (se bem feitos, lógico), como é o caso de Gravidade e Interestelar. Perdido em Marte certamente entrou para esse grupo, e nunca deixarei de recomenda-lo a quem quer que ainda não o tenha assistido! 

Espero que tenham gostado, até a próxima ;D

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Bandas bizarras que amo



Oi, amigos, como vão?
Hoje estou aqui para falar sobre um assunto sobre o qual não falo há muito tempo e sempre sinto saudades: música (se bem que eu não falo sobre livros há tanto tempo também que estou cogitando mudar o nome do blog pra Mundos na Netflix (brinks)). 
Eu já tenho um gosto musical bastante difícil de definir (já que engloba tantos tipos diferentes de música), e mais difícil ainda de se explicar para os outros. Música indie é, simplesmente, música indie. Quando você ouve você sabe do que se trata, mas não me peça para colocar em palavras. 
Pode soar presunçoso, mas me orgulho muito do meu gosto musical, e hoje estou aqui para falar sobre algumas bandas que, para o mundo todo, são bem estranhas, e para mim também, mas que eu adoro mesmo assim (ou talvez adore por serem estranhas, porque fogem completamente do que encontramos por aí). Sem mais delongas, vamos lá?

1. O pop esquizofrênico de Twenty One Pilots

É uma das bandas mais bizarras que ouço, e, adivinhem, uma das minhas favoritas da vida. Seu estilo é uma bagunça, e muitas músicas misturam diversos ritmos e batidas que viram uma espécie de colcha de retalhos musical, mas que funciona tão bem que não dá para ouvir uma vez só. A primeira vez que ouvi Twenty One Pilots achei uma porcaria, confesso. Mas a música (Car Radio) não saía da minha cabeça, e, quanto mais ouvia, mais admitia que tinha sua qualidade. Depois de já ouvir muito a mesma, resolvi procurar a discografia toda, e assim a banda virou um dos maiores amorzões musicais que tenho. 
Desde que ouvi a definição "pop esquizofrênico" (não querendo, de forma alguma, fazer piada com a doença em si), adotei-a para a vida, por passar exatamente essa sensação. As performances, a maneira como cantam, até as máscaras que usam tornam tudo muito esquisito e perturbado, mas não menos incrível. Já falei muito brevemente sobre a banda aqui no blog, e agora apresentarei mais músicas!

House of Gold



Guns for Hands



Stressed Out



Car Radio



Taken by Sleep (minha favorita)


2. O cúmulo do hipster com Alt-J

Alt-J, como uma banda que exala bizarrisse, não poderia ficar de fora desta lista. Assim como aconteceu com Twenty One Pilots, não gostei da primeira vez que ouvi, mas foi me conquistando aos poucos, e agora adoro (ainda que não consiga gostar de muitas de suas músicas). 
Alt-J tem um estilo completamente alternativo, aquele que você encontra pessoas de óculos redondos, camisas de botão, calças apertadas e suspensórios escutando. Pode ser uma descrição abstrata demais, mas certamente você vai entender depois de ouvir um pouco!

Every Other Freckle



Taro


Matilda



3. Portugal. The Man e a brisa

O nome da banda já é meio "que?", e é uma que, em 100% das vezes em que recomendo, a pessoa nunca ouviu falar na vida. Isso é bom, porque significa que será uma indicação infalível para os amigos. A brisa da qual falo não é em questão de tranquilidade, é em questão de drogas mesmo (isso continua sendo um blog sério, minha gente). As músicas são quase alucinógenas, com uma batida que entra em sua cabeça e te conquista muito facilmente, embora, já adianto, sejam todas meio estranhas (mas tão boas...).

Purple Yellow Red and Blue (para você entender as drogas e o efeito alucinógeno de que falei)



Evil Friends



Creep in a T-Shirt 



PS. Essas são as mais loucas, mas eles também têm músicas como Smile e Waves que não são tão bizarronas assim, mas que valem muito a pena. A banda inteira vale, na verdade, pode ouvir tudo, tá permitido. 

Bem, essas são as bandas mais esquisitas que ouço e que adoro. E vocês, o que me dizem, já conheciam algumas dessas bandas/músicas? Se não, o que acharam? 

