segunda-feira, 22 de setembro de 2014

3 partes de The Maze Runner que não podiam ter ficado de fora do filme, mas ficaram



Oi, como vai?
Hoje estou aqui para falar sobre o filme The Maze Runner, adaptação do livro homônimo, de James Dashner, que conta a história de um adolescente que certo dia chega à Clareira, um lugar cercado por um imenso labirinto onde, uma vez por mês, são trazidos garotos, que não se lembram de nada sobre seu passado, apenas o primeiro nome. Nesse lugar, eles acabam por constituir uma verdadeira sociedade e precisam achar uma saída no labirinto, que, todas as noites, é ocupado pelos verdugos, seres enormes e de forma esquisita que, quando não matam, picam e depositam um veneno capaz de levar os rapazes à loucura. Essa é a história do primeiro livro da saga de forma bem resumida, e o filme acabou retratando bem isso. Digamos que chegou ao mesmo fim, mas por outros meios. Meios estes que não precisavam ser mudados, mesmo que tenham constituído uma boa história nas telonas.
Costumo avalias as adaptações que assisto em dois quesitos: primeiro, como um filme em si, a qualidade de suas atuações, da produção, enfim, de tudo; e segundo, como uma adaptação. The Maze Runner é um bom filme. Suas atuações são boas, consegue prender do início ao fim, a caracterização da Clareira e do Labirinto ficou muito boa e os efeitos especiais estão ótimos. Agora, como adaptação, nada é tão ótimo assim. Conseguiu sintetizar bem os elementos do livro e fazer uma história que, ainda que com diferenças, chegou aos mesmos finalmentes e tem continuação pronta para ser gravada.
Mas, como um bom leitor, me enlevei muito com o livro e fiquei aguardando ansiosamente por algumas partes que foram inescrupulosamente esquecidas. Por isso resolvi fazer esse "top 3" (pelo menos as mudanças mais feias se encaixam só em três pontos, isso é bom) com as partes que não podiam, de maneira alguma, ter ficado de fora do filme, mas ficaram. Daqui para frente, esse post conterá spoilers tanto do livro como do filme, e se você ainda não leu ou assistiu e não quer detalhes, melhor parar de ler por aqui.
Vamos lá?

3. O buraco dos Verdugos
Quem leu se lembra bem desse tal buraco dos Verdugos (os seres monstruosos que ficam no Labirinto à noite), e a importância dele para a história. No livro, é uma porta invisível que fica em um penhasco. É muito interessante a descoberta de que os verdugos saltavam no meio do nada e de repente sumiam, e o momento em que os próprios clareanos pulam lá dentro. Fiquei muito curioso para saber como caracterizariam esse momento no filme, e, bem... NÃO FIZERAM! 
No filme, Thomas e Minho correm entre umas lâminas gigantes, como uma prova do labirinto para os adolescentes, e chegam a uma espécie de túnel. No final desse túnel, os clareanos encontram uma porta, por onde entram e saem os Verdugos e por onde eles sairão também. A "guerra" que acontece no local é boa, sim, mas não chega a ser tão emocionante. E a maneira como conseguem passar, embora não seja péssima, não é nem de perto tão boa e impactante quanto no livro e passa rápido demais, como se pudessem ter feito mais, mas talvez o limite de tempo não tenha deixado. De qualquer maneira, gostei de terem deixado de fora aquele tal botão do livro. Achei forçado demais, e um tanto babaca, os garotos passarem por todos aqueles maus bocados durante o livro inteiro para chegar no final e ter um belo botão vermelho esperando para ser apertado... sério mesmo?

2. O sumiço do sol
Um dos maiores anúncios de que tudo estava para mudar na Clareira foi, no livro, o sumiço do sol. Isso mesmo, o sol some!!!! A maneira como esse fenômeno é descrito é muito boa, e o desespero dos clareanos também, principalmente quando as portas do Labirinto não se fecham. No filme esse fato é ignorado, mas os acontecimentos seguem o curso normal e logo depois temos o não fechamento das portas e a invasão dos Verdugos acontece no meio da noite. Foi uma boa cena, mas, por estar escuro, não tínhamos noção do que estava acontecendo de verdade e me senti muito perdido. Se o céu tivesse ficado cinzento como no livro, não teríamos o acréscimo de muito tempo na duração total do filme e ainda teríamos melhor noção do que estava acontecendo depois. Odeio me sentir "perdido" em cenas, mais ou menos o mesmo problema que acontece em Transformers, quando os robôs estão lutando e você não sabe de quem é aquele braço, ou aquela perna, ou aquelas estruturas. 

