terça-feira, 19 de agosto de 2014

Vamos falar sobre: Doctor Who


Oi, como vai?
Hoje estou aqui, poucos dias antes da estreia da nova temporada, para falar sobre a sensacional, incrível e todos os adjetivos para elogiar que você imaginar Doctor Who!
Estou há muito tempo (desde que terminei, há uns dois meses, para ser mais sincero) pensando em escrever esse post, e eis que fui me sentar para escreve-lo só agora, alguns dias antes da estreia da tão aguardada oitava temporada, que trará um novo Doctor e muitas outras histórias!
Doctor Who conta a história do Doctor (quem?), o único sobrevivente de uma guerra que envolveu sua espécie e os Daleks, os maiores vilões da história (sobre os quais falarei mais depois), e desde então vaga pelo tempo e espaço em sua máquina disfarçada de cabine policial inglesa ajudando pessoas e outros tipos de seres (e quando digo outros tipos, quero dizer alienígenas bizarros e tudo o mais). Mas o Doctor não viaja sozinho. Ele sempre encontra uma companion, uma garota (embora alguns garotos tenham assumido o papel de companions em alguns momentos) que o ajudará nas missões e o completará de certa forma, cada uma trazendo uma característica diferente e estabelecendo algum tipo de relação com o Doctor. Ele é imortal, a não ser que algum dos vilões o mate de fato, e tem a habilidade de se regenerar (transformar todas as células de seu corpo, continua o mesmo Doctor mas com um jeito e uma personalidade completamente diferentes), e é aí que uma das coisas que mais gosto na série entra. 
Assisti a "nova geração" de Doctor Who, que estreou em 2005, mas a verdade é que a série é considerada a mais longa de todos os tempos. Só para vocês terem uma noção, em 2013 fez 50 anos...
São 13 episódios, de em média 40 minutos, por temporada, e até agora temos sete temporadas. Assisti à série em maratona, e cada tempo livre que me restava, ou até mesmo horas em que eu deveria estar fazendo alguma obrigação (como estudar, por exemplo), a deixava para outra hora só pra assistir (o que, em parte, justifica minha quase completa ausência alguns meses atrás). Quando faltavam duas temporadas para terminar, praticamente dobrei a "carga diária de episódios", e quando terminei foi como se eu precisasse me lembrar de como se vivia sem passar metade dos dias assistindo hahahah
Para não perder o fôlego e cair na mesmice, as temporadas alternam entre novos Doctors e novas companions, e é uma melhor que a outra!
Ao todo, são 12 Doctors, mas como não assisti à série clássica falarei apenas sobre a "nova geração" que comentei acima. Nessas 7 temporadas tivemos três Doctors, e a próxima já contará com um novo ator na pele do protagonista, Peter Capaldi!
Minha relação com Doctor Who é um tanto engraçada porque, confesso, de início achei a série um lixo. Sem exageros, o episódio piloto é o cúmulo do ridículo, e os efeitos especiais são sofríveis. Fiquei muito tempo sem ver (quase um ano), e em um belo dia a encontrei na Netflix e resolvi dar mais uma chance. Nos primeiros episódios ainda fiquei com um certo receio e não conseguia levar a sério, mas a série evoluiu de tal maneira que hoje é simplesmente uma de minhas favoritas! 
Justamente por isso, quero falar detalhadamente sobre alguns dos elementos da série, então já lhes aviso que sim, esse post ficará enorme. Vamos lá?

9th - Cristopher Eccleston



Esse é o Doctor de que menos gosto, mas não porque não gosto, só porque, bem, gosto menos. Confesso, quando comecei a assistir, tinha em mente apenas Matt Smith, o décimo primeiro, e um dos motivos porque desanimei foi por descobrir que ele só entraria na quinta temporada. Cristopher é um ator realmente legal, depois de alguns episódios, e o nono Doctor é ótimo. Por só ter participado da primeira temporada, não desenvolvi nenhum carinho especial por ele ou coisa do tipo, e até eu aprender a ignorar os efeitos especiais ruins e realmente embarcar na história a temporada já havia passado da metade. Mesmo assim, foi com ele que realmente "aprendi" a gostar da série, e não dá para ignora-lo. 