Espero que tenham gostado, até a próxima ;D

sábado, 26 de setembro de 2015

Shondaland: o maravilhoso mundo de Shonda Rhimes



Oi, como vai?
Certamente você já ouviu falar sobre aquela série médica em que os cirurgiões cuidam de pacientes enquanto lidam com sua vida sexual ativíssima. Esta é Grey's Anatomy, a mais conhecida de todas, a mais longa (12 temporadas, mais de 240 episódios) e apenas uma parte do incrível mundo que se tornou o Shondaland.
Shondaland é a produtora de TV de Shonda Rhimes, criada, primeiramente, para Grey's, que está no ar desde 2005 (e, segundo produtores, não acaba tão cedo, mesmo tendo matado/retirado mais da metade de seu elenco principal original). Além de Greys, Shondaland produz séries como a já finalizada Private Practice (tipo Greys, mas acompanhando outra personagem em outro núcleo em outra especialização), Scandal e, a mais recente, How To Get Away With Murder.
Com exceção de Private Practice, todas estão ativas e fazendo tanto sucesso que  monopolizam as quintas-feiras na televisão americana.
Dando origem à sigla TGIT, Thank God It's Thursday, o dia recebeu esse nome por trazer todos os novos episódios das séries de Shonda na TV, um seguido do outro, um marco impressionante (principalmente para uma série que já durou tanto e ainda se mantém firme e forte).
Shonda é um anjo e o coisa ruim fundidos no corpo de apenas um ser humano, além de produtora e roteirista nas horas vagas. Suas séries não fazem tanto sucesso assim a toa, e é por muito sofrimento que os fãs passam ano após ano em suas mãos diabólicas. Tenho o prazer de assistir a suas três séries ativas (embora não esteja em dia em todas elas), e falarei um pouco sobre cada. Vamos lá?

1. Grey's Anatomy




A série acompanha a cirurgiã Meredith Grey, que acabou de se formar e trabalha como interna no maior hospital de Seattle. Mas a protagonista em si nem é o mais importante da série, que conta com um núcleo de personagens tão bom que não há como escolher um só como favorito. Enquanto todos eles se relacionam e vemos tanto seu desenvolvimento profissional como pessoal, acompanhamos também os casos de pacientes e suas histórias individuais, e é tudo tão maravilhoso que você se vicia facilmente e os mais de 200 episódios deixam de ser um problema. Assisti apenas até a segunda temporada,  mas já foi o suficiente para querer levar para a vida e assistir a absolutamente tudo, não importa quanto dure. 
É uma série bastante dramática, mas que também mescla muito bom-humor e umas zoeiras de vez em quando. Porém não há como escapar de mortes horríveis e despedidas que te fazem xingar Shonda de tudo quanto é nome feio. 
PS. Postando essa capa de revista com a Ellen (Meredith) porque ela está maravilhosa em níveis absurdos.



2. Scandal 




Essa série nos apresenta uma história completamente diferente e interessante, e, embora tenha visto apenas a primeira temporada completa, mal posso esperar para me organizar com as séries (não é fácil gente) e poder voltar a ver de vez. Ela conta a história de Olivia Pope, uma espécie de anjo da guarda da política. Ela e sua equipe de advogados (gladiators in a suit) atuam limpando a barra de políticos e outras pessoas públicas, ao mesmo tempo em que também lidam com seus problemas pessoais. O pior (no caso, melhor pra nós) é quando o pessoal e o profissional se misturam, e nos pegamos torcendo para o casal Olivia e o presidente dos Estados Unidos (sim). 
O ritmo da série é uma loucura, com episódios que não te deixam descansar um minuto e histórias que te envolvem instantaneamente. É muito dinâmica e altamente viciante, mas um ótimo vício e que recomendo.

3. How to Get Away With Murder


A mais recente (só tem uma temporada completa até agora, mas a segunda começou nesta semana) e minha favorita do mundo mágico de Rhimes conta a história da professora Annalise Keating e de seu grupo principal de alunos do curso de direito de uma faculdade americana. Sua matéria é "como sair impune de um assassinato", e, entre as lições e os casos reais com os quais têm que lidar, se veem envolvidos em um crime e precisam descobrir como realmente sair impunes de um assassinato. 
É uma produção sensacional, com um roteiro sensacional, mil reviravoltas e atuações tão estupendas que a série garantiu a Viola Davis o Emmy de Melhor Atriz neste ano. É de arrancar os cabelos, e vale muito a pena!

Essas são as três séries que retornaram nesta última quinta na Fall Season, e que lhe garantirão uma sexta bem ocupada caso queira se manter em dia em todas. Não é exagero quando elogio tanto assim as séries de Rhimes, e, mesmo que Grey's seja considerada a novela dos americanos, é uma novela que vale muito mais a pena do que, sei lá, qualquer que seja a nova ocupante do horário nobre global (ou de qualquer outro canal). 
Qual dessas séries é a sua favorita? E, se ainda não assistiu a nenhuma delas, o que está esperando?
Venha pra Shondaland você também!

