sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Vamos falar sobre: O Mágico de Oz, L. Frank Baum

Oi, como vai?
Hoje estou aqui para falar sobre o ótimo O Mágico de Oz, de L. Frank Baum, uma de minhas aquisições da Bienal e um dos clássicos (infantil, mas e daí?) que eu mais tinha vontade de ler. Muitos já assistiram aos filmes, O Mágico de Oz, de 1939, e Oz: O Mágico e Poderoso, de 2013, mas esperei todo esse tempo pra ler o livro antes. E foi bom ter feito isso, porque de uma história que todos conhecem consegui tirar surpresas e momentos de "choque" com algumas revelações. 
O livro conta a história de Dorothy, que vivia no Kansas com os tios até que um ciclone atingiu a região e levou sua casa de lá com ela dentro. Depois de um bom tempo, sua casa cai novamente em terra firme, e quando Dorothy sai TCHANAN se encontra em Oz. E para completar: quando chegou ao país, a casa caiu exatamente em cima da Bruxa Má do Leste, e a matou. 


Oz tem quatro bruxas: as bruxas boas do norte e do sul e as bruxas más do leste e do oeste. No centro, na Cidade das Esmeraldas, temos o grande, poderoso, temível, misterioso, admirado Mágico de Oz. A Bruxa do Leste foi morta por Dorothy, e ela foi considerada uma heroína. Como recompensa, ganhou os sapatinhos prateados da finada, que têm poderes especiais (mas a garota não sabe). Mesmo estando feliz lá, quer voltar para sua terra e seus tios, e o único que pode conceder seus desejos é justamente o Mágico de Oz. Para chegar à Cidade das Esmeraldas, onde ele vive, ela deverá seguir pelo caminho das pedras amarelas, e lá vai a garota, com seu cachorrinho Totó. 
No caminho, ela encontra os clássicos personagens que todos conhecemos: o Espantalho, que queria um cérebro; o Homem de Lata, que queria um coração; e o Leão, que queria coragem. Juntos, eles seguem para a Cidade das Esmeraldas, crentes de que o famoso mágico irá lhes ajudar. Porém, muitas surpresas enfrentam pelo caminho e a surpresa maior acontece quando eles realmente chegam em Oz...
Pronto, não contarei mais nada. Isso porque recomendo a leitura e acredito que não era o único que não conhecia a história no planeta hahah


Antes de mais nada, quero dizer que é um livro infantil. Parece inútil dizer, mas é importante, porque se você começar a ler pensando que encontrará grandes conflitos (maduros, digamos assim) e mortes assustadoras se decepcionará. Assim como O Pequeno Príncipe, não pode ser lido como um livro adulto, mas deve ser interpretado como tal. Isso porque trazem lições que um leitor de pouca idade poderá não entender. O Pequeno Príncipe ainda é mais "adulto", e com mais a ser interpretado. Oz é mais infantil mesmo, mas também é leitura obrigatória para todas as idades. As lições que os personagens trazem, no final das contas, valem para todos, e não há como não se apegar. 
É uma narrativa divertida, fluida e muito gostosa de ser lida. Terminei-o em menos de meio dia (comecei em um final de tarde e fui terminar à noite). Depois que você começa, simplesmente não há como parar. 
Agora estou ainda mais curioso para assistir à adaptação de 1939 e o filme mais recente, que foca na história do próprio mágico, e logo logo trarei reviews!

Espero que tenham gostado, até a próxima ;D

domingo, 24 de agosto de 2014

Diário de bordo: Bienal do Livro 2014 (23/08)


Oi, como vai?
Hoje estou aqui, cansado e todo dolorido porém incrivelmente feliz para falar que EU FUI NA BIENAL! 
O evento começou dia 22, sexta, e vai até o dia 31 de agosto, domingo que vem. Escolhi o dia 23 porque, além de autores muito legais, conheceria meus amigos virtuais. Como meu aniversário foi na semana passada, todos os presentes que pedi foram relacionados à Bienal, e lá fui eu para também comprar o máximo de livros que pudesse carregar. Foi simplesmente o melhor dia do ano e um dos melhores da vida!
Falarei mais sobre a minha experiência com o evento, meus elogios e minhas críticas, e ainda darei dicas para quem irá nos próximos dias. Vamos lá?
Pois bem, depois de pouco mais de uma hora de viagem, lá cheguei, já me deparando com uma quantidade estrondosa de pessoas (metade delas usando a camiseta do Acampamento Meio-Sangue) e de carros para o estacionamento. E no meio da fila já recebi a notícia de que, antes mesmo de conseguir entrar, as filas para pegar senhas e conhecer Cassandra Clare e Kiera Cass já estavam gigantescas, e não teria chance de conseguir também. Ainda não consigo acreditar que foram só 500 senhas para toda aquela quantidade de gente. Cada um poderia levar dois livros, e bem penso que, mesmo que demorasse mais, poderiam distribuir 1.000 senhas e autorizar um livro só. Mas sobre isso falarei mais depois...
Já na hora da chegada tive um exemplo da desorganização. Fiquei muito feliz por conseguir o credenciamento de blogueiro, e lá andei para todos os cantos ostentando orgulhosamente minha credencial, mas para consegui-la tive que correr ao redor do Anhembi (pois fui informado no email da organização que deveria retira-la no Portão 13) só para saber que deveria retira-lo no 26. Ou seja, corremos de volta todo o Anhembi para chegar ao 26. E lá me falaram o que? Que era no 27! Depois de me embrenhar num mar de pessoas consegui chegar ao portão certo, foi só informar ao homem que eu ia fazer o credenciamento de blogueiro que ele me deixou entrar. Pensei que seria necessário para entrar ou coisa do tipo, mas ele só me indicou um corredor e quando entrei TCHANAN estava dentro da bienal. E minha mãe, que tinha me levado, conseguiu entrar sem nem apresentar os ingressos. Ela só entregou para o homem depois de entrar porque já tínhamos pago, mas se não tivesse comprado provavelmente teríamos entrado de graça. Mesmo assim segui para o credenciamento, e depois de faze-lo pude passear e realmente explorar o lugar. É incrível e é imenso!  
O mais legal é que as palestras eram realizadas em um local aberto, e podíamos vê-las mesmo sem conseguir a senha. Imagine um show em que você tem a pista premium e a pista normal. Quem conseguiu senha ficou na "pista premium" e tinha até o direito de fazer perguntas, mas nada nos impedia de ficar na pista normal! Sendo assim, consegui ver os três autores principais que estavam presentes, Harlan Coben, Cassandra Clare e Kiera Cass. Mas não cheguei realmente perto de nenhum. Isso porque, como já falei há pouco, a fila das senhas estava gigantesca, e antes de entrar já fui avisado de que não teria chances. Como não era meu objetivo principal, nem sofri com isso. As fotos não ficaram tão boas porque tive que usar o zoom ou estava tremendo um pouco na hora, mas conseguir dar uma boa olhada em cada um deles já fez valer a pena ter escolhido o dia 23.