10th - David Tennant


Aí sim a brincadeira fica realmente boa. Em determinado momento (não contarei qual, porque faz parte da surpresa da série), ocorre a tão aguardada regeneração do Doctor, e eis que nos deparamos com o décimo, que é meu Doctor favorito! Eu conhecia muito pouco do trabalho de David Tennant, o havia visto apenas em Harry Potter e o Cálice de Fogo, então não comecei com grandes expectativas. Mas Tennant toma seu espaço na série e no coração dos fãs, e não tem como não se enlevar em seu jeito de resolver as coisas e em sua relação com Rose, sua companion, sobre a qual falarei mais tarde. Ele é brilhante, e sua regeneração, além de vir no final de um episódio lindo (de chorar, e não estou exagerando), é muito emocionante, e é como se eu quisesse adiar a entrada do Doctor que me fez começar a ver a série só para ter por mais um tempinho o décimo.

11th - Matt Smith


Matt Smith, digamos, nasceu para ser o Doctor! Sua participação na série já começa em uma cena nada fácil e desde então ele consegue carrega-la muito bem. Muito engraçado e engenhoso, é um tanto "peculiar" no seu jeito de resolver as coisas, e não tem como não adora-lo logo de cara. Podemos dividir a história em era Tennant e era Smith. Com o início da era Smith, nenhum dos personagens sensacionais da era Tennant voltam e são inseridos muitos outros. Talvez por esse motivo ainda prefira a era do décimo Doctor: o conjunto era muito mais carismático. Isso não significa que os personagens que chegam com Matt não sejam bons, mas não há como esquecer os antigos.

O Doctor é o personagem principal, mas sem a tradicional companion nada seria. Elas são trocadas geralmente de temporada em temporada, e apenas algumas ficaram por mais tempo.

Rose Tyler 


Rose Tyler é uma das minhas companions favoritas. Foi a primeira, e isso a coloca em um lugarzinho especial no coração de todo fã. Ela acompanha o nono e o décimo Doctors, e sua relação com eles é incrível! Com o nono há uma certa química, mas nada que os torne shippáveis. Já com o décimo...
Eles são incríveis juntos! A segunda temporada, a que passam juntos, é uma das minhas favoritas, e o final é de sofrer, sofrer muito, muito mesmo.

Martha Jones


Martha é a personagem mais engraçada graças aos fãs. Isso porque a grande maioria do fandom não gosta dela e vive fazendo piadinhas. O problema de ter vindo depois de Rose é que sua partida acabou tanto com as estruturas emocionais dos fãs que qualquer outra personagem vindo depois ainda não faria jus. Desde o início gostei de Jones, mas, no balanço geral de todas, foi a que menos gostei. Mas não por odiar, só por não gostar tanto quanto gostei das outras mesmo. Ainda assim, é muito importante em sua temporada e faz muito pelo Doctor.

Donna Noble


Donna Noble é... Donna Noble! Não há outra maneira de definir. Sempre que penso isso me sinto mal pela Rose, mas a verdade é que Donna é minha companion favorita de todas. É a mais engraçada, em disparada, e seu reencontro com o Doctor (eles já haviam formado uma dupla e tanto em um dos especiais, mas estou evitando ao máximo dar detalhes) é de gargalhar. Não há como não se apaixonar de cara, assim como não há como não sofrer com sua despedida, a mais (perdoem o vocabulário chulo) filha da puta de todas. É de doer o coração, e quem já assistiu sabe bem do que estou falando. Compete muito bem com o final de Rose em Doomsday, e são as personagens de quem mais senti falta.

Amy Pond (e o Rory)


Amy é uma companion muito legal, mas só. Ela se encontrou com o Doctor quando era criança e desde então esperou por seu retorno. Acontece que ele demorou tanto que quando voltam a se ver ela já é uma mulher formada que começa a acreditar que tudo aquilo não passou de um sonho. Interpretada pela linda Karen Gillian, é uma das mais carismáticas e nos faz simpatizar logo de cara, mas, ao menos para mim, sua participação muito longa (mais de duas temporadas) acaba por tirar um pouco de sua magia, e em sua despedida de fato não senti nada parecido com o que senti com os finais de Rose e Donna. Foi simplesmente... ok, tchau, que venha a próxima.
Além de Amy, temos Rory, seu marido, que ganha muito destaque na série e evolui muito rumo à utilidade. Rory é um personagem um tanto mala sem alça no início, e sinceramente tenho algo contra companions masculinos. Eles só servem de estorvo, deixem apenas o Doctor e sua companion e tudo fica melhor!

Clara Oswald


Uma boa palavra para definir Clara é "amorzinho". Isso porque ela é realmente muito amorzinho, e é como uma paixão à primeira vista quando começa a ser companion de verdade (depois de alguns encontros, que são brilhantemente ligados à sua história e função na série). Ela é a última da lista, e estará na próxima temporada com Peter Capaldi. Formou uma ótima dupla com Matt, e acho que será ainda melhor com Peter. Há boatos de que se despedirá na próxima temporada, e ao mesmo tempo que não quero me despedir tão cedo de sua personagem, quero que seja encerrada logo para que não haja o mesmo desgaste que tive com os Ponds.

