segunda-feira, 29 de julho de 2013

Sequência de The Cuckoo's Calling e o sortudo diretor da Rocco



Como todos que não moram numa bolha isolados do mundo sabem, JK Rowling lançou um livro policial em abril com o pseudônimo Robert Galbraith. O livro, The Cuckoo's Calling (algo como O Chamado de Cuckoo), se tornou da noite para o dia um dos mais vendidos da Amazon. Já tinha vendido muitos exemplares, mas é claro que o nome de JK impulsionou as vendas. Isso acabou levando a várias acusações de que o pseudônimo não passou de um golpe de marketing da autora, que declarou: 
“Se alguém tivesse visto os planos mirabolantes que elaborei para esconder minha identidade, perceberia que eu não queria ser descoberta. Minha assinatura para Robert Galbraith é peculiar e consistente. Gastei uma semana inteira praticando até ter certeza de como seria."
Além dessa declaração, podemos ver que JK não queria mesmo que descobrissem a real identidade de Robert pelo modo como ela foi descoberta. Ela declarou à um jornal que era mesmo a autora, mas só porque seu segredo já havia sido revelado de qualquer maneira. Usando um programa de computador, Peter Millican, professor de Oxford, comparou a linguagem usada no livro com duas obras da autora, assim como com seis outros livros, escritos por três escritores diferentes. Esse programa desmascarou sua identidade, e JK teve que assumir. Por isso não podemos dizer que foi um golpe de marketing da autora. Ela realmente tentou manter seu segredo por mais tempo, talvez até o lançamento do segundo livro. Isso mesmo, segundo livro!
Joanne Rowling confirmou que The Cuckoo's Calling é o início de uma série que narra as investigações de Cormoran Strike!
Além do mais, o livro já tem data para ser lançado no Brasil. Não tem um nome definido ainda, apenas sabemos que vai ser publicado pela Rocco, a mesma que publicou Harry Potter, em novembro. E os direitos do livro foram comprados antes mesmo de JK assumir sua autoria. O diretor da editora que leva seu sobrenome, Paulo Rocco, simplesmente leu o livro, gostou e pronto, decidiu publicar no Brasil. Ele até ficou surpreso com as exigências que Robert fez quando os direitos do livro foram vendidos. Onde já se viu um autor iniciante impondo tantas exigências assim? 
“Estão tratando esse livro como se fosse da JK Rowling” foi a frase profética que proferiu para sua equipe, que foi mais ou menos como adivinhar os números da loteria. Além de The Cuckoo's Calling todos os outros livros da série serão publicados pela editora no Brasil, que tirou a sorte grande. Hoje em dia os direitos do livro seriam muito mais caros (os direitos de The Casual Vacancy, por exemplo, foram vendidos em um leilão com as maiores editoras brasileiras) e a burocracia em cima dele seria bem maior. A tiragem do livro, que seria de apenas 3.000 exemplares passou a ser de 100.000. Além do mais, ele seria publicado só no ano que vem e agora foi antecipado para novembro.
Isso me faz pensar em duas coisas:
1. Autores iniciantes podem sim ter esperança de fazer um grande sucesso, desde que seja no exterior. The Cuckoo's Calling vendeu milhares de exemplares e foi um sucesso de crítica, além de ter a chance de fazer sucesso em outros países. Os autores no Brasil não têm tanta sorte assim. Os livros lançados aqui geralmente ficam aqui e ainda assim não fazem tanto sucesso. 
2. Não sei se fico feliz por ter sido comprado pela Rocco. Ela fez um bom trabalho com Jogos Vorazes e Divergente mas as edições de Harry Potter além de serem muito caras não têm luxo algum. As folhas são brancas... brancas... BRANCAS! NEM PARA USAR PAPEL PÓLEN, AS FOLHAS TINHAM QUE SER BRANCAS! Por isso fico feliz que a editora irá publicar o livro ainda esse ano, mas tenho medo de como será essa edição. Um ponto positivo é que o livro será traduzido por Ryta Vinagre, que traduziu a saga Crepúsculo pela Intrínseca, e não por Lia Wyler, que traduziu Harry Potter. Isso porque em Crepúsculo eu não encontrei nenhum erro, mas em Harry Potter há vários erros gravíssimos (e ainda nomes que foram traduzidos, o que eu achei horrível). Em Harry Potter e o Enigma do Príncipe, por exemplo, tem uma hora em que Slughorn está conversando com Harry e se refere ao Rony como "seu amigo Rupert". É uma extrema falta de cuidado e uma extrema falta de revisão dos livros. Também li várias reclamações de leitores (no meu está escrito correto, amém), que dizem que na sinopse da orelha de seus Harry Potter e a Câmara Secreta se referem a Dobby como um diabrete. Diabrete. Isso, diabrete. Na sinopse da orelha do livro, que é curtinha. Ou a pessoa que revisou não tinha o menor conhecimento sobre o livro ou nem revisou... essas coisas me deixam com um pouco de medo, mas a mudança de tradutora deverá resolver tudo isso (espero). 

Espero que tenham gostado, até a próxima ;D


Um comentário:

  1. Não gosto nada de policiais então não sei se consigo ler. Gostava que J. K. fizess ealgum livro sobre fantasia, sobrenatural ou algo assim (que são os meus géneros literários favoritos), mas como é óbvio há por aí muita cabeça dura que iria dizer que ela só estava fazendo esses livros assim para continuar com coisas mágicas como em harry potter e não sei qué. mas pronto!
    www.fofocas-literarias.blogspot.pt

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