Até a próxima ;D 

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

7 motivos para você começar Narcos agora mesmo


Oi amigos, olha quem voltou!
Eu prometi que não deixaria o blog ficar tanto tempo assim sem posts novamente e (novidade) ele ficou, mas eis que alguém (que eu não conheço, o que é mais legal ainda) comentou sobre minha ausência e eu fiquei tão "socorro alguém liga pro meu blog!!!!!" que resolvi voltar a escrever. 
Hoje estou aqui para falar sobre Narcos, a mais recente série da Netflix que conta a história de Pablo Escobar, o qual começou como contrabandista de produtos na Colômbia e acabou se tornando um traficante de cocaína tão grande e tão influente que se imortalizou na história do país. Eu comecei a ver poucos dias depois que a temporada foi disponibilizada, e terminei muito rápido (em parte porque a série é muito boa e viciante mesmo e em parte porque eu estava competindo com a minha namorada sobre quem terminaria primeiro (é, pois é)), e o enredo me envolveu de tal forma que não dá para não recomendar para todo mundo.
Nesse post, apresentarei 7 motivos para você assistir a essa série o quanto antes. Vamos lá?

1. A ótima história (e o fato de ela ser real)
A história de um traficante que ganhava tanto dinheiro (60 milhões de dólares por dia, pelo que me lembro) que começou a construir casas para os mais pobres e distribuir em comícios por não ter onde gastar já seria digna de ser acompanhada por si só, mas o fato de ser real torna tudo muito mais interessante, e é ótimo como a série não nos deixa esquecer disso, misturando ao longo dos episódios imagens e gravações originais do período. Todas as mortes que Pablo Escobar causou, tanto de civis em ataques terroristas quanto de policiais e até mesmo de seus capangas, toda a influência que exerceu a ponto de praticamente mandar no governo colombiano, tudo faz com que você queira loucamente descobrir onde tudo aquilo vai dar. Você tem sede de saber mais sobre, que não é completamente saciada com a temporada (porque não, ela não conta toda a história dele) e, ao terminar, você quer mais e mais. 

2. Ela agrega na sua vida
Existem séries legais, mas que não agregam nada na sua vida. Existem séries legais que agregam só porque são muito comentadas no momento e são importantes na cultura pop, então você acaba por se incluir mais em rodinhas de conversa só por assisti-las, por exemplo. Mas há séries como Narcos que agregam na sua vida algo mais profundo. No caso desta, além de cultura geral (afinal, o nome de Pablo pode até mesmo aparecer em apostilas), te apresenta um outro lado da história e da realidade do mundo. Ficamos muito presos ao ambiente americano ou europeu em séries e filmes, e raramente voltamos nossos olhos para a América do Sul (até mesmo produções brasileiras parecem produções estrangeiras para nós, que moramos aqui). Duvido que você já tenha visto algo se passando na Colômbia, e, mesmo que você não esteja nem aí para o país, pelo menos estará mais inteirado acerca do que aconteceu em seu pedaço do continente.

3. O elenco
Aposto que você nunca terá outra oportunidade para ver o Capitão Nascimento e Oberyn Martell na mesma produção. Sim, o elenco conta (entre outros ótimos atores) com Wagner Moura como Escobar e Pedro Pascal como um dos agentes que se envolvem mais profundamente no combate ao tráfico no país. Mesmo que o espanhol de Moura seja um pouco criticado (tá, não é a mesma coisa que o de atores realmente hispanohablantes, mas está muito bom e não vi problema algum), sua atuação é espetacular, e elogios se estendem também a muitos outros dos atores, que são menos conhecidos mas não menos talentosos.

4. A zoeira



Pablo Escobar construiu um zoológico com animais importados da África em sua fazenda (sim, é sério, alguns deles não puderam ser retirados de lá até hoje), atacou a sede do governo com tanques de guerra, entre muitos outros feitos (nos quais não entrarei em detalhes por motivos de spoiler) que fazem tudo parecer irreal, até você se lembrar de aquilo realmente aconteceu e um só homem conseguiu ter poder o suficiente para influenciar em tanta coisa no seu país. Se você, assim como eu, não sabe muito sobre seus feitos, é delicioso acompanhar e ver qual é a próxima que esse grande sapeca irá aprontar. Além do mais, quer bagunça maior do que uma série americana que se passa na Colômbia com um brasileiro falando espanhol?

5. A produção
Se você gosta de Tropa de Elite, é praticamente impossível não gostar de Narcos. A atmosfera é muito parecida, embora o foco seja outro, e não há economia no sangue, na safadeza e nas cenas de violência, que chegam a ser brutais.

6. As reviravoltas
Mesmo que toda a história já tenha acontecido e se você pesquisar o perfil de Pablo na internet provavelmente terá spoilers de temporadas vindouras, é uma série tão imprevisível que você se pega preocupado com determinado personagem, nervoso diante de alguma operação, e isso é uma das características que mais me fazem me apaixonar por uma história. Amo a sensação de não saber o que irá acontecer e como isso irá acontecer, e, se a série me deixa assim, já dou a ela o selinho de série boa. 

