domingo, 24 de novembro de 2013

Vamos falar sobre: Perfeitos



-este post contém spoilers do primeiro livro da série, Feios-

Oi, como vai?
Hoje eu vim falar sobre Perfeitos, de Scott Westerfeld, o segundo volume da trilogia (que acabou ganhando um livro extra, ironicamente chamado Extras) iniciada por Feios
Ele segue contando a história de Tally Youngblood, que se tornou perfeita para testar a cura criada por Maddy. Foi provado que a cirurgia que torna todos perfeitos aos 16 anos não mexe só na aparência, mas também faz mudanças no cérebro dos adolescentes para que pensem da maneira desejada pelos Especiais, um grupo de "super" perfeitos que entram em ação quando coisas mais sérias acontecem. Maddy, cirurgiã, descobriu, com seu finado marido Az, uma cura para essa cirurgia, e coube a Tally se voluntariar para testa-la. E para isso teria de se tornar perfeita, algo que ela desejara por toda a vida e que agora evita ao máximo. 
O livro começa com a aceitação de Tally nos Crims, um grupo de perfeitos que foram aventureiros em sua época de feios e que prometem trazer aventuras ainda maiores nessa nova fase de suas vidas. 
O grupo tenta a todo momento ser "borbulhante", expressão que no início irrita bastante. Ela se refere a um estado de adrenalina, de animação extrema, algo que sentem quando quebram regras ou algo do tipo.
Tally conhece Zane, o líder dos Crims, que se apaixona por ela instantaneamente (quem não cai nas graças da protagonista?). Na mesma festa em que os dois se conhecem, Croy, um dos habitantes da Fumaça, a entrega os comprimidos que contém a possível cura e também uma carta escrita por ela, na qual explica toda a situação para sua nova eu perfeita, que, por causa das lesões, não se lembraria de nada. 
Ela e Zane encontram os dois comprimidos, que deveriam ser tomados juntos por apenas uma pessoa, e os dividem, um para cada um. E a cura vai acontecendo. As lesões vão sumindo e eles vão deixando de exercer o papel de perfeitos que o governo queria que exercessem. Mas enquanto Tally segue feliz da vida, Zane sofre com dores de cabeça cada vez mais fortes, que podem apenas ser resolvidos por quem projetou a cura. 
Como todos os Crims adoram se aventurar e desafiar as regras, resolvem fugir juntos para a Nova Fumaça, reconstruída em outro lugar com os antigos moradores que restaram. 
É um livro legal? Sim, muito. Mas é um livro bom? Não.
Há diferença entre um livro bom e um livro legal. Um livro bom é aquele tecnicamente bom, com falas inteligentes, uma história bem construída e embasada, personagens bem formados. E um livro legal é aquele com uma história legal, que nos deixa presos. Eu terminei esse livro em muito pouco tempo, mas no fim fiquei um tanto decepcionado. Vou ler os próximos livros, claro, mas este deixou a desejar. Isso porque, no final das contas, o final não difere muito do primeiro livro, e tudo o que foi feito durante as 380 não adiantou de absolutamente nada. O terceiro livro, Especiais, provavelmente é melhor porque apresenta o desfecho da história, mas este segundo foi... inútil. 
Ao invés de deixar um gostinho de quero mais, que Scott Westerfeld quer praticamente te obrigar a sentir, não me deixou... nada. Não é um livro que marca. Mesmo com toda a crítica aos padrões de beleza e à manipulação das pessoas por meio do governo, não é um livro que vai te fazer pensar. Além de não explicar bem como a cura vai acontecendo naqueles que não tomaram os comprimidos, dá mais importância para o romance adolescente do que para a distopia em si. É simplesmente... entretenimento. Aquele que você lê quando não tem mais nada para fazer. 
Vou continuar a ler a série, claro, mas o resultado de Perfeitos foi desanimador.

P.S. Estou testando efeitos para usar nas imagens, para deixar os posts mais bonitos, o que acharam? 

Espero que tenham gostado, até a próxima ;D

domingo, 17 de novembro de 2013

Por que Jogos Vorazes não é uma simples saga teen



No mundo da literatura há sempre aquela discussão entre YAs (Young Adults) e clássicos. De um lado, as pessoas dizem que clássicos são chatos. De outro, os que dizem que YAs são livros que não acrescentam nada com sua leitura, que é puro entretenimento.
A verdade é que ambos estão em parte certos. Muitos clássicos são chatos, assim como muitos YAs são vazios. O que não podemos é generalizar.
A série Jogos Vorazes é uma das provas de que nem todos os YAs são vazios de significado. De que nem todos os YAs servem apenas para entretenimento. Não são os livros mais difíceis de se ler, nem os mais emblemáticos, mas são ótimos livros que, além de entreter, trazem algo a mais. Algo que nos faz pensar. O que não devemos é ler apenas nos atendo ao entretenimento, e sim refletindo sobre o que traz nas entrelinhas. 
Pra começar, o argumento mais forte de todos para comprovar a tese é a crítica social que o livro traz. Distopias são livros que geralmente trazem uma crítica, e com Jogos Vorazes não é diferente. Temos diversas críticas colocadas de maneira muito inteligente pela autora Suzanne Collins:

