quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Vamos falar sobre: Feios


Imagine uma cidade dividida entre as pessoas bonitas e as feias. A única obrigação das pessoas bonitas é se divertir sem parar, enquanto as feias vivem num canto sem nenhum glamour apenas aguardando o momento de se tornarem bonitas.
É mais ou menos essa a premissa da série distópica Feios. Tally Youngblood é uma garota que sonha com o aniversário de 16 anos, idade em que todas as pessoas passam por uma cirurgia em que se tornam perfeitas e vão viver do lado colorido e divertido da cidade. Seu amigo Peris havia ido pra Nova Perfeição depois da cirurgia do dia de seu aniversário, deixando Tally praticamente sozinha em Vila Feia. Nesse meio tempo ela conhece Shay, uma garota que faz aniversário no mesmo dia que ela e que, ao contrário de Tally, não está nem um pouco ansiosa pela cirurgia. Ela quer viver na Fumaça, uma comunidade em um lugar distante onde as pessoas vivem feias para sempre, mas com uma rotina não fútil e sem se preocupar com beleza ou glamour. E Shay consegue sim fugir para esse lugar, o que acaba gerando problemas para Tally. 
A garota é levada pelos membros da Divisão de Circunstâncias Especiais, um grupo de perfeitos cruéis "moldados" para serem indestrutíveis, onde se encontra com Dra. Cable, uma Especial que lhe faz a seguinte proposta: "ou você nos ajuda a encontrar a comunidade onde Shay está vivendo, ou você nunca se tornará perfeita". 
Tally agora tem que se decidir entre realizar seu maior sonho e se encontrar com seu amigo do lado colorido da força (sobre o qual vem descobrindo coisas não tão boas) ou trair sua amiga e todas as pessoas da comunidade, a quem ela começa a se apegar.
Não vou dar mais detalhes para não estragar a leitura de ninguém, mas os desdobramentos da trama são surpreendentes! Os personagens podem não ser os mais carismáticos (Tally, no início, me irritou com suas discussões sobre como se tornar perfeita era o melhor caminho a ser seguido), mas a história é ótima e me deixou realmente preso ao livro. O que ajuda bastante também é o tamanho dos capítulos. Como eles são bem curtos, de "só mais um capítulo, é curtinho" em "é curtinho, só mais um e eu vou dormir", quando percebi tinha lido mais de 100 páginas só no primeiro dia. 
E além de toda a trama, temos uma bela de uma crítica social aos padrões de beleza e ao controle que o governo exerce sobre a população. São usados moldes perfeitos para os corpos e mentes das pessoas, o que faz com que percam sua identidade e originalidade para se tornarem um bando de pessoas lindas, porém sem nada de mais, que são praticamente obrigadas a se divertir. Até onde isso é uma coisa boa?
É uma distopia excelente. Em alguns momentos a caracterização da cidade futurística se torna um pouco clichê, com carros voadores, pranchas que voam e tudo o mais, mas tudo se encaixa muito bem no contexto e dá um toque a mais para a história.
Para quem gostou de Jogos Vorazes e/ou Divergente, esse livro é mais do que recomendado. E para quem deseja embarcar no gênero de distopias também.
Não é uma leitura que lhe tomará muito tempo e queimará muitos neurônios, mas te apresentará uma ótima trama, com uma narrativa ágil e surpresas a cada capítulo. Sem contar que te deixará com um gostinho louco de quero mais para a sequência, Perfeitos, que promete ser ainda melhor!

Espero que tenham gostado, até a próxima ;D

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Divulgado o trailer final de Em Chamas!



Oi, como vai?
Hoje vim aqui para mostrar o ai-meu-Deus-que-foda trailer final de The Hunger Games: Catching Fire!
Ele foi divulgado ontem, dia 27, na FOX, no intervalo de um jogo de beisebol da World Series, e já está disponível no YouTube, veja só:


Esse trailer é simplesmente... UAU! Em apenas um minuto e sete segundos ele mostra mais detalhes da arena, e de algumas das melhores cenas do livro. E o melhor de tudo é que teremos a oportunidade de assistir ao filme uma semana antes que os outros países (estou sonhando?). Estreará dia 15 de novembro, enquanto nos Estados Unidos estreará somente no dia 22. 
Como esse foi o trailer final, só nos resta agora aguardar ansiosamente até o dia 15 roendo as unhas e contando os dias (17! SÓ 17!).