7. É da Netflix, né, amigos
Tirando aquele lixo tóxico chamado comumente de Sense8 (que série ruim do caramba), séries da Netflix são tão boas mas tão boas que só o fato de ser uma produção original já comprova sua imensa qualidade. Narcos entrou pro time de séries como House of Cards (cuja primeira temporada terminei há pouco tempo e logo mais venho para falar sobre ela), Demolidor e Orange is the New Black, que fazem valer ainda mais a pena ser assinante do serviço. 

Esses são só alguns dos motivos pelos quais você precisa ver Narcos. O resto você descobrirá rapidamente enquanto a série se desenrola. Certamente uma das melhores a que assisti no ano (e olha que neste ano estou assistindo a muitas), é extremamente (mas assim, extremamente mesmo) recomendada!

Espero que tenham gostado, até a próxima ;D

domingo, 19 de julho de 2015

The 100: quando a adaptação se torna melhor que o original


Oi, como vão?
Eu geralmente me recuso a acreditar que uma adaptação é melhor que seu original. Sempre que eu leio, por mais que eu goste do filme ou série, eu nunca tinha me deparado com um caso em que o livro seja superado... até agora.
Li The 100 (the hundred, não the cem) alguns dias atrás, bem depois de ter começado a assistir à série (que, aliás, deixei abandonada por um ano e agora voltarei para concluir a segunda temporada), e pude notar tudo o que todos falavam sobre a série ser uma péssima adaptação. Se você é um daqueles que gostam de reclamar das diferenças, The 100 é um prato cheio. Mas não precisei de muita reflexão sobre o livro para concluir que a série consegue ser muito superior ao YA escrito por Kass Morgan.
The 100 conta a história dos humanos remanescentes de uma guerra nuclear que devastou o mundo. Para que a raça humana não fosse extinta, muitas pessoas foram mandadas para a Arca, uma espécie de estação espacial onde foi formada uma nova colônia, com seu próprio governo e rígidas regras. As pessoas vivem estilos de vida um tanto desiguais: enquanto algumas têm certos benefícios, outras são, de certa forma, largadas pelo governo, assumindo as profissões que ninguém mais quer e sendo os primeiros a serem excluídos quando se trata de medidas de emergência. Essa Arca já ficou no espaço por tempo demais, e seus suprimentos finalmente começaram a acabar. A produção já não dava mais conta de suprir todas as necessidades, o oxigênio já não era mais suficiente, entre mil outros problemas. Unindo o útil ao agradável, o governo decide enviar cem adolescentes que estavam presos no centro de detenção para a Terra, tanto como uma forma de diminuir a população para que os suprimentos durassem mais (mas é claro que isso não é explícito) quanto para se instalarem na Terra e descobrirem se o ambiente pode voltar a ser habitado, para que a Arca possa finalmente pousar.



Durante o lançamento desses adolescentes, mil problemas acontecem, mas eis que eles conseguem chegar à Terra e construírem uma pequena colônia.
As maiores diferenças já estão muito presentes desde o início, e falarei um pouco mais sobre elas (não todas, obviamente, senão esse post ficaria maior que o próprio livro). Vamos lá?

1. A visão de dentro da Arca
Enquanto na série temos a mãe de Clarke e outros personagens na Arca, a visão do espaço no livro fica por conta de Glass, uma das quatro personagens que narram a história (os outros são Clarke, Wells e Bellamy). Glass é uma garota que foi presa por um motivo que garante uma das surpresas do livro, e que por isso teve que se separar de seu namorado. Acontece que ele nunca soube que ela foi presa e, durante o lançamento da nave, quando a garota finalmente consegue escapar e chegar à porta do apartamento do amado, descobre que ele já está namorando outra, e agora fica tarde demais para voltar à expedição para a Terra. É um plot muito bom e que poderia ter sido explorado também na série, mas como os acontecimentos seguem rumos muito diferentes, acho que Glass não teria um lugar na história. Ah, e sobre Clarke, o livro já começa com seus pais mortos, o que já muda muita coisa no enredo.

2. A obediência dos adolescentes
Na série os adolescentes são muito mais rebeldes no que no YA. Todos eles ganham braceletes que comunicarão seus sinais vitais à Arca, para que possam monitorar sua saúde e verem se não estão sendo afetados com a radiação. Isso no livro se torna obsoleto com o tempo, mas na série gera muita treta: Bellamy, líder da revolução, convence a maioria dos 100 a retirarem seus braceletes, para que a Arca não consiga saber se eles estão vivos ou não, não desçam para Terra e, bem, que se danem. Isso dá um toque muito mais sério à história, e torna ainda mais interessante.