1. O controle que o governo exerce sobre a população
Todo o controle da Capital sobre os doze Distritos, obrigando-os a enviarem a cada ano dois adolescentes para os Jogos Vorazes e reprimindo todos os atos por meio dos Pacificadores;

2. O descaso do governo
Assim como a Capital controla fortemente os Distritos, ela também os deixa à sua própria sorte, o que acontece com o Distrito 12. Todas as necessidades do Distrito são de conhecimento da Capital, mas ela não faz nada para supri-las;

3. A alienação da população por meio do entretenimento
Os Jogos Vorazes são jogos cruéis. Adolescentes lutando pela própria vida em uma arena, enquanto a população apenas assiste, sem fazer nada para que acabem. Nada mais é do que um meio de controlar a população usado pela Capital: cada distrito é obrigado a enviar um casal de adolescentes, o que faz com que sejam obrigados a assistirem aos Jogos e evita com que se rebelem (afinal, os idealizadores podem fazer coisas terríveis com os parentes ou amigos que se encontram na arena). 

4. Panem et circenses
Panem (que irônico, justamente o nome do país) et circenses é aquilo que melhor resume os Jogos e parte de tudo o que eu falei anteriormente. Essa era a política usada pelos romanos para lidar com a população. Quando estavam em crise, os romanos criavam, em grandes arenas, espetáculos sangrentos com gladiadores e ainda distribuíam cereais e coisas do tipo, o que distraía a população dos problemas. Os Jogos, a apresentação dos tributos, tudo foi feito para manter a atenção da população enquanto Panem sofre com sérios problemas;

5. Desigualdades sociais
A crítica às desigualdades sociais também é muito frequente e bem colocada. Enquanto nos outros Distritos (principalmente no 12) pessoas vivem em casas precárias e passam fome, na Capital as pessoas provocam o vômito para poderem comer mais (algo inclusive criticado por Peeta em Em Chamas); 

6. Os exageros dos mais abastados
Enquanto alguns têm que se virar com o pouco que têm, na Capital as pessoas simplesmente consomem e consomem e consomem e consomem. As vestimentas e maquiagens exageradas, por mais que façam as pessoas se parecerem com drag queens, demonstram bem o exagero das pessoas da Capital ("se eu posso comprar, por que não?");

Essas são algumas das críticas sociais, mas não são os únicos motivos. O triângulo amoroso envolvendo Katniss, Peeta e Gale também conta. Você pode pensar "onde um triângulo amoroso não é uma coisa teen?", mas vamos pensar bem... enquanto em outras histórias (não vou citar nomes, mas é claro que você conhece exemplos) temos uma personagem principal um tanto frágil e dois rapazes que se esquecem de seu propósito na vida e usam de intriguinhas e manobras para poderem disputar o amor dela, em Jogos Vorazes temos o contrário: uma personagem principal forte, que no fim das contas está pouco se lixando para o romance enquanto uma rebelião eclode ao seu redor, e dois rapazes que a amam, mas que estão conscientes de que o mundo não gira em torno disso e seguem com os propósitos de sua vida. De um lado temos Peeta, que sofre por ter acreditado em um amor que para Katniss era só fachada, mas que não deixa que isso atrapalhe sua vida e segue fazendo o melhor, tanto para ela quanto para as outras pessoas ao redor (como por exemplo inventando uma gravidez para Katniss, na esperança de que os Jogos fossem adiados, cancelados ou algo do tipo). Do outro temos Gale, um rapaz que a ama, sim, e que fica abalado pelo teatro convincente demais que Katniss interpreta ao lado de Peeta, mas que entende a situação e segue com sua função no mundo, desafiar o governo e ajudar na rebelião que se iniciará em todo o país. 
Sim, muitas pessoas só levam a série pelo lado do entretenimento e gritam quando personagens bonitos aparecem, mas isso não significa que a série seja apenas isso. Não devemos criticar uma obra por causa de metade de seus leitores. 


Me lembro bem de pessoas comentando no Twitter durante as manifestações que ocorreram no país todo há alguns meses: "Meu Deus, isso tá parecendo Jogos Vorazes!". De início achei uma comparação um tanto boba, mas  no fim das contas essas pessoas tinham razão. 
Sim, no caso do Brasil o gigante já voltou a repousar, mas o fato é que Suzanne Collins usou de bases bem reais para a sua história e conseguiu construir algo que, por mais que seja ficção, tenha um grande pé na realidade. 