Harlan Coben dando sua palestra na Arena Cultural.



A culpa é do zoom do iphone, mas e daí? Eu estava respirando o mesmo ar que Cassandra Clare hahaha


Mesmo que de longe (selecione a qualidade de vídeo 480p para poder enxerga-la melhor!), esse vídeo foi o que gravei da entrada de Kiera Cass, e mesmo não tendo lido nenhum de seus livros a admiro muito e adorei sua empolgação. Ela entrou quase saltitante e acenando para todo mundo, não tem como não amar.
Confesso que, no início do dia, depois de andar um pouco por lá, já estava ficando louco com tamanha movimentação e comecei a ficar um tanto irritado, mas depois de encontrar meus amigos virtuais tudo ficou mais divertido e ficamos juntos o dia todo. Outro motivo pela melhora é que, como muita gente queria acompanhar as palestras dos autores, tivemos uma considerável diminuição no fluxo de pessoas nos corredores e nos estandes. Traduzindo: conseguimos andar direito. 
Mesmo estando satisfeitíssimo com tudo o que consegui comprar (12 livros!!!), acabei deixando de comprar muita coisa por causa do movimento. Queria muito ter ido nos estandes da Intrínseca e da Rocco, mas simplesmente não havia condições. Tinha uma fila imensa só pra entrar. Aliás, por falar em fila, é o que você mais encontrará na bienal (depois de livros, é claro). Prepare-se para encarar imensas filas nos caixas, para entrar em alguns estandes, para comer, até para ir ao banheiro! Fui avisado por pessoas experientes (como vlogueiros, etc) de que o primeiro final de semana era o mais movimentado e caótico e que não era fácil de comprar tranquilamente nem se locomover. Não me arrependo nem um pouco de ter escolhido ir justamente nesse dia, mas esses vlogueiros agora podem virar e me falar "eu te avisei".
Sobre os preços há divergências. Há estandes em que os preços são muito mais baixos, estandes em que os preços são os mesmos e estandes que são até mais caros. O estande da Intrínseca, famoso por ter livros muito mais baratos, não pude visitar, mas fui em alguns que valeram muito a pena. Os melhores estandes são os que não são famosos. Não me lembro sequer de seus nomes hoje, mas foram os melhores e os que mais compensaram. 
O estande que mais compensa é aquele em que todos os livros disponíveis custam apenas 10 reais. Sim, apenas 10 reais!!! Ele fica logo atrás do estande da Saraiva, e comprei dois livros que quero muito ler: O Fantasma de Canterville, de Oscar Wilde, e O Mágico de Oz, de L. Frank Baum (detalhe, O Fantasma de Canterville é em capa dura). 




Foi o primeiro estande que visitei e cheguei a encontrar mais livros, mas fiquei com medo de me esbaldar e depois faltar dinheiro para algum outro hahah
Outro estande onde que achei preços muito bons foi desses desconhecidos, e que infelizmente não me lembro o nome para falar (que bela informação). Mas ele fica perto da arena cultural e estava fazendo ótimas promoções, especialmente com os livros da LeYa. Lá, comprei O Aprendiz de Assassino por R$ 9,90. Para falar a verdade, não me lembrava bem do que se tratava, mas já tinha ouvido elogios e não podia resistir a esse preço incrível. 

O estande da editora Galera Record era o com os preços mais salgados, e me senti tomando uma facada no caixa. Eles oferecem descontos progressivos: se você compra um livro, tem 20% de desconto; se compra 2, 25%; e se compra 3, 30% de desconto. Pois bem, comprei três livros pocket (que não imaginei custarem mais de 15 reais, levando em conta o fato de eu estar na Bienal e serem livros de bolso) e quando cheguei no caixa levei um tapa na cara ao descobrir que tinha dado R$ 40,00. Perguntei sobre meu desconto progressivo, e o caixa me disse que esse valor já era com o desconto, e que todos os livros tinham dado R$ 58,00! 
O estande da Record estava tão cheio que tinha uma fita de segurança barrando a entrada e funcionários nos falando para ficar do lado de fora esperando o pessoal que estava lá dentro sair. A maior pachorrice foi que, quando eles saíam, somente a outra entrada era liberada, e a que eu e mais muitas pessoas estávamos continuava fechada. Num súbito momento de ousadia, passamos por baixo da fita de segurança e entramos. Para resumir, o estande estava tão entupido que se você visse um livro e não o pegasse na hora em que estava passando por ele, você nunca mais o veria na frente. E a única máquina de ver preços que encontrei estava quebrada. Foi doloroso só descobrir o que eu gastei já no caixa, portanto lhes aviso: procurem bem as máquinas de preço, e não se iludam com o desconto progressivo, os preços são bem salgados. 