Até a próxima ;D

domingo, 27 de outubro de 2013

Vamos falar sobre: A Menina que Roubava Livros


Oi, como vai?
Antes de mais nada quero dizer que chorei com esse livro. Chorei. Muito. 
De todos os livros que já li e adorei até hoje, nenhum deles mexeu comigo tanto quanto este. 
O livro conta a história de Liesel Meminger, uma garota que vive na Alemanha na época do nazismo e da Segunda Guerra Mundial. Ela estava em um trem com a mãe e o irmão, sendo levada para a casa de Hans e Rosa Hubberman, seus novos pais de criação, já que a mãe não conseguia mais cuidar deles sozinho. Neste trem, no meio do nada, o irmão de Liesel morre, e é onde a Morte e a garota se encontram pela primeira vez. A Morte se encontra mais algumas vezes com Liesel, o que faz nossa narradora (sim, o livro é narrado pela Morte, e ela é uma personagem muito legal) desenvolver um certo interesse pela garota. 
Liesel chega ao número 33 da Rua Himmel, onde sua nova família está, e de início não quer entrar, mas depois que entra começa a conhecer seus novos pais e a criar laços de verdade com eles. Rosa Hubberman é uma das personagens mais engraçadas, por mais que seja muito rigorosa e um tanto mal encarada. Hans Hubberman... ah, ele é meu personagem favorito. Desde o início ele desenvolve uma relação com Liesel que faz parecer com que são pai e filha de verdade há muito tempo, e não um pai de criação e uma garota que chegou há pouco tempo em sua casa, deixada pela mãe. 
O título do livro entra justamente na sua mania por roubar livros. O primeiro que rouba é O Manual do Coveiro, que caiu do bolso do coveiro enquanto enterrava seu irmão. E foi com este livro que ela aprendeu a ler e a escrever, ensinada por Hans em seu porão. Desde então, ler se torna seu maior prazer, competindo acirradamente com roubar livros. O livro é dividido em dez partes, cada uma com o nome do livro que roubou na época, e cuja história ajudou a guiar sua vida. 
Além de tudo isso, temos também a história de Max Vandenburg, um judeu que se esconde no porão da casa dos Hubberman e sobre o qual Liesel nunca pode falar para ninguém, nem mesmo para seu melhor amigo Rudy Steiner. 
Não vou dar mais detalhes para não estragar sua leitura, porque uma das melhores coisas do livro é virar cada página sem saber o que acontecerá na seguinte. A Morte nos dá alguns spoilers de vez em quando, antecipando o final e depois voltando para seguir linearmente e chegar até a parte que resumiu antes, desta vez com muito mais detalhes. E o impressionante é que mesmo isso não atrapalha a leitura. Pelo contrário, te estimula a continuar. 
A sinopse em si não é de atrair muito, mas quando você começa a ler não há como se desapegar da história. É tudo tão... perfeito. A narrativa é cheia de metáforas. Enquanto outros livros falam "fulano morreu" com "fulano morreu", a Morte usa de várias metáforas, que no fim vão dar em "fulano morreu", o que eu gostei bastante. Não é daqueles livros que conseguimos ler rapidamente, e o que é está expresso em palavras de um jeito cru, sem precisarmos pensar muito. Neste temos que pensar, e no início, enquanto estava me acostumando, tive que voltar alguns trechos para ver se estava entendendo direito. Conheço pessoas que abandonaram o livro porque não estavam entendendo nada, mas esse é um problema facilmente solucionado com um pouco de atenção. Afinal, os bons livros não são aqueles em que apenas uma passada de olhos pelas palavras já dizem tudo, e sim aqueles que contém significados a mais, que para entender você precisa realmente mergulhar nas páginas. 
Além da guerra e do nazismo batendo à porta, Hitler também se faz muito presente. Claro, se não fosse ele não haveria guerra nem nazismo, mas ele acaba fazendo umas "aparições". Markus Zusak retrata o poder das palavras do Führer bem maior que seu poder com as armas de fogo. Uma das melhores citações é de um momento em que Max, no porão da casa, começa a imaginar uma luta de boxe entre ele e Hitler. Ele apanha, apanha e apanha mais um pouco, mas quando consegue realmente reverter o jogo e bater em Hitler, este vai até a beira do ringue e começa um discurso:
"Meus compatriotas - chamou -, vocês estão vendo algo aqui esta noite, não é?
De peito à mostra e vitória no olhar, apontou para Max. 
- Estão vendo que enfrentamos algo muito mais sinistro e poderoso do que jamais imaginamos. Vocês enxergam isso?
- Sim, Führer - veio a resposta.
- Percebem que esse inimigo encontrou maneiras, suas maneiras desprezíveis de penetrar em nossa couraça, e que obviamente não posso ficar aqui e combatê-lo sozinho?
As palavras eram visíveis. Caíam de sua boca feito pedras preciosas.
- Olhem para ele! Deem uma boa olhada! - E todos olharam. Para o ensanguentado Max Vandenburg. - Enquanto falamos, ele arquiteta planos para entrar em seu bairro. Muda-se para a casa ao lado. Infesta vocês com a família dele e está prestes a dominá-los. Ele - e Hitler o fitou por um instante, enojado -, ele logo será dono de vocês, até ser ele a ficar não no balcão de sua mercearia, mas sentado nos fundos, fumando seu cachimbo. Quando menos esperarem, vocês estarão trabalhando para ele pelo salário mínimo, enquanto ele mal conseguirá andar, por causa do peso nos bolsos. Vocês vão ficar parados aí, simplesmente, e deixar que ele faça isso? Ficarão olhando, como fizeram seus líderes no passado, quando deram as terras de vocês a todo o mundo, quando venderam seu país por um punhado de assinaturas? Vocês vão ficar aí, impotentes? Ou - e nesse momento subiu uma corda mais alta - entrarão aqui neste ringue comigo?
Max estremeceu. O horror gaguejou em seu estômago. 
Adolf acabou com ele.
- Vão subir aqui, para podermos derrotar juntos esse inimigo?
No porão do número 33, da rua Himmel, Max Vandenburg sentiu os punhos de uma nação inteira. Um por um, eles subiram no ringue e o espancaram."
Se eu ainda não achava o livro brilhante, não tive como pensar outra coisa quando li esse trecho. E se eu já achava o livro brilhante, no final eu não consegui considerar menos do que um dos melhores livros que eu já li. Não vou dar nenhum detalhe sobre o que acontece, mas posso garantir que é... lindo! Valeu cada hora que eu passei lendo. Qualquer oportunidade, a menor que seja, que eu tiver de elogiar este livro eu vou fazê-lo, e ainda assim não vou conseguir expressar tudo. 
Sim, me empolguei, mas como disse no início do post, de todos os livros que eu já li até hoje e adorei, nenhum deles mexeu tanto comigo quanto este. Eternamente recomendado. 

Espero que tenham gostado, até a próxima ;D

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Recomeça a produção de City of Ashes!