Espero que tenha gostado, até a próxima ;D

sábado, 16 de novembro de 2013

Vamos falar sobre Em Chamas (contém spoilers)



Ontem eu assisti ao tão aguardado Jogos Vorazes: Em Chamas em uma sessão de estreia lotada. Muitas palmas, muitos UAUs, muitas surpresas (mesmo já tendo o livro), um misto de emoções que essa brilhante adaptação nos proporciona. E o melhor: tudo isso uma semana antes do resto do mundo.
Primeiramente devo lhe avisar (caso você não tenha lido no título) que a crítica terá spoilers, pois não consigo me expressar sobre tudo o que o filme trouxe sem trazer maiores detalhes. 
Se você ainda não assistiu e não gosta de spoilers, melhor salvar o post nos favoritos e voltar uma outra hora. 
Mas se você decidir continuar... depois não diga que eu não avisei. Prontos? Vamos lá:

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Novo trailer de Divergente!


Oi, como vai?
Hoje vim aqui para mostrar o novo trailer de Divergente, que acabou de ser divulgado!
Sem mais delongas, veja só:


O trailer, de dois minutos e meio, mostra algumas das melhores cenas do livro de Veronica Roth, que nos deixam ainda mais ansiosos pela estreia, dia 21 de março.
Ao contrário do primeiro trailer, que foi bom mas um tanto vazio, este deu uma bela prévia das atuações, da caracterização, dos cenários. Se no primeiro eu ainda não conseguia ver Theo James como Quatro, neste eu já comecei a mudar minha opinião. E Shailene Woodley, essa podemos ver desde o princípio que se encaixa perfeitamente no papel. É bem próxima do que eu imaginei quando li, e sua expressão, tudo contribui para que ela seja a atriz ideal para Tris Prior.
Além disso, foi divulgado ontem um novo pôster, que mostra Tris e Quatro no topo de um prédio da Chicago futurística em que a história se passa, o que nos dá uma bela visão da cidade e de mais alguns elementos do livro, como os corvos e a tão famosa roda-gigante. Veja só:

divergent-poster-full

A divulgação do filme ocorre principalmente por meio do Instagram oficial: @Divergent. A maioria dos posters foram postados por lá, juntamente a um link para a visualização dele inteiro, e o trailer foi anunciado há alguns dias por meio de um vídeo de Shailene Woodley. Eu nunca havia visto um estilo de divulgação desses, e estou gostando bastante.
Divergente, depois de A Menina que Roubava livros (que inclusive teve sua estreia antecipada no Brasil), é a adaptação que mais aguardo no ano que vem!

Espero que tenha gostado, até a próxima ;))

sábado, 9 de novembro de 2013

Divulgado primeiro vídeo promocional da quarta temporada de Game of Thrones!



Oi, como vai?
Foi divulgada pela HBO a primeira promo da quarta temporada de Game of Thrones, que estreará em abril de 2014. O vídeo, ao som de Rains of Castamere (uma música pra arrepiar até os cabelinhos do dedão do pé), mostra algumas das mortes mais marcantes das primeiras temporadas. Confira:


"Na luta pelo trono, quem será o próximo a perder a vida?"

A quarta temporada, pelo visto, será a melhor de todas. Isso porque a terceira não deu conta de mostrar o terceiro livro inteiro, então já começaremos "pelo final", que é sensacional (e que conta com uma enxurrada de mortes de personagens importantes). Além do mais, o quarto e o quinto livros, Festim dos Corvos e Dança dos Dragões, contam a história dos personagens separadamente (em Festim dos Corvos, que estou lendo agora, não temos personagens como Tyrion, Daenerys e Jon Snow, que aparecem apenas em Dança dos Dragões), mas ambos ocorrem no mesmo espaço de tempo. A série se propôs a contar a história em ordem cronológica, o que significa que a temporada terá o final do terceiro livro, uma parte do quarto e uma parte do quinto. É uma bagunça organizada.

Espero que tenham gostado, até a próxima ;))

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

As Crônicas de Gelo e Fogo pelo artista das capas brasileiras!

Oi, como vai?
Hoje eu estava vagando pela internet quando de repente achei, no DeviantART (uma rede social onde as pessoas compartilham sua arte, como desenhos, pinturas, etc) o perfil do artista que criou as capas brasileiras dos livros de As Crônicas de Gelo e Fogo, Marc Simonetti.
Além das capas de As Crônicas de Gelo e Fogo, ele criou recentemente as novas capas dos livros da série Os Dragões de Éter, do brasileiro Raphael Draccon, que antigamente não chamavam tanta atenção, mas agora são >lindas<. Olha só o primeiro livro, por exemplo:




Como dá pra perceber, perdoem-me o vocabulário, o cara é foda! As artes dele são muito bem feitas, com cores mais frias e os traços perfeitos. 
Mas enfim, como eu disse no título do post, eu vou mostrar cenas e lugares dos livros que foram desenhados por Marc, com toda a perfeição que o trabalho dele tem.

Confiram: