quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Vamos falar sobre: O Hobbit

"Numa toca no chão vivia um hobbit. Não uma toca desagradável, suja e úmida, cheia de restos de minhocas e com cheiro de lodo; tampouco uma toca seca, vazia e arenosa, sem nada em que sentar ou o que comer: era a toca de um hobbit, e isso quer dizer conforto."
Assim começa O Hobbit, de J. R. R. Tolkien, publicado em 1937. Lendo este parágrafo praticamente histórico, e mesmo com toda a fama e todos os infinitos elogios a Tolkien, nunca imaginei que o livro me levaria por todos os caminhos que levou. 
Este livro conta a história de Bilbo Bolseiro (que é o tio de Frodo no minha-nossa-como-eu-quero-ler Senhor dos Anéis), um hobbit que levava uma vida tranquila como qualquer outro hobbit até que um dia um mago faz uma marca em sua porta e o convida para uma aventura. Todos os hobbits abominam esse tipo de coisa, e Bilbo recusa de início, mas não tem como recusar quando treze anões e o mago entram em sua casa para uma reunião e o convocam como o Ladrão. Gandalf, o mago, e os treze anões liderados por Thorin Escudo de Carvalho partirão em uma aventura para resgatar o território e todo o tesouro que é dos anões por direito mas que foi tomado por Smaug, um terrível dragão. Bilbo, mesmo um tanto incerto, decide embarcar na aventura, que acaba mudando sua vida. 
Enfrentando trolls, orcs, aranhas gigantes e outros perigos, Bilbo vai provando seu valor aos anões, que não botavam muita fé em sua participação na aventura, e a si mesmo, e não darei mais detalhes para não estragar as surpresas de quem ainda não leu.
A narrativa de Tolkien é maravilhosa, e torna o livro gostoso de ser lido. A leitura flui e quando você percebe já leu uma grande parte do livro e muita coisa já se passou. Sem contar que, em alguns momentos, o narrador praticamente conversa com o leitor, o que é muito legal. Não é maçante em nenhum momento, e por mais que seja uma narrativa bastante detalhada, não é algo que atrapalhe, atrase a leitura. 
Muita coisa acontece ao longo da jornada, o que ajuda a manter um ótimo ritmo, e por mais que os capítulos sejam longos (alguns chegam a ter mais de vinte páginas), não cansa. 
Sobre a história nos cinemas, vi apenas o primeiro filme, e adorei. Acredito que seja uma das coisas que me estimulou a passar o livro na frente de muitos outros na hora de comprar (ou melhor, pedir de natal, ganhar alguns dias antes e passar a tarde do dia 25 lendo as últimas págjnas). Não há a necessidade de três filmes de três horas, como foi dividido, mas entendo que isso foi uma decisão tomada mais com base no lucro que todos os filmes dariam do que na história. Mesmo assim, acho bom, porque consegui ler sabendo apenas de 1/3 da história, que me surpreendeu mais a cada capítulo. O que mais gosto em livros é quando eu simplesmente não sei o que poderá acontecer nas próximas páginas, e com O Hobbit não foi diferente. Os finais que eu bolava na cabeça enquanto lia não se concretizaram, mas posso afirmar que o final de Tolkien foi muito melhor que todos eles. 
É estranho resenhar um livro como esses, que já é sensacional só por existir, mas sempre é bom reafirmar. Sempre ouvi comentários sobre a genialidade de Tolkien, e poder experimentar é como um privilégio. Me sinto honrado por ter lido um livro do autor, de olhar pra ele na estante. Ainda é uma pequena prévia, se comparado a tudo o que mostra em O Senhor dos Anéis, e vale muito a pena. Eu sempre quis ler a trilogia, mas desde que descobri a existência de O Hobbit quis le-lo antes, e cá estou eu, agora muito mais ansioso do que antes para devorar a próxima aventura. 
Nem preciso falar que é altamente recomendado, né?

Espero que tenham gostado, até a próxima ;D 

2 comentários:

  1. Bem legal a resenha, Adan. Adoro os livros do Tolkien.
    Claro que to seguindo.

    Grande Abraço,
    fantasticosmundosdepapel.blogspot.com.br

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  2. Boa resenha. Mas a trilogia O Senhor dos Anéis são os meus livros favoritos de todos os tempos.

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