Isso mesmo, você não leu errado, City of Ashes, que teve sua produção quase adiada pela Constantin por não ter ido muito bem nas bilheterias, foi confirmado para o ano que vem! 
City of Bones, estrelado por Lily Collins e Jamie Campbell Bower, teve em sua primeira semana R$ 14 milhões nas bilheterias, e chegou a alcançar R$ 31 milhões. E o problema não foi apenas a fraca bilheteria, o filme foi, bem... destruído pela crítica. 
"The Mortal Instruments: City of Bones é como uma paródia de um 'filme de terror'" - Peter Keough 
"Todos que forem assistir ao filme perceberão o momento em que The Mortal Instruments: City of Bones ultrapassa o mundo dos mundanos e entra no ridículo" - Peter Hartlaub
"Uma tentativa horrível, cara, demorada e maçante de iniciar uma nova franquia como Crepúsculo" - Jim Schembri
Essas são apenas algumas das críticas que podem ser encontradas na página do filme no site Rotten Tomatoes.
Segundo Martin Moszkowicz, diretor da Constantin, a grande base de fãs de Cassandra Clare foi a principal responsável pela decisão de continuar a franquia.
"A resposta dos fãs, por meio de blogs e dos milhares de emails que recebemos, nos encorajou a seguir em frente," disse Moszkowicz ao jornal The Hollywood Reporter. 
Moszkovicz disse que os resultados de outros países estão chegando agora a R$ 100 milhões, mas admite que a bilheteria não foi nada boa e que cometeu erros com o primeiro filme que serão consertados no segundo, como com o marketing e a data de estreia. Segundo ele, o pior erro foi ter criado a divulgação em cima apenas dos interesses dos adolescentes e não ter feito uma divulgação para pessoas de todas as idades. Por mais que os livros da série Os Instrumentos Mortais sejam classificados como Young Adults, são lidos por pessoas de diversas faixas etárias, e a divulgação apenas para os adolescentes foi um problema. 
"Os leitores de Os Instrumentos Mortais são mais velhos do que você possa imaginar," disse Martin. "Eles podem ter uma parte em nosso marketing, que nós focamos muito na audiência mais nova."
Será que dessa vez podemos esperar um filme menos Sessão da Tarde (já vi cenas em que um raio de alguma força é lançado para o céu de um prédio de Nova York para invocar forças estranhas e seres poderosos em muitos filmes que passam nas tardes da Globo, com aquelas vozes ridículas na dublagem) e mais Os Instrumentos Mortais?
Segundo Martin, os erros serão consertados, espero que não sejam apenas na área da divulgação. E que venha um filme para calar a boca dos críticos!

Espero que tenham gostado, até a próxima ;D

Fonte: The Hollywood Reporter

domingo, 20 de outubro de 2013

Hostages: primeiras impressões

Oi, como vai?
Nesse post vou falar um pouco sobre a nova série Hostages, que anda dividindo opiniões por aí. Hoje eu assisti aos 4 episódios disponíveis até então, e posso dizer que está longe de ser perfeita, mas também está longe de ser essa série ruim que muitos dizem.
Tudo ia bem para a família Sanders, até que Ellen, a mãe da família e uma renomada cirurgiã é escolhida para realizar uma importante cirurgia no presidente dos Estados Unidos. Duncan, um ex agente do FBI, junto a um grupo de criminosos, faz Ellen e sua família reféns, com a simples proposta: ou ela mataria o presidente, ou eles matariam sua família. 
A principal reclamação é que este é um enredo para filme e sim, estão certos. Quando assisti ao episódio piloto, gostei, mas não consegui imaginar uma série dessas indo para frente. Agora, tendo visto os quatro episódios que já foram ao ar, vejo que estava errado. Não sei como será daqui pra frente, mas pelo menos até então a série conseguiu se segurar e não se perder no caminho, sem deixar com que os episódios sejam repetitivos ou previsíveis. Consegue manter a tensão durante os 40 minutos, e de início eu só decidi prosseguir pela curiosidade (como eles conseguiriam manter uma temporada com aquele enredo?), mas agora estou ansioso pelos próximos episódios porque realmente gostei da série.
As atuações são medianas, assim como o roteiro, que é um tanto clichê, sem contar que, em alguns momentos, me pareceu que os bandidos estavam servindo de babás da família. O roteiro tem muitos furos, como por exemplo: se a doutora iria realizar a cirurgia do >presidente dos Estados Unidos<, não seria o mais correto, em vista de todos os cuidados que o país toma, deixar um membro do serviço secreto na cola dela? Mas não, nenhuma medida foi tomada e ela acabou nas mãos dos bandidos. Mas mesmo com tudo isso em mente, não consigo não gostar da série. Fiquei realmente apreensivo em alguns momentos, torcendo pela família. E estou cada vez mais curioso para saber quais são as reais intenções de Duncan, o líder dos sequestradores, que tem uma esposa em tratamento contra o câncer. Segundo algumas falas, ela seria a principal motivação da operação, mas o que isso teria a ver com a morte do presidente?
A falta de explicações não é uma reclamação. Um enredo desses por si só pode segurar um filme de duas horas mas não seguraria uma temporada com no mínimo dez episódios, então precisam deixar os maiores segredos para o final. Não acredito que será uma série de muitas temporadas, porque, mais uma vez, o enredo não é para tanto. A não ser que façam como foi feito em American Horror Story e a segunda temporada tenha uma história diferente, mas ainda assim na temática sequestros. 
O episódio piloto não é dos melhores, a invasão da casa não é das mais emocionantes, mas resolvi dar uma chance para a série e não me arrependi, pois melhora a cada episódio. O episódio 2 foi melhor, o 3 muito bom e o 4 foi ótimo! Sim, continua com as falhas, mas conforme fui me envolvendo com os personagens comecei a torcer por eles e estou louco pra ver no que isso tudo vai dar. 
A série veio na Fall Season de 2013, a leva de estreias deste ano, com séries como The Blacklist (que estou louco pra começar a ver) e Once Upon a Time in Wonderland (não sei como essa série ainda não foi cancelada), além de muitas outras. 
Once Upon a Time in Wonderland, o spin-off de Once Upon a Time que se passa no País das Maravilhas é tão ruim que não chega a merecer um post só pra ele. Abandonei já no primeiro episódio, assim como a terceira temporada de Once Upon a Time (algum dia falo mais sobre isso).
Enfim, Hostages não é uma série sensacional, mas é uma série muito legal e que te prende aos episódios, e como provavelmente só irá durar uma temporada, não tomará tanto o seu tempo, vale à pena dar uma chance.

Espero que tenham gostado, até a próxima ;D


sábado, 19 de outubro de 2013

TAG: A minha vida como leitor

Oi, como vai?
Hoje eu estou aqui para responder à tag "A minha vida como leitor", criada pelo blog Central de Leitura. Quem me tagueou foi a Jéssica, do blog Fofocas Literárias (<3). Ela consiste em responder perguntas sobre, bem, a minha vida como leitor: como eu comecei a ler, com que idade, quantos livros eu tenho, essas coisas. É uma tag muito interessante (quase uma entrevista), vou adorar responder!
Vamos lá?