Um estande de que gostei bastante foi o da Saraiva, onde consegui completar minha coleção de As Peças Infernais com um leve desconto (nada muito considerável, mas pelo menos melhor do que nas outras livrarias). Ele era um dos mais movimentados, e um daqueles em que, se você viu um livro que quer, pegue-o na hora, porque a multidão não vai te deixar voltar.


























Foi no estande da Nova Fronteira que fiz minha melhor compra. Não sei se já cheguei a comentar, mas adoro Agatha Christie e ainda quero ler, senão todas, grande parte de sua obra (que conta com cerca de 80 livros publicados). Eis que estava passeando pelo corredor tranquilamente quando de repente me deparo com essa visão divina:



Qualquer um dos livros, lindas edições em capa dura, por apenas R$ 22,90, e boxes especiais por apenas R$52,00! Não dá para resistir, e agora tenho essa belezura em minha estante e estou ansiosíssimo para ler:



























Nos estandes fiquei abismado com a falta de "segurança", digamos assim. No estande em que comprei Um Dia (se não me engano, o da livraria Loyola) o caixa ficava do outro lado, e por isso o vendedor me disse para contornar o estande. Isso significa sair completamente dele com o livro em mãos, e fico imaginando quantos calotes não devem ter tomado só nesse dia. Nunca faria isso na vida, mas eu imagino pessoas que não têm o mesmo pensamento... elas poderiam roubar o livro com uma facilidade muito grande. Não dizendo que vocês podem roubar porque é muito errado, mas é uma forma até mesmo de alertar os funcionários do evento.


























O último livro que comprei foi Mansfield Park, de Jane Austen, e mesmo sem perceber ou planejar acabei por quase completar minha coleção da autora! Agora me faltam apenas A Abadia de Northanger e Razão e Sensibilidade. Foi em um dos estandes perto dos banheiros, que tem grandes posteres de edições de Sherlock Holmes, e consegui por um preço ainda menor do que o que estava marcado ("É 35, mas posso fazer por 30", melhor coisa que você pode ouvir de um vendedor).



Moral da história: fui com R$ 250,00, comprei 12 livros e ainda voltei com 45 para casa (que não estariam mais na minha carteira se eu pudesse ter entrado no estande da Intrínseca, mas ok).



Vale muito a pena esperar para comprar livros lá, mas recomendo que vocês façam uma listinha com os livros que vocês pensam em comprar e seus preços na internet, porque pode ser que compense esperar e comprar em sites mesmo. Cheguei a fazer uma lista assim, mas não comprei nenhum dos que estavam lá. Mesmo assim, recomendo que vocês façam hahahah
Outra dica valiosa é: leve tudo em dinheiro. As filas são separadas para quem pagará em cartão e quem pagará em dinheiro, e o sinal de internet lá é péssimo. Logo, as máquinas de cartão demoram para passar e as filas de pagamento com dinheiro andam bem mais rápido.
Andei com tudo isso em sacolas, mas para tirar fotos sempre atrapalhava, sem contar que é um grande peso. Por isso recomendo que você leve mochila, recomendação esta que mesmo parecendo desnecessária não deve ser ignorada. Não precisa também colocar todos os livros lá, porque aí o peso ficará todo em suas costas e atrapalhará do mesmo jeito. Divida o peso, coloque um pouco em suas costas, um pouco em uma sacola e um pouco em outra. Assim, nada pesa e você consegue andar bem mais facilmente (o tanto que a multidão deixar).
Também recomendo que vocês levem água e lanchinhos (bolacha, salgadinho (mas não de queijo, por favor), qualquer coisa que imaginar e que não faça muita sujeira), porque a praça de alimentação de lá é cara e terá muita fila também.
Não tenha vergonha de perguntar. Os profissionais do evento estão lá para dar informações, alguns deles distribuem um mapinha com todos os estandes, e os profissionais de cada estande estão lá para informar os preços. Não se esqueça dessa última informação, porque é muito melhor você saber se algum livro é uma facada ou não quando está apenas vendo do que quando você já está comprando.
Depois de dar algumas dicas valiosas, confira mais algumas fotos que tirei do evento:

Encontrei essa estante no meio do corredor e achei legal demais para não ser fotografada.


Aqui um pôster/totem/seja lá qual for o nome desse tipo de imagem em tamanho real de Kaya Scodelario, que interpreta Teresa na saga The Maze Runner, que estreará nos cinemas em setembro. Ela, assim como a imagem abaixo, do personagem da série Diário de um Banana, estão presentes no estande da V&R. 




Esta mesa de quebra-cabeça digital faz parte do estande da Submarino, que anunciava muitas promoções no site, mas não tinha livro algum.

Estas são as réplicas de Darth Vader e Stormtroopers, da saga Star Wars. Sinceramente, não me lembro de que estande fazem parte e o porque de estarem lá, mas me chamaram muito a atenção e são perfeitas demais para passar sem fotografar.
Este é Ziraldo (o homem mais velho que eu já vi na minha vida) em sua sessão de autógrafos. Logo depois, quando estava andando pelos corredores, eis que o encontrei em uma salinha de vidro aparentemente tomando água e em uma conversa séria com alguém. Mais uma vez, comecei a tirar fotos hahaha

E quando eu estava indo embora encontrei ninguém menos que Maurício de Souza dando autógrafos. Ao contrário de Ziraldo, ele estava em uma sala fechada autografando, e mesmo sorrindo nas fotos com as crianças, me soou um tanto antipático. 





Aqui um espaço infantil da Turma da Mônica com os bonecos e uma TV, onde as crianças podem brincar e se sentar para assistir ao desenho (perdoem as fotos bastante um pouco tremidas).