1. A descoberta do recado do Labirinto
Uma das melhores partes do livro, o raciocínio que Thomas, Newt, Teresa e Minho seguem para descobrir o recado que o Labirinto dava, as palavras que ele mostrava e como elas interferem na saída deles do local, tudo isso foi ignorado. De certa forma, é como se o Labirinto desse um recado diferente no filme, e tudo se restringe aos números das seções que mudam. Entendo dos limites de tempo e orçamento que os filmes têm, mas ainda não entendo como isso sairia mais caro, por exemplo, do que fazer da maneira como foi. De qualquer maneira, essa foi a cereja do bolo, para completar uma série de mudanças que poderiam muito bem não terem sido feitas. 

Enfim, essas foram as maiores mudanças com relação ao livro, as que mais incomodaram e que fariam toda a diferença e tornariam o filme muito melhor. Não me ligo muito pra detalhes como, por exemplo, o fato de não aparecer Caçarola cozinhando (mas assisti com gente mais chata que eu para detalhes, e que reclamou até disso hahah). Isso realmente não fez diferença nenhuma, agora esses três pontos principais eram os que eu mais tinha expectativa de ver e que foram ignorados. O único lado bom que consigo enxergar é que essa adaptação poderia ter sido desastrosa como foram as de Percy Jackson, já que também é da Fox, mas, depois de ver recentes adaptações de distopias tão fiéis, como Jogos Vorazes, Em Chamas e Divergente, não consigo entender por que essa teve de ser diferente. Por isso disse acima e repito: como um filme normal é muito bom, mas como adaptação, vamos combinar, foi um tanto meia-boca. 
Ainda assim, houve, em meio a todas as mudanças, uma que considerei melhor do que estava no próprio livro. Toda a cena final no filme foi sensacional, com o recado da líder do experimento e tudo o mais, e principalmente o momento em que os clareanos sobem de helicóptero e observam o Labirinto e a Clareira de cima, logo depois partindo no meio do deserto. Isso foi incrível! A cena do livro também foi boa, com os clareanos indo embora de ônibus e todo o desastre do Fulgor sendo narrado, mas para a mídia visual não haveria maneira melhor de retratar do que esta. 
Por incrível que pareça, quando terminei o livro, não me senti tão inclinado a ler (pelo menos não tão logo) o segundo volume da série, Prova de Fogo. Mas quando o filme terminou, senti uma vontade enorme de sair da sala de cinema no final da sessão e correr até a livraria para comprar a continuação. 
James Dashner, o autor, confirmou em seu perfil no twitter que a adaptação de Prova de Fogo está confirmada para 18 de setembro de 2015, e já estou curioso e ansioso para ver como será. Se não para amar e avaliar como uma ótima adaptação, pelo menos para reclamar um pouquinho mais.

Espero que tenham gostado, até a próxima ;D

4 comentários:

  1. Oi Adan!
    Tá aí um livro que eu preciso ler, se não, como falarei mal da adaptação?
    É revoltante quando a adaptação pro cinema não é fiel ao livro : (
    Tive que parar de ler no meio pra não pegar spoiler rsrsrs

    Abraço
    Diego
    Literamúsicas

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  2. Adan!
    Geralmente as adaptações dos livros para o cinema fazem modificações para agradar a quem assisti.
    Na verdade como não li o livro nem assisti o filme, não posso comentar, mas ficarei alerta quanto as suas observações, obrigada.

    Segui o blog e desejo sucesso!

    Final de semana cheio de luz e paz!
    Cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/

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  3. Oi Adan, tudo bem? :)
    Infelizmente ainda não tive oportunidade de ver o filme :S Estou muito curiosa e espero não ficar desiludida por conta dessas alterações.
    Aproveito para dar uma notícia também. Este ano decidi organizar um amigo secreto literário no meu blog e adorava que participasse. É só ir no blog e ver o mais recente post que lá está tudo explicadinho. Se não poder participar, pode dar uma forcinha e partilhar no blog ou em alguma rede social? Era muito importante para mim *-*

    Beijo, Jessie
    www.fofocas-literarias.blogspot.pt

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  4. Não curto distopias, mas sua resenha ma animou a ler.

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