Passado:


1. Com que idade você começou a ler?

Com uns 3, 4 anos... eu aprendi com a minha mãe, que sempre me trazia livros infantis da faculdade (que, aliás, guardo até hoje).

2. Qual o nome do primeiro romance que você leu?

O primeiro livro "grandão" que eu li foi Harry Potter e a Pedra Filosofal. Até então eu lia apenas livros menores (e bobinhos).

3. Que livro considera ter desenvolvido o gosto pela leitura?

Desde os primeiros livros que eu li (A Bezerrinha Mumu, O Macaquinho Pirueta, livrinhos desse tipo) eu já desenvolvi gosto pela leitura e quis cada vez mais. Mas o que desenvolveu um gosto por livros maiores e grandes histórias foi mesmo Harry Potter. Com ele eu descobri que eu conseguia de ler livros com mais de 100 páginas, e que eu realmente gostava disso!

4. Qual é a sua primeira recordação de você lendo?

Eu me lembro até hoje (não sei como) de quando eu estava sentado na cama da minha mãe, eu era muito novinho, e eu li a primeira página de um dos livrinhos que ela me trazia.

Presente:


5. Atualmente, quantos livros você tem?

Segundo meu Skoob, eu tenho exatos 50 livros. Mas ainda tem aqueles que eu tive muito antes de ter vontade de organiza-los, que estão por aí, no meu guarda-roupas, ou em outros quartos... mas vamos levar em conta os 50 oficiais. 

6. Qual deles é o seu favorito?

Não consigo escolher um só, mas dentre os favoritos escolho Guerra dos Tronos. Ele me apresentou o mundo criado por George R. R. Martin e deu início à minha série de livros (e também de TV) favorita.

7. Qual é o mais odiado?

The Mark of Athena, sem dúvidas.

8. Qual é seu gênero literário favorito?

Eu gosto muito de fantasia, mas sou um tanto eclético pra livros. Tirando auto-ajuda, leio qualquer gênero, desde que a história me interesse.

9. Com que frequência você lê?

Eu leio diversas vezes por dia. Alguns dias eu acabo não conseguindo, ou porque estou com muito sono, ou porque tenho muitas coisas pra fazer, mas eu gosto de ler pelo menos 30 páginas por dia. Não é muito, mas é uma média (quando a história me prende, ou quando tenho bastante tempo livre, chego a ler mais de 100 páginas no mesmo dia).

10. Prefere literatura infantil, juvenil ou adulta?

Adulta. É, eu sou adolescente, mas a literatura adulta pra mim é a melhor por não precisar de papas na língua. Não é como a infantil ou a juvenil que ainda tentam passar alguns valores morais, ensinar lições, aqueles em que os heróis sempre vão se dar bem e os vilões sempre vão acabar mal, aquelas histórias mais inocentes em que tudo de mais pesado é mostrado apenas por insinuações e não narrado de fato. Os livros adultos mostram o que tem que mostrar, contam a história que tiver de ser contada, e cabe o leitor ter uma "cabeça boa" para não se deixar levar pelos vilões que se dão bem ou algo do tipo.

11. Defina sua leitura: lenta, intermediária ou rápida?

Intermediária...

12. Quem é o seu autor favorito e por que?

Me sinto culpado por não responder J.K. Rowling, como sempre fazia, mas hoje em dia (e duvido que alguém tome esse posto), sem dúvidas é George R. R. Martin. E não só pela sua escrita. Os métodos que ele utiliza, as entrevistas que ele dá... são brilhantes! Eu admiro muito esse homem.

13. Prefere livros com capa dura ou brochura?

Por beleza, claro que os livros em capa dura sempre serão mais charmosos. Mas para ler os livros brochura são bem melhores e mais confortáveis (e não deixam de ser bonitos).

14. Qual seu protagonista favorito e por que?

É nesse momento em que eu paro, olho pros meus livros e percebo que eu não sei o que responder. Eu gosto de muitos protagonistas, como Harry Potter, Katniss, Tris... mas ainda assim não são os meus favoritos. Eu vejo Rony Weasley como um dos protagonistas da saga Harry Potter (injusto uma saga dessa magnitude ter apenas um protagonista), então escolho Rony.

15. Qual seu antagonista favorito e por que?

Voldemort. Conheço muitos vilões, mas todos se perdem em algum ponto, ou são exagerados demais. Voldemort é meio que um ditador, pode ter toda a magia ao redor mas JK fez um vilão bem realista. 

16. Qual livro você quer ler, mas ainda não conseguiu?

Sob a Redoma. Eu quero ler desde que foi lançado (aliás, foi o primeiro livro que conheci de Stephen King), mas por causa do preço duvido que eu vá conseguir ler logo. O mesmo acontece com os livros da saga O Senhor dos Aneis. Vontade não falta, mas falta o dinheiro.

Futuro:


17. Pretende ou já trabalha em uma carreira relacionada a livros?

Depois de me formar pretendo trabalhar com publicidade, mas tenho ideias demais pra minhas próprias histórias e ainda quero publicar um livro. Além disso, o máximo que eu puder ligar minha profissão à literatura, eu vou fazer com prazer. 

18. Acredita que os e-books ultrapassarão as vendas de livros físicos?

Nunca. Eles podem até se tornar mais raros, mas nunca vão ser substituídos por completo. Os ebooks já estão em alta, e podem crescer ainda mais, mas não acredito que possam ultrapassar os livros físicos. 

19. Pretende incentivar a leitura para seus filhos?

Claro que sim! Assim como minha mãe me incentivou, pretendo ensina-los a ler e comprar livros desde cedo também, para estimular a leitura, a criatividade e o cuidado para com esses objetos tão preciosos.

20. Você acha que seu país vai se tornar uma nação de leitores?

Hoje em dia não são tantas as pessoas que leem, mas cada vez mais os adolescentes estão se interessando pela leitura e ué, nós é que seremos o futuro da nação, então acho que ainda há esperanças.