Essa foto tirei quando estava indo embora, e mostra algo que achei bem interessante no evento: não importa onde você esteja, se você quiser pode se sentar no chão mesmo ou em qualquer lugar. Para todos os lados víamos pessoas com mochilas sentadas, encostadas nos estandes, algumas até mesmo deitadas, depende do espaço. Há ainda lugares específicos para que você se sente, descanse e comece a ler algum livro que você já comprou. Esses lugares são valiosos, especialmente quando você está carregando várias sacolas pra tudo quanto é canto. 
Por causa da enorme quantidade de gente, não consegui tirar tantas fotos quanto gostaria desse evento que tem muito a oferecer. Temos muitos espaços lindos, como um livro gigante onde as pessoas podiam entrar para tirar fotos e o estande da Novo Conceito, decorado com "exemplares" gigantes de seus livros. Como moro longe, esse foi o único dia que eu pude ir, mas conheço pessoas que irão mais vezes, quem sabe eu traga ainda algumas fotos para vocês...
Nem preciso dizer que, se você gosta mesmo de leitura, a Bienal do Livro é a viagem perfeita e, no final das contas, cada fila e cada empurra empurra que enfrentei valeu a pena. Na do Rio de Janeiro não poderei ir, mas em 2016, que será em São Paulo novamente, lá estarei eu (e, espero, com esse blog ainda maior!).

Espero que tenham gostado, até a próxima ;D

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Vamos falar sobre: Doctor Who


Oi, como vai?
Hoje estou aqui, poucos dias antes da estreia da nova temporada, para falar sobre a sensacional, incrível e todos os adjetivos para elogiar que você imaginar Doctor Who!
Estou há muito tempo (desde que terminei, há uns dois meses, para ser mais sincero) pensando em escrever esse post, e eis que fui me sentar para escreve-lo só agora, alguns dias antes da estreia da tão aguardada oitava temporada, que trará um novo Doctor e muitas outras histórias!
Doctor Who conta a história do Doctor (quem?), o único sobrevivente de uma guerra que envolveu sua espécie e os Daleks, os maiores vilões da história (sobre os quais falarei mais depois), e desde então vaga pelo tempo e espaço em sua máquina disfarçada de cabine policial inglesa ajudando pessoas e outros tipos de seres (e quando digo outros tipos, quero dizer alienígenas bizarros e tudo o mais). Mas o Doctor não viaja sozinho. Ele sempre encontra uma companion, uma garota (embora alguns garotos tenham assumido o papel de companions em alguns momentos) que o ajudará nas missões e o completará de certa forma, cada uma trazendo uma característica diferente e estabelecendo algum tipo de relação com o Doctor. Ele é imortal, a não ser que algum dos vilões o mate de fato, e tem a habilidade de se regenerar (transformar todas as células de seu corpo, continua o mesmo Doctor mas com um jeito e uma personalidade completamente diferentes), e é aí que uma das coisas que mais gosto na série entra. 
Assisti a "nova geração" de Doctor Who, que estreou em 2005, mas a verdade é que a série é considerada a mais longa de todos os tempos. Só para vocês terem uma noção, em 2013 fez 50 anos...
São 13 episódios, de em média 40 minutos, por temporada, e até agora temos sete temporadas. Assisti à série em maratona, e cada tempo livre que me restava, ou até mesmo horas em que eu deveria estar fazendo alguma obrigação (como estudar, por exemplo), a deixava para outra hora só pra assistir (o que, em parte, justifica minha quase completa ausência alguns meses atrás). Quando faltavam duas temporadas para terminar, praticamente dobrei a "carga diária de episódios", e quando terminei foi como se eu precisasse me lembrar de como se vivia sem passar metade dos dias assistindo hahahah
Para não perder o fôlego e cair na mesmice, as temporadas alternam entre novos Doctors e novas companions, e é uma melhor que a outra!
Ao todo, são 12 Doctors, mas como não assisti à série clássica falarei apenas sobre a "nova geração" que comentei acima. Nessas 7 temporadas tivemos três Doctors, e a próxima já contará com um novo ator na pele do protagonista, Peter Capaldi!
Minha relação com Doctor Who é um tanto engraçada porque, confesso, de início achei a série um lixo. Sem exageros, o episódio piloto é o cúmulo do ridículo, e os efeitos especiais são sofríveis. Fiquei muito tempo sem ver (quase um ano), e em um belo dia a encontrei na Netflix e resolvi dar mais uma chance. Nos primeiros episódios ainda fiquei com um certo receio e não conseguia levar a sério, mas a série evoluiu de tal maneira que hoje é simplesmente uma de minhas favoritas! 
Justamente por isso, quero falar detalhadamente sobre alguns dos elementos da série, então já lhes aviso que sim, esse post ficará enorme. Vamos lá?

9th - Cristopher Eccleston



Esse é o Doctor de que menos gosto, mas não porque não gosto, só porque, bem, gosto menos. Confesso, quando comecei a assistir, tinha em mente apenas Matt Smith, o décimo primeiro, e um dos motivos porque desanimei foi por descobrir que ele só entraria na quinta temporada. Cristopher é um ator realmente legal, depois de alguns episódios, e o nono Doctor é ótimo. Por só ter participado da primeira temporada, não desenvolvi nenhum carinho especial por ele ou coisa do tipo, e até eu aprender a ignorar os efeitos especiais ruins e realmente embarcar na história a temporada já havia passado da metade. Mesmo assim, foi com ele que realmente "aprendi" a gostar da série, e não dá para ignora-lo. 

