Ontem eu assisti ao tão aguardado Jogos Vorazes: Em Chamas em uma sessão de estreia lotada. Muitas palmas, muitos UAUs, muitas surpresas (mesmo já tendo o livro), um misto de emoções que essa brilhante adaptação nos proporciona. E o melhor: tudo isso uma semana antes do resto do mundo.
Primeiramente devo lhe avisar (caso você não tenha lido no título) que a crítica terá spoilers, pois não consigo me expressar sobre tudo o que o filme trouxe sem trazer maiores detalhes.
Se você ainda não assistiu e não gosta de spoilers, melhor salvar o post nos favoritos e voltar uma outra hora.
Mas se você decidir continuar... depois não diga que eu não avisei. Prontos? Vamos lá:
Primeiramente digo que foi o melhor filme que eu assisti no ano. Competiu com muitos muito bons, mas supera a todos.
Ele continua a contar a história de Katniss Everdeen, uma jovem corajosa do pobre Distrito 12 que venceu, com seu amigo (mas amor de sua vida para toda a Panem) Peeta Mellark. Neste filme, dirigido por Francis Lawrence (logo falo mais sobre ele) Katniss começa a demonstrar as consequências de sua vitória nos Jogos Vorazes. Sim, agora vive em uma casa melhor e dá uma vida melhor para sua irmã, Prim, e sua mãe, a quem Suzanne Collins não deu um nome. Mas com a vitória vieram pesadelos e pensamentos que sempre a atormentam, lembranças das mortes que ela causara para poder voltar para casa. A Capital anda de olho em Katniss, observando todos os seus passos. Snow, o presidente, inclusive a visita, cheio de ameaças. Katniss, com sua atitude de desprezo aos Jogos no primeiro longa, estimulou pessoas em todos os distritos a desafiarem o governo. Levantes eram realizados em todos os cantos do país, o que acarretaria uma revolução.
Ela agora é o tordo, o símbolo da revolução.
O filme é muito fiel ao livro, o que eu gostei bastante. Tudo estava lá: as partes mais importantes, as falas, os lugares e personagens descritos. Se outras adaptações eu critico nesse quesito, Em Chamas está mais do que de parabéns.
Snow, auxiliado por Plutarch Heavensbee, planeja meios de acabar com a Garota Em Chamas, e assim acabar com a revolução. E um meio de resolver o problema é mandando dois tributos vencedores de todos os distritos (que se tornaram queridinhos do povo e poderiam muito bem se tornarem símbolos da revolução também) de volta à arena, de onde só um sairia vivo.
Nessa parte da história conhecemos personagens como Finnick (que arrancava suspiros das garotas a cada fala), Johanna (que fica nua e manda a Capital se foder no programa ao vivo de Caesar Flickerman), Wiress e Beetee (os gênios, que venceram suas edições dos Jogos usando a inteligência, não a força), Plutarch Heavensbee, o novo idealizador dos Jogos, sucessor do finado Seneca Crane, entre muitos outros que realmente conquistam nossa simpatia.
Eu fui ao cinema com expectativas altíssimas, e Em Chamas superou todas.
A direção de Francis Lawrence é impecável. Ele é o diretor perfeito para a trilogia, pois conseguiu captar tudo o que Suzanne Collins quis passar com os livros e levou aos cinemas. Os efeitos especiais são ótimos. A névoa ácida, os babuínos assassinos, a Cornucópia girando e principalmente a arena ruindo, tudo foi muito bem feito. É de encher os olhos.
As atuações também são maravilhosas, principalmente as do casal principal Jennifer e Josh. A vencedora do Oscar (sempre vou me orgulhar de falar isso) Jennifer Lawrence nos mostra uma Katniss mais real, que sofre com as consequências dos Jogos e sente a pressão de toda a confiança que Panem deposita nela. Seu discurso no Distrito 11, se lembrando de Rue, e seus discursos decorados nos outros Distritos (por ordens de Effie), acompanhados de gritos de "Fale o que você pensa!" da população, tudo nos mostra uma personagem humana, que não é invencível, como muitos podem dizer, mas que faz o seu melhor para garantir a sua sobrevivência e a das pessoas que ama, cumprindo as exigências de Snow mesmo sem concordar com elas para que sua família não esteja em risco. Josh Hutcherson nos mostra um Peeta apaixonado, mas que já se cansou de ser deixado de lado por Katniss e acreditar num amor que para ela é só fachada. Depois deste filme, não consigo mais imaginar nenhum outro possível ator para os personagens. Todos eles se encaixam perfeitamente, tanto em aparência quanto em personalidade, e é como se Suzanne Collins tivesse escrito pensando neles.
Uma personagem que também ganha profundidade maior neste filme é Effie Trinket, que no primeiro era apenas uma mulher fútil e que gostava de se vestir escandalosamente da Capital. Neste vemos uma Effie mais sentimental, que se afeiçoou aos tributos e não quer vê-los novamente correndo riscos na arena.
Ah, a arena... ela é perfeita. Toda a ideia de relógio, as "pragas" de cada uma das doze partes, o campo de força em volta, como uma redoma. Tudo isso nos dá uma sensação de prisão, de cerco, de que não há esperanças.
É um filme completo: ação, aventura, humor, romance, tudo na medida certa, somados aos efeitos de primeira, o ótimo roteiro e as atuações maravilhosas que nos deixam presos do início ao fim. Não há tempo para descanso. Não há como desgrudar da poltrona.
Um filme para ficar no coração e na mente por muito, muito tempo.
Oie :)
ResponderExcluirSenti o mesmo que você. Adorei Em Chamas em todos os aspectos pois foi um filme que foi extremamente fiel ao livro. Beijos!
http://euvivolendo.blogspot.com.br/
Em Portugal ele apenas estreia dia 24 de Novembro (já só falta uma semana) e eu estou a pensar em ir assistir com o meu namorado *-* quero muito ver. Adorei o primeiro filme e espero amar este também. Sabe que eu vi o primeiro filme antes de ler os livros? Nunca tinha ouvido falar antes de Hunger Games, vi o filme porque gostei do trailer e mal saí da sala de cinema tive de ir à Fnac comprar toda a trilogia :) hehehehehe
ResponderExcluir#ansiosa
Beijos, Jessie*
www.fofocas-literarias.blogspot.pt
Falou tudo! Esse foi com certeza um dos filmes mais fiéis aos seus livros :)
ResponderExcluir