domingo, 15 de fevereiro de 2015

Filme da Semana: Her (Ela)



Oi, como vai?
Hoje estou aqui, em mais um domingo da minha coluna cinematográfica (que estou amando escrever, nossa), para falar sobre um filme um tanto peculiar, mas ainda assim muito bom e digno de atenção: Her.
O longa nos apresenta Theodore, um homem solitário que trabalha escrevendo cartas para pessoas que não conhece a pedido de outras. Sim, há um escritório especializado para isso. Lá ele escreve agradecimentos, recados de homens que se encontram longe de casa para suas esposas, cartas de filhos para mães, entre muitos outros tipos. É um homem sentimental, porém que não tem a quem dedicar todo esse sentimento.
Nas ruas, todas as pessoas andam com pequenos fones de ouvido, que funcionam como um moderno computador ativado por um assistente de voz, que lê emails, escreve, envia mensagens, como uma evolução dos nosso smartphones de hoje.
Theodore tem apenas uma amiga verdadeira, Amy (interpretada pela amorzão Amy Adams, que está em um relacionamento conturbado com seu marido), e vive dia a dia na solidão. Até que uma nova tecnologia é lançada: novos tipos de assistentes de voz, que não somente ajudam o usuário, mas que apresentam consciência, quase como uma pessoa de verdade, e que poderão ajudar não só nas tarefas básicas diárias, mas em conselhos e coisas mais pessoais.
Um pouco desacreditado, Theodore resolve comprar o software para experimentar. E é aí que entra a personagem de Scarlett Johansson, Samantha, uma... voz. Ela se mostra surpreendentemente humana para seu dono, e, indo com ele para qualquer lugar dentro de seu fone de ouvido, começa a ser construída uma amizade, que, como era de se esperar, evolui para algo maior.
Sim, Theodore se apaixona por sua assistente de voz. Com ela, é como se houvesse encontrado a parceira perfeita, e para de se preocupar em encontrar uma pessoa "de carne e osso" para lhe fazer companhia. À partir daí, diversos conflitos se desenrolam, e é aqui que paro de dar detalhes sobre o enredo, para que não corra o risco de soltar qualquer spoiler.



Delicado, o filme nos presenteia com um ótimo roteiro e personagens muito profundos, conseguindo dar profundidade emocional até a uma assistente de voz. Aliado a isso, temos as grandes atuações do longa, principalmente a de Joaquim Phoenix, que interpreta Theodore. Até mesmo Scarlett Johansson não deixa a desejar, mesmos sendo apenas uma voz em todo o filme.
É evidente e interessantíssima a crítica feita à dependência da tecnologia. Podemos observar o quão ridículo é cada um andando sozinho na rua, falando apenas com seus assistentes de voz, e como fazemos basicamente a mesma coisa nos dias de hoje, apenas com nossos celulares ou fones de ouvido. É como uma grande metáfora feita para nos mostrar como, muitas vezes, acabamos substituindo relações "verdadeiras", mais pessoais, por relações virtuais e, muitas vezes, sem valor.
A fotografia do filme também é maravilhosa, de encher os olhos e tornando o longa uma ótima experiência em todos os sentidos.
Pode ser um filme bem parado, sim, mas na maioria dos casos é nesses filmes parados que encontramos muito conteúdo (que muitas vezes é deixado de lado em filmes de ação e muita correria), portanto ser parado não é necessariamente uma reclamação.
É, certamente, um filme muito recomendado, que vale muito a pena!

Espero que tenham gostado, até a próxima ;D

2 comentários:

  1. Esse foi um dos filmes do ano passado que eu queria muito ver mas acabei deixando passar por falta de tempo :/ Erro meu, tenho certeza de que é um excelente filme e eu devia assistir logo! Beijos :*

    www.bibliophiliarium.com

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  2. Sempre ouço falar sobre esse filme, e nunca lembro de ver, ele parece ser ótimo. Possui uma temática diferente, e que eu com certeza iria adorar. ótima crítica, me deu ainda mais vontade de vê-lo.
    Desfocando Ideias

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