10th - David Tennant


Aí sim a brincadeira fica realmente boa. Em determinado momento (não contarei qual, porque faz parte da surpresa da série), ocorre a tão aguardada regeneração do Doctor, e eis que nos deparamos com o décimo, que é meu Doctor favorito! Eu conhecia muito pouco do trabalho de David Tennant, o havia visto apenas em Harry Potter e o Cálice de Fogo, então não comecei com grandes expectativas. Mas Tennant toma seu espaço na série e no coração dos fãs, e não tem como não se enlevar em seu jeito de resolver as coisas e em sua relação com Rose, sua companion, sobre a qual falarei mais tarde. Ele é brilhante, e sua regeneração, além de vir no final de um episódio lindo (de chorar, e não estou exagerando), é muito emocionante, e é como se eu quisesse adiar a entrada do Doctor que me fez começar a ver a série só para ter por mais um tempinho o décimo.

11th - Matt Smith


Matt Smith, digamos, nasceu para ser o Doctor! Sua participação na série já começa em uma cena nada fácil e desde então ele consegue carrega-la muito bem. Muito engraçado e engenhoso, é um tanto "peculiar" no seu jeito de resolver as coisas, e não tem como não adora-lo logo de cara. Podemos dividir a história em era Tennant e era Smith. Com o início da era Smith, nenhum dos personagens sensacionais da era Tennant voltam e são inseridos muitos outros. Talvez por esse motivo ainda prefira a era do décimo Doctor: o conjunto era muito mais carismático. Isso não significa que os personagens que chegam com Matt não sejam bons, mas não há como esquecer os antigos.

O Doctor é o personagem principal, mas sem a tradicional companion nada seria. Elas são trocadas geralmente de temporada em temporada, e apenas algumas ficaram por mais tempo.

Rose Tyler 


Rose Tyler é uma das minhas companions favoritas. Foi a primeira, e isso a coloca em um lugarzinho especial no coração de todo fã. Ela acompanha o nono e o décimo Doctors, e sua relação com eles é incrível! Com o nono há uma certa química, mas nada que os torne shippáveis. Já com o décimo...
Eles são incríveis juntos! A segunda temporada, a que passam juntos, é uma das minhas favoritas, e o final é de sofrer, sofrer muito, muito mesmo.

Martha Jones


Martha é a personagem mais engraçada graças aos fãs. Isso porque a grande maioria do fandom não gosta dela e vive fazendo piadinhas. O problema de ter vindo depois de Rose é que sua partida acabou tanto com as estruturas emocionais dos fãs que qualquer outra personagem vindo depois ainda não faria jus. Desde o início gostei de Jones, mas, no balanço geral de todas, foi a que menos gostei. Mas não por odiar, só por não gostar tanto quanto gostei das outras mesmo. Ainda assim, é muito importante em sua temporada e faz muito pelo Doctor.

Donna Noble


Donna Noble é... Donna Noble! Não há outra maneira de definir. Sempre que penso isso me sinto mal pela Rose, mas a verdade é que Donna é minha companion favorita de todas. É a mais engraçada, em disparada, e seu reencontro com o Doctor (eles já haviam formado uma dupla e tanto em um dos especiais, mas estou evitando ao máximo dar detalhes) é de gargalhar. Não há como não se apaixonar de cara, assim como não há como não sofrer com sua despedida, a mais (perdoem o vocabulário chulo) filha da puta de todas. É de doer o coração, e quem já assistiu sabe bem do que estou falando. Compete muito bem com o final de Rose em Doomsday, e são as personagens de quem mais senti falta.

Amy Pond (e o Rory)


Amy é uma companion muito legal, mas só. Ela se encontrou com o Doctor quando era criança e desde então esperou por seu retorno. Acontece que ele demorou tanto que quando voltam a se ver ela já é uma mulher formada que começa a acreditar que tudo aquilo não passou de um sonho. Interpretada pela linda Karen Gillian, é uma das mais carismáticas e nos faz simpatizar logo de cara, mas, ao menos para mim, sua participação muito longa (mais de duas temporadas) acaba por tirar um pouco de sua magia, e em sua despedida de fato não senti nada parecido com o que senti com os finais de Rose e Donna. Foi simplesmente... ok, tchau, que venha a próxima.
Além de Amy, temos Rory, seu marido, que ganha muito destaque na série e evolui muito rumo à utilidade. Rory é um personagem um tanto mala sem alça no início, e sinceramente tenho algo contra companions masculinos. Eles só servem de estorvo, deixem apenas o Doctor e sua companion e tudo fica melhor!

Clara Oswald


Uma boa palavra para definir Clara é "amorzinho". Isso porque ela é realmente muito amorzinho, e é como uma paixão à primeira vista quando começa a ser companion de verdade (depois de alguns encontros, que são brilhantemente ligados à sua história e função na série). Ela é a última da lista, e estará na próxima temporada com Peter Capaldi. Formou uma ótima dupla com Matt, e acho que será ainda melhor com Peter. Há boatos de que se despedirá na próxima temporada, e ao mesmo tempo que não quero me despedir tão cedo de sua personagem, quero que seja encerrada logo para que não haja o mesmo desgaste que tive com os Ponds.

Além das companions, temos muitos outros personagens importantíssimos e muito carismáticos, e cujas histórias são bem construídas e muito legais de se acompanhar. Destacarei os meus favoritos nesse quesito: River Song e Jack Harkness. Este chega como quem não quer nada, e ganha um destaque enorme ao longo do tempo. É um dos personagens mais legais de todos, e como se não bastasse é um dos mais engraçados (e que tem um destino surpreendente!), e um enorme poder de sedução. Já River é a personagem com a história mais confusa, porém muito interessante, que já vi na minha vida. Já passei muito tempo tentando entender, mas como continuo na estaca zero só sorrio e aceito o que quer que eles falem. O tempo passa para River "ao contrário", então quando o Doctor a conhece, ela já o conhece há muito tempo, e cada vez que se encontram é como se ela o conhecesse menos... sim, é muito confusa, não consigo sequer explicar direito. Mas vale muito a pena, e sua ligação com os personagens é surpreendente!
Sobre os inimigos, temos alguns passageiros, cujas histórias duram apenas um episódio e logo são resolvidas, e outros que são destinados a pegar no pé do Doctor por toda a eternidade. São eles os Daleks, personagens com a voz mais irritante da série e que, mesmo parecendo um saleiro com rodinhas, contam com grande poder de destruição e foram os maiores inimigos dos Time Lords, o povo do nosso protagonista.


