3. O impacto das revelações
Não revelarei qual informação é essa para não dar spoilers, mas digo que algumas coisas que no livro são dadas como >a< revelação da história e "ai meu Deus que cliffhanger louco o que será que vai acontecer" na série são dadas já muito antes, e, surpreendentemente, ficam muito melhores do que foi no livro.

4. Personagens irritantes
Um dos piores personagens que já li na minha vida é Wells, o filho do Chanceler (o presidente da Arca, digamos) que dá uma mancada muito grande com Clarke e passa a história inteira (sim, ele existe só pra isso) tentando reconquistá-la e fazer com que ela entenda. E quando ela o entende, ele dá mais mancadas enormes. Mesmo que possamos entender tudo o que ele fez, ele é um personagem incrivelmente bosta (é, pois é) e acredito que o destino que foi dado a ele na série (se você já assistiu, pode lembrar facilmente o momento em que eu vibrei de felicidade) foi muito mais interessante.

5. Casais
O livro foca muito em casais. Muito. Muito mesmo. E isso me cansa. Tudo bem, eu sei, é um young adult, e é difícil um young adult que não se perca da boa história que conta só pra focar desnecessariamente em casais que nada agregam. Mas no livro isso foi bem intenso, enquanto na série os casais e os shippers também estão lá, mas de uma maneira muito mais madura e interessante. E, melhor anda: eles souberam colocar os casais de forma a agregar no enredo, enquanto no livro eles só emperraram tudo.

Ao terminar de ler, a sensação que me restou foi a de que é um livro curto demais. Mas não pelo tamanho em si (embora não seja longo mesmo), mas pelo mau aproveitamento que teve. Como falei acima, é dada uma importância imensa pra esses conflitos de casais e muita coisa que poderia ser explorada de forma muito interessante pela autora acaba por ser largada de lado. 
A única coisa de que realmente gostei no YA foi a maneira como ela narra a estupefação dos adolescentes diante da natureza pela primeira vez. Como eles eram os primeiros em muitas gerações a pisarem na Terra, senti que foi bem construída, além de bem natural, a maneira como eles não conhecem praticamente nada e ficam com medo até de uma simples chuva.
A série, ao meu ver, conseguiu captar os pontos positivos do livro e fazê-los de tornarem ainda melhores na telinha, os potencializaram. Os pontos negativos foram, de certa forma, consertados, e o seriado consegue nos apresentar uma história muito mais madura e consistente do que aquela que lemos. É como se ela valorizasse o espectador, enquanto Kass Morgan devesse pensar que compramos qualquer livro baseados nos casais e que perder muito tempo escrevendo clichezões mudando apenas a ocasião já tornaria o livro satisfatório. E isso é uma pena.
Não sei se chegarei a ler o segundo, Dia 21, mas certamente a série seguirei vendo e não pararei mais. 

Espero que tenham gostado, até a próxima ;D

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Top 5: Minhas editoras favoritas



Oi, como vão?
Hoje estou aqui para falar, como o próprio nome já diz, sobre as cinco editoras pra quem eu pago muito pau! Não estou fazendo esse tipo de post para "babar o ovo" de nenhuma editora e conseguir parcerias e tudo o mais, até porque eu sei que elas sequer lerão, mas para comentar sobre as que mais gosto e o porquê e também ouvir de vocês, quais são as suas editoras favoritas. Vamos lá?

5. Intrínseca



A Intrínseca é um dos meus xodós mais antigos. Isso porque ela sempre tem bons lançamentos e sempre por um preço muito bom. São edições bonitas por um preço que, em outras editoras, encontramos apenas aqueles livros pocket de folhas brancas (que eu adoro, mas convenhamos que algumas acabam cobrando demais por eles). Atualmente a vejo lançando muitos livros um tanto aleatórios, como O Livro Sem Figuras, mas ainda assim continua trazendo títulos muito bons como um dos mais novos membros da minha wishlist: Toda a Luz Que Não Podemos Ver. Além disso, ela traz para o Brasil alguns de meus autores favoritos, como é o caso de Gillian Flynn, e sempre estou de olho nos lançamentos.

4. Zahar

O Corcunda de Notre Dame

O Lobo do Mar

20 mil léguas submarinas



A Zahar é uma das editoras mais caprichosas que eu já conheci. Suas edições são tão lindas, mas tão lindas, mas tão tão tão lindas, que você tem vontade de ler os livros só por causa da capa. Esse é o caso de livros como O Conde de Monte Cristo, O Ateneu, O Corcunda de Notre Dame, que eu até tinha vontade de ler, mas que se tornou quase urgente depois que descobri suas edições. Além disso, aquele box de clássicos infantis que brilha no escuro me dá vontade de chorar em cima. Não tenho nenhum de seus livros até agora, mas espero que nessa bienal (sim, eu vou de novo!) eu possa comprar algum.