Bom, essas foram as minhas respostas pra tag "A minha vida como leitor". Por mais que seja longa, adorei responde-la. Se você deseja responder também, sinta-se tagueado, só não se esqueça de dar os créditos ao blog que a criou!


Espero que tenham gostado, até a próxima ;D


terça-feira, 15 de outubro de 2013

Vamos falar sobre: Cidade de Vidro


Oi, como vai?
Vim aqui pra falar sobre o sensacional terceiro volume da ex-trilogia e nova sextologia (essa denominação existe?) Os Instrumentos Mortais! Sim, sim, era pra ser uma trilogia. E vemos isso a todo momento no livro. Seria um final épico para a série, porque a maioria dos problemas se resolvem e a batalha que ocorre durante o livro é simplesmente... uau. 
Esse post não terá spoilers deste volume, mas não conseguirei falar sobre o terceiro livro sem dar alguns detalhes sobre o primeiro e o segundo, então se você ainda não começou a ler a série e se incomoda com spoilers eu sugiro que leia essa resenha outra hora.
A história começa pouco tempo depois do término de Cidade das Cinzas, e consegue fazer uma conexão muito boa com os dois outros livros. Cassandra Clare consegue interligar muito bem os fatos, as pessoas, as tramas menores envolvendo os personagens.
Um dos melhores pontos desse livro é que ele se passa em Idris (Idris ou Aidris, como pronunciar?), mais precisamente em Alicante, um lugar muito bonito e interessante. 
Clary quer ir até Alicante conhecer o feiticeiro Ragnor Fell, o único que pode salvar sua mãe da espécie de coma em que ela se encontra. Os Lightwood vão para Idris também, mas Jace não a quer por perto, e tem seus motivos. Por causa do poder que Clary revelou ter no final de Cidade das Cinzas, de criar símbolos poderosos, ele imagina que a Clave poderia colocar a garota na frente da batalha que acontecerá contra Valentim. 
Jace é um personagem chato. Sim, vamos combinar, ele é. Mas não é em período integral. Em alguns momentos ele fala ou faz coisas realmente heroicas e badass que salvam a todos na hora H. Clary é uma personagem chata. Sim, vamos combinar, ela é. E em período integral. Desde o segundo livro ela vem me irritando, pelas coisas que fala ou faz, atos extremamente egoístas de sua parte. Jace também incomoda em alguns aspectos, quando se torna protetor demais com relação a Clary e acaba se esquecendo de fazer outras coisas e das vontades dela também. Uma mania insuportável de Clary é com relação a Jace e Simon. Durante o segundo livro, se Jace a colocava contra a parede ela adorava, mas quando Simon via, ela agia com Jace como se ele fosse a pior pessoa do mundo por isso.
Cassandra Clare tem o dom de fazer protagonistas irritantes e personagens secundários muito legais. Alec, Isabelle, Simon, Magnus e Luke são personagens muito mais legais que Clary e Jace. 
Clary e Jace ficam o tempo todo nesse "romance proibido" que vivem, a todo momento "se pegando" (não tem como usar termo melhor) e se sentindo culpados por estarem fazendo isso. O bom é que, com tanta ação acontecendo e tantos segredos sendo revelados, isso não atrapalhou tanto. 
Cassandra divide bem os personagens ponto de vista, fazendo com que a história seja contada como um todo sem que nada fique de fora.
Enfim, voltemos à história. Jace não queria que Clary fosse para a Cidade de Vidro, Alicante. Clary queria ir. E Clary foi. Não com Jace, mas com Luke, por meio de um portal que a levou até o centro do Lago Lyn, que vai se revelar muito importante mais pra frente. Ela fica na casa de Amatis, irmã de Luke, e se encontra com os Lightwood, que estão na casa dos Penhallow, uma importante família de Caçadores de Sombras. Com os Penhallow, ela se envolve (não um envolvimento de romance, mas um outro tipo) com Sebastian, um garoto misterioso e aparentemente perfeito em todos os aspectos.  
Os personagens são bem construídos, e por mais que Clary irrite temos uma gama de outros que cobrem suas falhas. Simon continua sendo o melhor personagem. Ele também não ia para Idris, pois é um vampiro e membros do Submundo não são bem-vindos por lá, mas por causa de um ataque que ocorreu no Instituto pouco antes de entrarem no Portal, ele ficou ferido e não poderia ser deixado para trás. Quando achou que poderia voltar para casa, os membros da Clave o aprisionam em uma cela no Gard, onde os membros da Clave se reúnem. 
É um livro ótimo! Pode ser repetitivo em alguns momentos, como no romance (e nos vilões insistentes, o que chega a ser um pouco engraçado: eles são atacados, fogem e quando os bonzinhos pensam que estão a salvo os vilões voltam a atacar), mas todo o resto não deixa a desejar.
Eu fiquei preso à história, não conseguia parar de ler, porque um capítulo leva a outro, que leva a outro, que leva a outro, e quando você percebe já passou da metade do livro. 
Eu não entendo por que Cassandra Clare continuou esta história. Na verdade, todos sabemos o porquê: money. A série dá um lucro tremendo. Por que não duplicar o lucro duplicando o número de livros?
Muitas resenhas do quarto livro dizem que Clare continua com a mesma habilidade de escrita e consegue desenvolver a história muito bem de qualquer jeito, mas este terceiro é como o fechamento de uma trilogia. O desfecho épico. O final do livro, devo confessar, não me deixou nem um pouco curioso ou com aquela pulga atrás da orelha pelo próximo livro, como os finais dos dois primeiros me deixaram. Ele simplesmente... acaba. Problemas resolvidos. Felizes para sempre. Mas mesmo assim não resisto à série e vou ler os próximos livros com certeza, mesmo sabendo que são fruto da pressão dos editores e da necessidade de colocar comida na mesa da autora.
Um livro recomendadíssimo de uma série recomendadíssima.

Espero que tenham gostado, até a próxima ;D


quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Vamos falar sobre: Quem é você, Alasca?