Temos também os ótimos Cybermen e os melhores inimigos do Doctor, Weeping Angels. Eles são os mais puxados para o terror que podemos encontrar, e o episódio em que são inseridos, Blink, é um dos melhores da série! São seres que não podem se mexer enquanto estão sendo vistos, mas quando não estão, movem-se extremamente rápido... Moral da história: se você se deparar com um, não pisque, nem pense em piscar, não desvie o olhar, e não pisque.



As diferenças que citei há pouco entre a "era Tennant" e a "era Smith" também pode ser explicada pela mudança de showrunner. Nas primeiras temporadas, tínhamos Russel T. Davies, e nas últimas temos Steven Moffat. Ambos são excelentes, mas suas abordagens são diferentes. Russel aborda mais os feelings dos fãs. As temporadas mais choráveis e mais destruidoras de estruturas emocionais são sem dúvida as primeiras, e adoro isso. Já Moffat dá à série um ar mais "obscuro", digamos, e foca nas reviravoltas e surpresas. As temporadas com mais segredos e mais loucuras no tempo (como a história da River, por exemplo) são as últimas. Também adoro. Sinceramente, ainda prefiro as primeiras temporadas, porque mechem com o emocional de uma forma que Moffat não consegue, mesmo nos deixando na ponta da cadeira e revelando segredos de tirar o fôlego. De qualquer maneira, a série no geral é incrível, perfeita, e as mudanças sempre são bem vindas.
Ontem, dia 18, ocorreu um evento no Rio de Janeiro com o showrunner Moffat e os atores Peter Capaldi e Jenna Coleman, que interpretam, respectivamente, o décimo segundo Doctor e Clara. Confira uma das fotos do evento, que foi postada pela equipe da página Doctor Who Brasil:



































O evento deve ter sido incrível, e além dessa entrevista com o elenco e a oportunidade de tirar fotos e tudo o mais, quem esteve presente pode assistir ao primeiro episódio da nova temporada (que estreia no sábado, dia 23), e segundo eles a série conta com uma abordagem totalmente nova, resgatando um pouco do jeito da clássica, e que vamos amar. Espero, mas sei que Doctor Who não nos decepcionará!
Em resumo, a série é sensacional, surpreendente, fácil de se apegar, e recomendo muito, tipo muito mesmo, a todos! Mesmo com os primeiros cinco episódios ruins, depois que essa fase passa (ou depois que nos acostumamos, enfim) a série só melhora e prende de tal forma que não há como simplesmente abandona-la!

Espero que tenham gostado, até a próxima ;D

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Bienal do livro... eu vou!



Oi, como vai?
Hoje estou aqui, dez dias antes do evento mais esperado de agosto (que anseio mais que meu aniversário, para ser sincero), para dizer que sim, eu vou na Bienal do Livro de São Paulo! O evento começa no dia 22 deste mês e irá até o dia 31, e contará com a presença de autores incríveis, muitas editoras e milhares, milhares de visitantes. Como não moro longe de São Paulo, conseguirei ir nesta sem problemas, e já estou, inclusive, com os ingressos garantidos.
Escolhi o dia 23 de agosto por diversos motivos: primeiro, encontrarei muitos amigos virtuais lá; segundo, encontrarei autores como Cassandra Clare (e possivelmente Harlan Coben, tudo depende do horário que conseguirei chegar, já que é um dos primeiros palestrantes do dia); terceiro, porque ainda terá a participação da Tati e a Pam dos vlogs Tiny Little Things e Garota It (mas não é um blog sobre coisas de garota, tá?), que são minhas vloggers favoritas! Na verdade isso foi o que descobri por último, e só reforçou meu desejo de ir nesse dia. 
Desde do ano passado, quando fiquei em casa chupando o dedo e vendo fotos da bienal do Rio de Janeiro, decidi que não perderia por nada a do ano seguinte, que seria em São Paulo. Cá estou eu, dez dias antes, com uma ansiedade que só aumenta e já fazendo minha "listinha" de compras. 
O dia 23 contará com muitas incríveis atrações, veja alguma delas:

10:30 - 11:30: Os Mistérios da Ficção Policial
Uma palestra dada por ninguém menos que Harlan Coben, um dos mais notáveis escritores policiais da atualidade e que quero muito ler. Estou interessado pois, além do motivo que acabei de citar, estou "meio que" escrevendo um livro policial, que está estagnado porque não sei se serei óbvio demais ou "teoria da conspiração" demais, aqueles casos que a resposta é mirabolante demais até mesmo para os maiores detetives da literatura. Logo, acredito que será muito interessante poder ouvir o que um grande nome da literatura policial tem a dizer.

14:00 - 15:30: Universo Fantástico da Leitura
Este será um bate-papo com a escritora Cassandra Clare, e quero muito estar presente e ouvir o que terá a dizer sobre suas inspirações (para quem não sabe, ela era uma das mais famosas escritoras de fanfics de Harry Potter) e tudo o mais. Mesmo que tenha desistido de continuar lendo suas intermináveis séries, ainda a acho uma escritora incrível e será ótimo poder estar presente. Além disso, depois desta palestra teremos a sessão de autógrafos da autora, e levarei dois livros (acho que Príncipe Mecânico e Cidade dos Ossos) para serem autografados. Tudo dependerá das senhas. Serão distribuídas 500 desde a abertura dos portões do evento, e o primeiro estande para o qual correrei será o da editora Record para conseguir uma delas. 