3. L&PM



A L&PM é uma editora muito amorzão, que casa perfeitamente com meus gostos e necessidades. Isso porque ela está por todo canto, e tem edições pocket muito bem feitas e de muitos livros clássicos. Aqui no Walmart de minha cidade (mas acredito que não seja muito diferente em todos os lugares) a área de livros é um tanto desprezada, e na prateleira mais baixa sempre (sempre mesmo, aquilo não me desaponta nunca) encontro livros espetaculares dessa editora, um pote de ouro pelo qual muitos passam sem nem dar a mínima atenção. Sempre que vou ao mercado, me sento na frente da prateleira e lá fico mexendo nos livros (às vezes arrumando, porque nem os próprios funcionários se importam muito) por muito tempo, achando cada um melhor que outro. E melhor ainda: o mais caro não passa de R$ 19,00. O último que comprei foi o manuscrito original de On The Road por R$11,00, e já pretendo voltar àquela prateleira para encontrar mais clássicos. O catálogo da L&PM é um dos que mais combinam comigo, e não duvido nada que no futuro prateleiras e prateleiras de minha estante sejam destinados só aos seus livros.

2. Aleph





A editora Aleph é uma que eu não conhecia até muito pouco tempo atrás, e que, desde que conheci, já estou pretendendo torrar muito dinheiro com seus livros. A Aleph é focada em clássicos de ficção científica, o que já é muito foda. E as edições que ela lança são caprichadíssimas. O único problema (e o único motivo de eu não ter lido nenhum de seus livros até hoje) é que seus preços são proporcionais às edições incríveis, e acabarei comprando somente no meu aniversário ou em outras datas especiais, quando eu tenho desculpa para gastar bem mais com livros do que já gasto normalmente. De seu catálogo quero muito ler, por exemplo, O Homem do Castelo Alto, Jurassic Park, O Planeta dos Macacos, todos os seus lançamentos de Star Wars, os livros de Asimov, entre outros.

1. Darkside



Darkside é o sonho de consumo master das editoras brasileiras, e aposto que não é só para mim. Como suas edições também são bem carinhas, não tenho nenhum livro seu até hoje, mas sempre acompanho seus lançamentos pela internet e suas edições são de chorar. É aquele tipo de livro que, se algum amigo vai na sua casa, você faz questão de mostrar, só para que ele partilhe o sentimento e sinta uma pitadinha de inveja (ostentação literária é o que há). Ela é especializada em terror, e seu catálogo de clássicos é incrível. Dela, o que mais preciso (sim, não é só querer) é Psicose pois, além de eu querer ler antes de assistir o filme, é uma edição tão impecável que dói.

Essas são as minhas editoras brasileiras favoritas, que são muito recorrentes na minha wishlist e que estão sempre me fazendo sofrer quando descubro novos lançamentos incríveis. E aí, quais são as suas editoras favoritas?

Espero que tenham gostado, até a próxima ;D

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Oi, voltei!




















Oizão, galera! Olha só quem está de volta (long time no see)!
Fiquei quase dois meses longe do blog por causa, confesso, de um profundo desânimo. Isso porque eu estava enfrentando uma enorme maré de flop aqui. Flop, para quem não sabe, quer dizer fracasso, e resumia a movimentação no meu blog nos últimos tempos em meados de 20 de maio. Eu já vinha meio desanimado, mas nessa época isso se intensificou e deixei o blog de lado definitivamente. Mesmo que eu não estivesse lá dos mais frequentes, pelo menos eu ainda atualizava os Filmes da Semana a cada domingo. Nem isso eu fiz em todo esse tempo, e agora vocês sabem o motivo desse aparente abandono (sempre vejo blogueiros justificando a ausência com "estava muito enrolado com a faculdade, tendo que trabalhar, etc etc". Me sinto bem inútil falando sobre o desânimo, mas pelo menos estou sendo sincero).  
Mas isso não deixou de ser uma coisa boa, porque tive tempo de ver muitos, muitos, muitos episódios de muitas séries que mal posso esperar para falar sobre aqui, e também vi diversos filmes, além de ter lido alguns livros.
Eu estou de férias desde o início do mês e poderia ter voltado muito antes, mas eu esperava, sinceramente, criar um vlog, tentativa que se provou mais flopada que meu blog naqueles tempos. A esperança acabou quando eu descobri que não tinha uma câmera boa o suficiente para gravar e fazer um canal bem caprichado. Mas essa ideia não foi descartada completamente, e assim que eu tiver uma câmera que grave lindamente eu a coloco em prática.
Eu realmente estava com saudades de escrever aqui, mas não tinha vontade de simplesmente voltar a escrever no blog como estava antes e não antes de ter certeza de que o vlog daria certo ou não. Por isso, hoje resolvi fazer mais um lar doce lar aqui no Mundos na Estante, um dos mais radicais, mas sem abandonar os menininhos lendo (a árvore ficou de fora, mas tudo bem).
Espero que tenham gostado do novo layout e que o blog volte a ser o que era antes. O tempo que as férias e a pausa com o MnE me proporcionam serviu para que eu pudesse ter muitas ideias novas, como temas, conteúdos novos, e muito mais!