Oi, como vai?
Hoje estou aqui para falar um pouco sobre o livro Quem é você, Alasca?, o primeiro que li de John Green depois do trauma com Will & Will. Do autor, também já li A Culpa é das Estrelas (difícil encontrar hoje em dia alguém que não tenha lido), e pra mim continua o melhor.
Quem é você, Alasca? conta a história de Miles Halter, um garoto meio excluído que "coleciona" últimas palavras e sonha com um Grande Talvez, o que encontra em Culver Creek, um colégio interno, onde seu pai também estudou na juventude. 
Lá ele conhece Coronel (seu verdadeiro nome é Chip, mas Coronel fica muito melhor), seu companheiro de quarto, Takumi, Lara e principalmente Alasca. 
Alasca é uma garota intrigante, misteriosa, impulsiva, que passou a vida percorrendo vendas de garagem procurando livros para montar a biblioteca da sua vida e que tem uma criatividade invejável para trotes. Mas não, esta não é a verdadeira resposta para a pergunta que o título do livro traz. 
Não consigo falar minha opinião sobre o livro sem dar spoilers, então se você ainda não leu sugiro que leia este post outra hora.
O livro é narrado em primeira pessoa por Miles, o que é bom e ruim ao mesmo tempo. Bom, porque o personagem é carismático. Aliás, este é um dos dons de John Green. Ele consegue criar personagens realmente carismáticos, e não tem como não nos envolvermos com eles e suas histórias. Mas ruim, porque perdemos muitos detalhes.
A paixão de Miles por Alasca foi praticamente à primeira vista, mesmo ela tendo um namorado. Mas não sabemos se ela retribui esse amor. Aliás, no fim das contas não sabemos praticamente nada. 
A escrita de John Green, por mais que não seja tão detalhada (em um livro em primeira pessoa, detalhes demais acabariam atrapalhando o caminhar da história) consegue te prender e te aproximar mais da história. Podemos não saber perfeitamente o lugar em que algo está acontecendo, mas sabemos o que Miles está sentindo com o que está acontecendo, o que é muito bom. As dúvidas que os personagens têm nós também temos, o que pode ser a grande sacada do livro, mas para mim foi um grande defeito.
Os capítulos do livro são nomeados com o número de dias que restam para... alguma coisa. Como falei, esta resenha contém spoilers, então esta é a sua última chance de sair sem nenhum detalhe do livro. 
O livro é como uma contagem regressiva para a morte de Alasca. Tudo o que eles vivem juntos praticamente leva a isso. Isso foi um dos pontos positivos do livro. John Green nos faz nos afeiçoarmos a Alasca para depois leva-la, o que dá um toque de tristeza e mostra perfeitamente o impacto que uma vida tem sobre as outras. Todos ficam arrasados e de certo modo se sentem culpados. Depois de passar a noite beijando Miles, ela sai para falar ao telefone, volta transtornada e pede ajuda para ir embora. E além de muito nervosa, Alasca estava muito bêbada. Miles e Coronel nada podem fazer para segura-la e acabam por deixa-la ir. Nesta mesma noite ela morre em um acidente de carro, se chocando com uma viatura (com todas as luzes acesas) em alta velocidade.
Aí fica a dúvida: foi realmente um acidente, ou Alasca cometeu suicídio?
A história da garota é muito interessante. Quando era criança, sua mãe morreu ao seu lado porque ela hesitou demais em pedir ajuda. Agora ela é impulsiva demais e não hesita pra nada.
Eis que Miles e Coronel iniciam uma investigação, a fim de saber o que realmente aconteceu com a garota. Isso me animou bastante, porque a cena do velório de Alasca não foi tão emocionante quanto eu imaginava e esperava algo ainda maior. Como a garota fora misteriosa em sua vida, seus amigos agora buscavam a resposta para "Quem é você, Alasca?" por meio de outras pessoas. E Miles, afinal, teve seu Grande Talvez. Talvez ela tenha se matado. Talvez tenha sofrido um acidente. Se os dois tivessem se esforçado mais para mante-la no dormitório, talvez ela poderia ter desistido de sair e não teria morrido. 
A busca por respostas seria uma das melhores coisas do livro. Além de tudo isso, temos uma pergunta que Alasca fez (que na verdade foram as últimas palavras de Simón Bolívar) que dizia "Droga, como sairei deste labirinto?". O labirinto seria a vida ou a morte? O sofrimento que teve em vida ou a morte?
Mais uma coisa que nunca vamos saber. Isso porque John Green simplesmente se perde um pouco no final do livro. A investigação de Coronel e Miles, algo que me estimulou muito na leitura do livro, simplesmente é abandonada. Sim, não haveria como descobrir o que realmente aconteceu naquela noite, mas abandonar a investigação depois de encher a cabeça do leitor com tantas perguntas não foi nada legal. E o final do livro, quando o professor de religião pede para que cada aluno responda à pergunta do labirinto em um trabalho e sinto que finalmente vou saber o que Miles responderia, ele começa a encher o trabalho com um texto sobre Alasca, sua morte e sobre para onde as pessoas hipoteticamente vão após suas mortes, mas nada de uma resposta verdadeira. 
A pergunta é algo realmente pessoal, portanto esperei para saber o que Miles responderia, como o significado pra ele deste labirinto ou como sair dele, mas foi apenas um ensaio sobre morte em geral. Não nos respondeu nada.
É um livro cheio de filosofia e falas bonitas, personagens carismáticos e uma boa história, mas John Green se perde e ficou a impressão de que ele não conseguia responder às perguntas que ele mesmo tinha feito, então acabou deixando de lado e finalizado com mais falas bonitas para preencher as lacunas. 
De 0 à 5, não consigo dar uma nota maior do que 3, por todas as decepções. 
É difícil começar um livro com expectativas demais, pois ou ele é sensacional e supera todas, ou ele deixa muito a desejar, como foi o caso deste. Ficou a sensação de que ele não tem um objetivo de verdade. Apenas acontece, sem nada de sensacional. Garante boas risadas e reflexões, mas não consegue marcar de verdade, como acontece com A Culpa é das Estrelas, no qual John encantou do início ao fim. 