19:00 - 20:00: Fala sério! #SQN > #BOOKTUBERCONFESSIONS
Mesmo com esse nome bizarro (parece aqueles tios tentando usar a língua dos jovens e achando que estão arrasando), esse é um dos eventos que mais aguardo. Trata-se do bate-papo com a Pam e a Tati, e além de gostar das vloggers em si, quero muito participar porque pretendo (sem previsão de tempo) levar esse blog ao YouTube, transforma-lo em um vlog! Sempre achei muito legal a ideia de ter um vlog e ainda quero ter um, e seria bem interessante saber o que as duas têm a dizer sobre o processo de criação, dicas, etc

Esses são só alguns dos muitos eventos que acontecerão no dia 23, e para os quais estou me preparando. Já dá para prever que o lugar estará uma loucura, não só pelos autores como pelas promoções (a Intrínseca, por exemplo, anunciou livros de R$2,00 a R$5,00, e ao mesmo tempo que farei a festa no estande já sei que terei que enfrentar muita fila e muita, muita gente no caminho). Pelo que falam os experientes, o primeiro final de semana é sempre o mais movimentado, e já estou preparando a paciência para a multidão nos corredores e as filas imensas nos estandes. Ainda assim, quero andar por todo o lugar, comprar muitos livros e participar de ainda mais eventos. 
Será um dia incrível! Depois, farei um diário de bordo aqui no blog, e falarei sobre minhas compras e sobre o evento em geral. 
Uma coisa que gostaria ainda era de encontrar pessoas que também querem trocar livros pelo caminho. Tenho alguns livros (os quatro volumes da série Feios, Quem é Você, Alasca? e Will & Will) que adoraria trocar. Isso porque não gostei, mas sei de muitos que querem e provavelmente gostarão (ou não, mas pelo menos estão querendo). Por isso, quero saber se vocês também vão para a Bienal no dia 23, se estão interessados em alguns desses (que estão em perfeito estado, pois sou chato com meus livros hahah) e quais vocês estariam dispostos a trocar. Caso estejam interessados, coloquem seus emails nos comentários e poderemos até nos encontrar no dia e realizar alguma troca! 

Espero que tenham gostado, até a próxima ;D

sábado, 9 de agosto de 2014

Vamos falar sobre: O Grande Gatsby (livro e filme de 2013)



Oi, como vai?
Hoje estou aqui para falar sobre o sensacional O Grande Gatsby. Já li este livro há mais de um mês, mas só agora, depois de assistir à sua mais nova adaptação, vou escrever sobre ele.
O Grande Gatsby conta a história do milionário e misterioso Jay Gatsby, que dá grandes festas (e quando digo grandes, quero dizer grandiosas mesmo, eram como raves do jazz) em sua casa, mas nunca deu as cara em nenhuma delas. Muitos boatos correm sobre sua pessoa, mas ninguém o conhece de verdade, até que chega Nick Carraway.  O livro é narrado por  Nick assim como Sherlock Holmes é narrado por John Watson, e é uma narrativa boa de se acompanhar justamente por descobrirmos junto com o personagem a história e a verdadeira motivação de seu misterioso vizinho. Ambos vivem em uma luxuosa baía, e do outro lado (exatamente do outro lado) temos a casa de Daisy Buchanan, antigo amor de Jay. Os dois viveram um caso de amor há muito tempo, mas foram separados pela guerra. Quando a guerra terminou, Daisy já tinha se casado com o milionário Tom Buchanan, e Gatsby faz de tudo para reconquistá-la (o que inclui enriquecer e comprar a tal mansão do outro lado da baía).  Logo vemos a superficialidade da vida que levam, perfeita nas aparências, mas cheia de problemas e dramas escondidos a sete chaves. É uma história sobre viver no passado, e sobre como é impossível conseguir apaga-lo, não importa as medidas que se tome.
É um livro incrível! A história é muito bem contada, os personagens muito bem criados e com diversas simbologias, como um outdoor estampando os olhos de um oftalmo há muito esquecido prostrado bem em frente à casa da amante de Tom, como se fossem olhos de Deus a observarem seus pecados (e outras coisinhas mais), e a famosa luz verde. 
É uma obra que me orgulho de ter lido, e recomendo a todos. Além de uma escrita genial, F Scott Fitzgerald nos insere muito bem no contexto da época. Embora cruel e trágica, não deixa de ser uma história de amor, e no final das contas a lição que tomamos do livro é um grande tapa na cara.




Já sobre o filme, tenho algumas reclamações. O Grande Gatsby foi aos cinemas no ano passado, mas só pude vê-lo agora. É um filme bom? Sim, é. Mas me incomodou bastante. 
O livro é um clássico da literatura mundial, ou seja, foi escrito há muito tempo, e se passa durante o famoso American Way of Life, quando a bolsa de valores prosperava e os americanos esbanjavam dinheiro. Era também a era do jazz, um dos elementos obrigatórios nas festas de Gatsby. Isso não é nem um pouco difícil de ser entendido, mas parece que o diretor não entendeu. Com música eletrônica e o pianista retratado como um DJ, a festa pareceu algo atual demais. A trilha sonora é ótima, e contém nomes como Florence and the Machine e Lana del Rey (que dispensam apresentações), mas devia nos inserir no contexto da época, o que não faz. Mesmo que pareça não ter nada a ver, para exemplificar o que estou falando, citarei Game of Thrones. A série, mesmo que em um mundo de fantasia, se passa em um período medieval, e as músicas, por mais que sejam cantadas por bandas atuais, são feitas em um estilo medieval que se encaixa perfeitamente. Já com O Grande Gatsby não é isso o que acontece. As músicas são boas, sim, mas não se encaixam tão bem no período. Isso pode não ter sido problema aos olhos de alguns, mas foi algo que me incomodou. 
Outra coisa que me incomodou foi a caracterização da cidade. Sim, retrata a Nova York do período, mas a maneira como nos é exibida faz parecer um cenário futurista. Para resumir, a tecnologia estragou o filme. Coisas que poderiam ter sido muito mais simples foram incrementadas e o período foi descaracterizado, porque... porque sim, apenas, não há uma explicação. 
Apesar de tudo isso, depois que toda a grandiosidade das festas passa e a tecnologia para de roubar completamente a cena, podemos perceber os atores ali no meio, e como ficaram bem em seus papéis. Gostei da escolha do elenco: Tobey Maguire como Nick, Carey Mulligan como Daisy e finalmente Leonardo di Caprio como Gatsby. Conseguiram retratar bem os personagens e captaram sua essência, e mesmo com aquelas reclamações sobre o contexto histórico ainda podemos dizer que é uma boa adaptação, que narra fielmente ao menos os acontecimentos do livro e passa a emoção e a mensagem que a obra literária traz.
Não vi o filme de 1974, mas recomendo este filme de 2013 para quem leu o livro e adorou assim como eu. E se você ainda não leu o livro... o que está esperando? 