Até a próxima (que, prometo, não demorará dois meses pra vir) ;D

quarta-feira, 20 de maio de 2015

[HQs] Vamos falar sobre Marvel: Guerra Civil


Oi, como vai?
Hoje estou aqui para falar sobre Guerra Civil, um dos maiores eventos dos quadrinhos da Marvel e a história que inspirou o próximo filme de Capitão América, que será lançado em 2016. Desde que descobri a premissa desta HQ, a procuro em todos os lugares para ler, mas sempre encontrava apenas o livro baseado na série ou as histórias todas separadas e em uma ordem louca para baixar. Eis que a editora Salvat passou a lançar (na verdade, há muito tempo, mas só descobri agora) uma coleção histórias da Marvel em caprichados encadernados, e finalmente pude ler essa HQ que tanto dá o que falar!
Civil War começa com um grupo de heróis um tanto idiota que usa seus poderes em busca de fama em um reality show que, ao realizar uma operação, acaba gerando a morte de muitos civis em um pacato bairro americano. Como se já não bastasse isso, entre esses civis estavam muitas criancinhas, e a população passou a protestar de vez contra os heróis, que já não eram mais vistos com muito bons olhos. 
Há um projeto de lei sendo discutido que obrigaria todos os super-heróis a revelarem suas identidades secretas e se registrarem no governo, para serem usados por ele como espécies de policiais (com muitos poderes, obviamente). Tony Stark, o Homem de Ferro, apoia este projeto de lei, acreditando que, sem ela, os heróis passarão a ser proibidos de realizar a atividade que existem para exercer: lutar para proteger as pessoas.
Acontece que Capitão América, que todos esperavam ficar do lado do governo, posicionou-se contra, argumentando que isso tiraria toda a liberdade dos super-heróis de exercerem sua função para a humanidade e ainda colocaria-os em risco, afinal teriam que entregar suas verdadeiras identidades.
A instauração desta lei estava longe de ocorrer de forma pacífica: os heróis que não se registravam e eram encontrados ajudando alguém eram caçados e presos (é, pois é), e Steve Rogers decide organizar uma equipe para continuar lutando contra o crime no anonimato, do jeito antigo. 
Enquanto isso, Tony também reúne sua equipe, que se dedicará a caçar aqueles que se rebelarem. Assim, o Homem de Ferro unido ao Quarteto Fantástico, Homem Aranha, She Hulk, Homem Formiga e muitos outros passarão a lutar contra o Capitão América, Demolidor, Luke Cage, Hercules e também muitos outros. Dessa forma, começa a Guerra Civil, com muitas reviravoltas, trocas de lado, revelações e até uma grande morte.



À partir daqui não darei mais spoilers, mesmo que isso seja (percebi de uma maneira não tão legal) algo comum e compartilhado indiscriminadamente no universo Marvel.
Um dos melhores pontos da história é conseguir envolver praticamente todos os heróis dos quadrinhos em uma grande e magistral batalha. Já vou me preparando para o fato de que adaptações de HQs não são das mais fiéis às suas inspirações, e a maioria dos heróis que tanto se destacam não poderão aparecer (como o Quarteto Fantástico, alguns dos principais personagens da HQ e que são, no cinema, da Fox, e não da Marvel em si).
Roteiro em quadrinhos é difícil de se avaliar, porque as falas não são das mais inteligentes, e o vocabulário permite a crianças lerem. Mas a história em si é muito bem construída, e as ideologias de cada vertente dos heróis são apresentadas de maneira bem pensada, fazendo com que não haja um certo e um errado. Mesmo que alguns deles tomem atitudes erradas, estão em busca da conquista de seus ideais, e é difícil escolher um dos lados para defender. Mesmo já tendo terminado, ainda não consigo me posicionar, pois ambos os grupos trazem pontos positivos e negativos para a comunidade de heróis e apresentam seus argumentos de forma concreta.
Por se tratar de quadrinhos, não há como não falar sobre os desenhos que, neste caso, são maravilhosos. Há um grande detalhamento e todas as cenas são muito bem ilustradas e coloridas, e não há como não parar para admirar um quadro e outro enquanto se segue na leitura.
Esta foi a primeira HQ de super-heróis que li, e adorei a experiência! Eu esperava, sinceramente, que a guerra fosse mais longa, e descobri certos acontecimentos importantíssimos e muito chocantes que não estão presentes na versão brasileira da história. Mas, ainda assim, a Salvat realizou um ótimo trabalho com esta linda edição, e minha lista de encadernados que quero comprar e ler aumenta cada vez mais. Como se já não bastassem todos os livros, séries e filmes, agora estou adquirindo um novo gosto, os quadrinhos, e mal posso esperar para mergulhar ainda mais nessas histórias!