Até a próxima ;D

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

American Horror Story Asylum: bem vindo à Briarcliff



Oi, como vai?
Hoje eu vim falar um pouco sobre American Horror Story Asylum, a segunda temporada da sensacional série de terror que de um episódio pra outro se tornou uma das minhas favoritas. A primeira temporada, Murder House, conta a história da família Harmon, que se mudou para uma casa onde é assombrada pelos espíritos dos antigos moradores, que morreram lá. Foi uma boa temporada? Sim. Mas nada se compara à Asylum. 
Esta temporada conta a história de Briarcliff, um manicômio controlado por freiras, onde os internos sofrem maus tratos e tratamentos pra lá de suspeitos. De um lado, a religião. De outro, a ciência. Ambos acabando com a vida das pessoas. 
A freira Sister Jude, interpretada pela melhor atriz de séries que eu já vi na vida Jessica Lange, comanda Briarcliff e aprova todos esses tratamentos suspeitos, medicamentos fortíssimos e tortura aos pacientes. Quando a repórter Lana Winters descobre as barbaridades que se passam no local e resolve denuncia-las, acaba sendo internada por Jude por ser lésbica, o que na época era considerado uma doença. 
Mary Eunice é a freira mais pura e correta do manicômio. Ou melhor, era até o diabo, que estava no corpo de um paciente, ser exorcizado e entrar no seu corpo. 
Dr. Arden é um médico ex nazista, que não acredita em religião nenhuma mas acaba com a vida dos pacientes em nome da ciência. Ele faz experimentos que, em teoria, melhorariam a vida das pessoas e as tornariam imunes à radiação no caso de uma guerra nuclear. 
Dr Thredson é um psiquiatra, que vai até Briarcliff temporariamente para ajudar alguns pacientes. Aparentemente, é o único personagem correto da série. Aparentemente...
Kit Walker é um rapaz que é preso em Briarcliff acusado de ser o maníaco Bloody Face, que mata mulheres e depois arranca suas peles. Ele não é este maníaco, mas vai preso acusado de matar todas essas mulheres e ainda sua esposa, Alma, que na verdade foi abduzida por alienígenas. 
Essa, pra mim, é a única parte em que a história se perde um pouco. A questão dos alienígenas ficou algo meio deslocado de todo o resto. No final das contas eles acabam se tornando importantes e tudo se encaixa, mas de início fica estranho. 
Vários atores da primeira temporada estão presentes nesta, como Jessica Lange, Evan Peters, Sarah Paulson e Lily Rabe, por exemplo, em personagens completamente diferentes e complexos que mostram o quão bons atores eles são. São personagens cujo humor vive oscilando, e eles não deixam a desejar em nenhum momento. 
Uma atuação que merece todos os elogios é a de Lily Rabe, que consegue transmitir toda a "batalha" que ocorre dentro de seu corpo, lutando contra o diabo. Em alguns momentos ela é provocante, arrogante, maldosa, e em outros é apenas uma garota indefesa que chora por não conseguir resistir ao mal dentro dela.
Sarah Paulson, que não teve tanto destaque na primeira temporada, nesta temporada deu um show de atuação e mostrou a que veio. 
Ao contrário da primeira temporada, em que a história acontecia no presente e eram mostrados alguns flashbacks do passado, nesta a história ocorre no passado, quando Briarcliff ainda funcionava, e algumas poucas cenas vão sendo mostradas hoje em dia, quando Briarcliff já está desativado e em ruínas. 
A história começa com um casal (o homem interpretado por Adam Levine, vocalista da banda Maroon 5 que fez todos aqueles que reclamaram de sua escalação para o elenco queimarem a língua) indo até as ruínas do manicômio passar a lua de mel. Até que são surpreendidos por um Bloody Face. Demoramos um pouco para descobrir quem é esse novo maníaco e a sua ligação com os personagens dos anos 60, e quando descobrimos é um tanto chocante.
É definitivamente melhor e mais assustador do que a primeira temporada. Além do mais, a história é mais madura, e o horror consiste mais nas coisas terríveis pelas quais os internos de Briarcliff passam e das maldades de Bloody Face do que de coisas místicas como espíritos ou coisas do tipo.
Como a tendência é melhorar, mal posso esperar para ver a terceira temporada, Coven, que estreia no dia 9, esta quarta-feira. Ela contará a história de bruxas, e a cada promo (que, como é de praxe, não dá detalhe algum sobre a história, mas consegue te deixar com um friozinho na barriga) fico mais ansioso.
Com atuações impecáveis, uma maquiagem terrível (no bom sentido, pois são realistas demais e chegam a espantar) e ótimos cenários, consegue te prender de uma tal maneira (cheguei a ver oito episódios sem parar) que você não consegue simplesmente largar, parar, sem saber o que acontecerá em seguida. 
Se você não gostou muito da primeira temporada, ou simplesmente não se interessa muito pela série em si, dê uma chance. Vale muito a pena. Não é um terror de tirar o sono, mas é algo que assusta e impressiona.  E com uma história sensacional. Nota dez.