Espero que tenham gostado, até a próxima :D

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Vamos falar sobre: Sweet Tooth e meu ingresso no mundo dos quadrinhos


Oi, como vai?
Hoje estou aqui para falar sobre algo que nunca falei antes: quadrinhos! Sim, amigos, ingressei no mundo dos quadrinhos, e já estou amando.
Não sei se o mais correto é dizer "ingressei", afinal de contas quando era criança li muitos gibis da Turma da Mônica (e a série Jovem). Mas foi certamente meu ingresso no mundo dos quadrinhos adultos. Também não estou falando que comecei a ler hentais (não explicarei, mas sinta-se livre para procurar no google caso esteja curioso hahah), mas sim HQs com historias mais maduras.
Não sei se o que estou fazendo é o mais correto (por questões de pirataria e tudo o mais), mas farei mesmo assim (break out from society). Eu decidi adentrar o universo de HQs depois de descobrir o site HQ Online. O site é ótimo! Lá você pode encontrar todas as séries de quadrinhos que imaginar para baixar ou ler online, e tudo em uma qualidade incrível e sem dificuldade alguma. Além da que já devorei, espero ler logo as HQs de Guardiões da Galáxia (talvez para me preparar para o filme), Fábulas e várias outras.
O que mais gostei em HQs, ao menos na que li, foi que a construção me lembra a de uma série de TV, e a história me fisgou de tal maneira que li todos os volumes (40 volumes, para ser mais exato) em um final de semana. A série de que tanto estou falando é a incrível Sweet Tooth, que conseguiu me fazer me esquecer dos livros por um tempo e ler 800 paginas em dois dias.
Sweet Tooth conta a historia de um garoto, Gus (apelidado de Sweet Tooth) que é híbrido (uma mistura) de menino e cervo. Há dez anos o mundo foi assolado por uma doença terrível, que levou a maior parte da população mundial. Desde então, todas as mulheres que engravidavam tinham seus filhos híbridos, e apenas eles eram imunes. Logo chegou-se à conclusão de que essa nova geração teria a cura para o mal que acabara com o planeta, o que coloca essas crianças como alvos de caçadores e experiências impiedosas. Gus vivia com o pai em uma região isolada, no meio da mata, e não podia sequer sair de casa. Até que a doença levou também seu pai, e o garoto se viu sozinho no mundo. 
Não tardou para caçadores aparecerem, e ele teria sido pego se não fosse pelo Sr. Jepperd, um homem durão e muito misterioso que prometeu levar Gus para a Reserva, um lugar onde ele estaria seguro e viveria com outros de sua espécie. A questão é: as intenções do sr. Jepperd são realmente boas? Existe mesmo essa utópica Reserva? O que acontecerá com o garoto daqui para frente?
Daqui em diante, não contarei mais nada para não estragar sua leitura, que recomendo muito. A história me prendeu de maneira incrível, e apresenta uma reviravolta atrás da outra. É realmente de tirar o fôlego, e não há como não simpatizar pelas desventuras do pobre garoto e do grupo de sobreviventes. É uma história muito triste, porém muito bonita, e o desfecho, quarenta volumes depois, é lindo, e quase me arrancou lágrimas (disse quase... quase...). 


No site podem ser encontrados os 40 volumes como foram publicados originalmente. Aqui as histórias são divididas em 6 livros. 
Não sinto com HQs o mesmo que sinto com livros, esse impulso de querer sentir o peso, o cheiro e tudo o mais, então lerei online sem problemas. Esse site é o paraíso!
Não bastava eu ser um aficionado por livros, cinema e séries de TV, agora também tive uma prévia do mundo dos quadrinhos, e sempre que tiver tempo quero ler mais e mais. É uma experiência diferenciada, e muito divertida. A escrita de quadrinhos em si me incomoda um pouco: como nos balõezinhos as falas são retratadas do modo que são ditas, encontrei muitos "ajudar eles" ao invés de "ajuda-los", por exemplo, o que é muito estranho. Mesmo assim, vale muito a pena, e é interessante observar os desenhos, o traço do criador e o modo como compôs os quadros. 
Se você nunca leu quadrinhos... não sabe o que está perdendo! Dê uma chance, você certamente achará histórias que te agradarão e te apresentarão novas possibilidades. 
Como estou entrando neste mundo agora, gostaria de conhecer mais histórias, não apenas de super heróis e coisas do tipo, então se você conhecer mais quadrinhos legais (e até mesmo alguns mangás, quem sabe) e quiser me indicar pode colocar nos comentários, ficarei muito grato hahah

Espero que tenham gostado, até a próxima ;D