Espero que tenham gostado, até a próxima ;D

domingo, 17 de maio de 2015

Filme da Semana: Para Sempre Alice

Oi, como vai?
Gostaria de, primeiramente, justificar minha grande ausência aqui no blog. Mesmo quando não posto nada durante a semana, pelo menos o Filme da Semana precisa estar aqui, e nem este eu postei no último domingo. Acontece que eu estava com dengue, e o ânimo em que ela me deixou me impediu de escrever novos posts e até mesmo vir aqui para postar os que já estavam salvos nos rascunhos. De qualquer forma, agora já estou bem melhor e espero tirar o atraso!
Hoje estou aqui para falar sobre este filme espetacular que rendeu a Julianne Moore a estatueta de melhor atriz no Oscar 2015 e a mim muitas, muitas lágrimas: Para Sempre Alice (Still Alice). 
O longa conta a história de Alice Howland, uma mulher de 50 anos inteligentíssima e bem sucedida, que dá aulas em uma universidade, realiza estudos envolvendo a língua e as palavras e é mãe de três filhos (uma delas é a Kristen Stewart). Tudo corria muito bem em sua vida até que começou a se esquecer de palavras comuns, de receitas que fazia sempre e a se perder dentro do próprio campus onde corria todos os dias. Alice, ao procurar ajuda de um neurologista, é diagnosticada com Alzheimer, e toda a sua vida começa a ruir.
A partir de então vemos toda a evolução da doença de Alice, toda a sua deterioração, e como ela e sua família acabam lidando com isso.



Pode não parecer a introdução mais interessante de todas, mas é um filme que certamente você levará para a vida, de alguma forma. No meu caso, será um filme inesquecível pela sensação que me trouxe. Nunca tive nenhum caso de Alzheimer na família, ou conheci alguém que tivesse, mas o longa mexeu comigo de tal forma que, ao terminar, eu simplesmente desabei. E não é exagero. 
Eu gosto de avaliar filmes não tanto por seus quesitos técnicos (embora eu repare bastante), mas pela emoção que ele me passou. E, neste quesito, Still Alice é estupendo. Não há como não se emocionar com a história de Alice, com sua luta, com seus problemas.
A evolução de sua doença é exibida de forma delicada, e a atuação de Julianne Moore é impecável. É como se ela realmente sofresse do mal da personagem, e fica difícil imaginar que tudo aquilo está simplesmente acontecendo dentro de um set de filmagens, para as câmeras. Até o olhar vago que a doença traz foi captado pela atriz, que dá um show e contribui muito para toda a emoção que a produção desperta.
A atuação de Kristen Stewart também está muito boa, provando que sua má atuação em Crepúsculo é culpa da personagem. Ela surge como a filha "renegada" da família, que se dedica ao sonho de ser uma artista e acaba sendo reprovada tanto pelos irmãos quanto pela própria mãe, que tem como sonho ver a filha na faculdade. 
Os diálogos são muito bem construídos, e há um discurso de Alice que traduz tudo o que a personagem passa tão bem que me arrepio só de relembra-lo para escrever aqui.
A trilha sonora também é maravilhosa, e acompanha muito bem tudo pelo que a protagonista passa. Ganha seu ar doce, delicado, mas também triste, devastador.
Em minhas pesquisas sobre o filme após assisti-lo, descobri uma curiosidade que me fez admira-lo ainda mais: um dos diretores, Richard Glatzer, sofria de ALS, uma doença que causa a paralisia do corpo e que foi o que motivou todos aqueles Ice Bucket Challenge. A maneira como passou por tudo isso e ainda conseguiu nos apresentar um filme perfeito dessa forma torna-o ainda mais especial.
É um longa extremamente recomendado, mas certifique-se de que deixar uma caixinha com lencinhos de papel do seu lado! 

Espero que tenha gostado, até a próxima ;D