Espero que tenham gostado, até a próxima ;D

sábado, 5 de outubro de 2013

Vamos falar sobre: Tormenta de Espadas


"Recomendo que desconfie de todos nas terras de Westeros, a não ser, é claro, de sua espada... Isso se estiver com plena certeza de que ela esteja em manejo por suas mãos... Proteja-se, pois no Jogo dos Tronos é cada um por si."
É com esta declaração de Fernando Valdiones, usuário de O Livreiro, que está presente na orelha (gigante) do livro, que começo a falar sobre Tormenta de Espadas, o meu livro favorito (até então) da minha série favorita de toda a vida (difícil tirar esse posto). Este terceiro livro é o com mais intrigas, reviravoltas e revelações inesperadas. 
O prólogo deste livro é sobre os guerreiros da Patrulha da Noite que estavam acampados no Punho dos Primeiros Homens, pra lá da Muralha, que são atacados pelos selvagens no meio da noite. George, como sempre, descreve tudo nos mínimos detalhes, o que traz a história para uma nova dimensão: como já falei nas resenhas de Guerra dos Tronos e Fúria dos Reis, não me sinto apenas lendo e sim no meio das cenas, olhando para os cantos e observando tudo a minha volta. Se formos olhar As Crônicas de Gelo e Fogo como um jogo de xadrez, no primeiro livro George nos apresenta as peças, no segundo as dispõe no tabuleiro e neste terceiro começa a jogar de verdade, levando algumas peças para lados inesperados no tabuleiro, descartando outras, dispondo novas e resgatando algumas que estavam do lado de fora. 
Vamos por partes:
Jon Snow, que no final de Fúria dos Reis se junta aos selvagens, agora convive com um dilema: quebra seus votos para a Patrulha e fica do lado dos selvagens, ou volta para a Muralha sob o risco de ser considerado vira-casaca e abandona Ygritte, que conheceu no meio dos selvagens e por quem se apaixonou? Neste livro os selvagens finalmente chegam até a Muralha, em cenas épicas de batalhas, mortes e mais surpresas.
Bran, que saiu de uma Winterfell completamente destruída, agora viaja ainda mais para o norte (no caminho contrário aos selvagens) para encontrar um corvo de três olhos, que lhe ensinará a "voar". Bran é a única reclamação que eu tenho a fazer. Ele é um personagem importantíssimo, sim, mas seus capítulos são sempre tão chatos. E quando eles finalmente ficam legais, acabam. Ele geralmente conta histórias do norte, que sua velha ama lhe contava, e muitas vezes dá uns detalhes importantes, mas no fim das contas todos os seus capítulos são de dar sono. 
Daenerys Targaryen, uma das minhas personagens favoritas e que perdeu um pouco o destaque em Fúria dos Reis, vem marchando rumo a Westeros, conquistando cidades e exércitos pelo caminho. Seus capítulos, ao contrário dos de Bran, são sempre dos melhores, com descobertas sobre as pessoas que estão a sua volta (inclusive algumas revelações sobre seu companheiro Jorah Mormont), estratégias e mais batalhas. 
Tyrion começa o livro se recuperando de um ferimento que quase o matou na batalha da Água Negra, e quando se recupera percebe que muitas coisas mudaram enquanto estava enfermo na torre do castelo. Tywin, seu pai, assumiu agora a função de Mão do Rei e Tyrion se tornou o novo mestre da moeda, enquanto Mindinho foi mandado para o Ninho da Águia para se casar com Lysa e trazer a força dos Arryn para os Lannister.
Ao contrário dos outros, neste livro o grande desfecho não ocorre em uma guerra. É um livro mais político, com alianças e casamentos para sela-las, intrigas e mortes, muitas mortes. 
Por falar em casamentos... neste livro tem o tão aguardado e ao mesmo tempo evitado Casamento Vermelho. Não darei mais detalhes para não estragar a leitura, mas posso dizer que é uma das cenas mais chocantes não só do livro, mas de toda a série. E tem uma fala de Stannis Baratheon que resume bem o livro: "Os casamentos se tornaram mais perigosos que os campos de batalha." 
George R. R. Martin, como todos sabemos, é brilhante, e deixa isso claro do início ao fim. Eu sempre fico imaginando a quantidade imensa de anotações que ele deve ter para que não deixe passar nada na história. Tudo é muito bem encaixado, não há espaços pra falhas (ou melhor, há espaço de sobra, com todos aqueles nomes e lugares, mas não há falhas). Tudo é muito bem explicado, e se não é, é porque ainda não é o momento certo para você descobrir.
O que eu mais gosto é que a história é completamente imprevisível. Como na vida real, não sabemos o que acontecerá na página seguinte (ou no dia seguinte). O único momento em que pensei que tinha desvendado algo da história descobri que não, não era nada do que eu tinha pensado (mas o que se deu acabou sendo melhor ainda). E mesmo com o único spoiler que recebi ainda fui surpreendido quando aquilo realmente aconteceu.
Neste livro conhecemos o lado de Jaime Lannister da história, conhecido por toda Westeros como Regicida. O segundo livro todo, Jaime passou como prisioneiro dos Tully, lá em Correrrio. Mas neste ele foi liberto por Catelyn e está sendo levado por Brienne de Tarth (que ainda acreditam ter matado Renly) para ser trocado por Arya e Sansa em Porto Real. O problema é que elas não estão em Porto Real, o que gera ainda mais problemas (e desencontros de cortar o coração).
Os personagens são muito humanos. Não há nada de batalha do bem contra o mal, os bonzinhos e os vilões. São batalhas de interesses, e nem sempre aquele que deseja algo diferente está errado. Os dilemas em que os personagens são colocados e as decisões que tomam são bem reais, e duvido que as pessoas, adaptando esses dilemas aos dias de hoje, tomariam decisões diferentes.
É... bem, perfeito!
Muitos personagens morrem. Personagens queridos. Personagens que farão falta. Mas não temos alternativa a não ser conviver com isso e continuar lendo. Mais uma vez, como a vida real. É um livro de fantasia, mas consegue ser mais real do que aqueles que se propõe a retratar a realidade.
Chegar ao fim da série vai me dando um aperto no coração... eu estou tão familiarizado com os personagens e tão enlevado pela história que não sei o que farei quando terminar A Dança dos Dragões. George anunciou Os Ventos do Inverno e Um Sonho de Primavera, os dois últimos livros dá série, mas apenas os nomes. Segundo ele, não é pra esperarmos o sexto volume antes de 2014, imagina só o último. Te entendo George, deve ser um processo muito trabalhoso escrever livros assim, mas se você morrer antes de publicar os dois últimos eu te mato.
É um livro sensacional, épico, surpreendente, etc etc. Enquanto Fúria dos Reis leva um tempinho para começar com a ação de verdade, Tormenta de Espadas tem ação do início ao fim. Alguns capítulos mais calmos ao longo, sim, mas nada que quebre o clima (talvez alguns capítulos de Bran, mas nada sério).
Todos aqueles que apreciam literatura fantástica ou simplesmente gostam de ler bons livros, que te prendem por horas a fio e te fazem se esquecer de que tem compromissos no dia seguinte, precisam ler está série.

Espero que tenham gostado, até a próxima ;D