Além das companions, temos muitos outros personagens importantíssimos e muito carismáticos, e cujas histórias são bem construídas e muito legais de se acompanhar. Destacarei os meus favoritos nesse quesito: River Song e Jack Harkness. Este chega como quem não quer nada, e ganha um destaque enorme ao longo do tempo. É um dos personagens mais legais de todos, e como se não bastasse é um dos mais engraçados (e que tem um destino surpreendente!), e um enorme poder de sedução. Já River é a personagem com a história mais confusa, porém muito interessante, que já vi na minha vida. Já passei muito tempo tentando entender, mas como continuo na estaca zero só sorrio e aceito o que quer que eles falem. O tempo passa para River "ao contrário", então quando o Doctor a conhece, ela já o conhece há muito tempo, e cada vez que se encontram é como se ela o conhecesse menos... sim, é muito confusa, não consigo sequer explicar direito. Mas vale muito a pena, e sua ligação com os personagens é surpreendente!
Sobre os inimigos, temos alguns passageiros, cujas histórias duram apenas um episódio e logo são resolvidas, e outros que são destinados a pegar no pé do Doctor por toda a eternidade. São eles os Daleks, personagens com a voz mais irritante da série e que, mesmo parecendo um saleiro com rodinhas, contam com grande poder de destruição e foram os maiores inimigos dos Time Lords, o povo do nosso protagonista.


















Temos também os ótimos Cybermen e os melhores inimigos do Doctor, Weeping Angels. Eles são os mais puxados para o terror que podemos encontrar, e o episódio em que são inseridos, Blink, é um dos melhores da série! São seres que não podem se mexer enquanto estão sendo vistos, mas quando não estão, movem-se extremamente rápido... Moral da história: se você se deparar com um, não pisque, nem pense em piscar, não desvie o olhar, e não pisque.



As diferenças que citei há pouco entre a "era Tennant" e a "era Smith" também pode ser explicada pela mudança de showrunner. Nas primeiras temporadas, tínhamos Russel T. Davies, e nas últimas temos Steven Moffat. Ambos são excelentes, mas suas abordagens são diferentes. Russel aborda mais os feelings dos fãs. As temporadas mais choráveis e mais destruidoras de estruturas emocionais são sem dúvida as primeiras, e adoro isso. Já Moffat dá à série um ar mais "obscuro", digamos, e foca nas reviravoltas e surpresas. As temporadas com mais segredos e mais loucuras no tempo (como a história da River, por exemplo) são as últimas. Também adoro. Sinceramente, ainda prefiro as primeiras temporadas, porque mechem com o emocional de uma forma que Moffat não consegue, mesmo nos deixando na ponta da cadeira e revelando segredos de tirar o fôlego. De qualquer maneira, a série no geral é incrível, perfeita, e as mudanças sempre são bem vindas.
Ontem, dia 18, ocorreu um evento no Rio de Janeiro com o showrunner Moffat e os atores Peter Capaldi e Jenna Coleman, que interpretam, respectivamente, o décimo segundo Doctor e Clara. Confira uma das fotos do evento, que foi postada pela equipe da página Doctor Who Brasil:



































O evento deve ter sido incrível, e além dessa entrevista com o elenco e a oportunidade de tirar fotos e tudo o mais, quem esteve presente pode assistir ao primeiro episódio da nova temporada (que estreia no sábado, dia 23), e segundo eles a série conta com uma abordagem totalmente nova, resgatando um pouco do jeito da clássica, e que vamos amar. Espero, mas sei que Doctor Who não nos decepcionará!
Em resumo, a série é sensacional, surpreendente, fácil de se apegar, e recomendo muito, tipo muito mesmo, a todos! Mesmo com os primeiros cinco episódios ruins, depois que essa fase passa (ou depois que nos acostumamos, enfim) a série só melhora e prende de tal forma que não há como simplesmente abandona-la!

Espero que tenham gostado, até a próxima ;D

3 comentários:

  1. Já ouvi diversos elogios sobre a série, preciso começar a assistir logo!
    Adorei o post, muito muito informativo =D
    Beijos

    citacoesdeumleitor.blogspot.com.br

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  2. Sem dúvida uma das minhas séries favoritas. O novo Doctor ainda não me convenceu nessa 8ª temporada e eu ainda não consegui gostar da Clara.
    Acho que com o tempo me acostumarei. Assim espero. kkkkk
    Ótimo post. :)

    catarsedocorvo.blogspot.com

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